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Lubuntu 12.10 e Lxde: Leveza num ambiente gráfico

Introdução

Dia 18 de Outubro é a data de uma nova versão do Ubuntu e seus derivados. Para marcar a data, vou analisar um dos seus derivados, o mais simples e rápido Lubuntu.

Ubuntu e a sua família de sistemas operativos, são desde à algum tempo os sistemas operativos baseados em Linux mais populares entre os utilizadores deste kernel. Esse fenómeno aconteceu devido a vários factores. A sua simplicidade, um programa de releases agressivo, ser baseado em Debian, entre muitos outros factores.

Grande parte da família tornou-se cada vez mais complexa e com mais funcionalidade, mas isso gerou um movimento de pessoas que não quer mais funcionalidades e que prefere o básico e ao mesmo tempo que vá ganhando em termos de performance.

O Lubuntu com o seu LXDE, veio responder a muitos desses pedidos.
LXDE é um ambiente gráfico, constituído por pequenas aplicações que correm por cima de Openbox, um Window manager que também é conhecido pela sua leveza.
Lubuntu pegou no LXDE e integrou-o com o resto do mundo aplicacional da família Ubuntu.

As suas grandes vantagens são a simplicidade dos programas e acima de tudo, uma grande leveza a nível de recursos da máquina.

Será lançado dia 18 a versão 12.10 do Lubuntu e este artigo vai dar uma vista de olhos de como ele se encontra actualmente.

O processo de lançamento do Lubuntu é todos os 6 meses efectuar um snapshot de como se encontra o Debian Sid, a versão não estável e recente de Debian e ao longo de 6 meses, estabilizar esse conteúdo.
De dois em dois anos, é feita uma release de longo termo, enquanto as outras são suportadas durante menos tempo.

Algo que muitas pessoas não se apercebem é que a maior parte dos sistemas operativos vão lançando funcionalidades em cima de funcionalidades, mas com isso, pagam um preço em que há uma redução de performance.
Só quando têm acesso a sistemas operativos mais leves é que se apercebem de quanta performance perderam e muitas vezes, esses sistemas operativos mais leves, têm todas as funcionalidades que os utilizadores precisam.

Vou então começar a mostrar como se encontra o estado do Lubuntu e LXDE actual.

Instalação

Para este artigo, quis usar uma máquina menos poderosa e assim sendo, escolhi que a máquina corresse numa máquina virtual, em que o host é um Pentium SU4100, que não é mais que um Core 2 Duo, com menos cache e com um clock a 1.3 Ghz, algo que nos dias de hoje já é considerado um pouco lento.

A máquina virtual vai ter os dois cores, mas só 1GB de memória RAM, visto que muitos computadores low end, mais antigos, não têm mais do que isso.

O meu objectivo foi de verificar se o sistema operativo continuava rápido, com um nível de hardware bastante baixo.

O Lubuntu pode ser instalado de um CD ou de uma pen. No arranque temos um menu visualmente agradável que nos permite ter duas opções principais. Instalar logo o sistema operativo ou correr o Lubuntu como livecd, tendo na mesma a hipótese de o instalar a partir do desktop.

A vantagem de um livecd é que dá a possibilidade de mostrar ao utilizador de como as coisas funcionam, sem que tenha que instalar alguma coisa.
No entanto, para testar a performance, não é uma boa solução, visto que ele está a correr a partir de um formato mais lento que um disco.

Não me vou debruçar muito sobre a instalação do Lubuntu, porque hoje em dia está extremamente simples.

Dentro do sistema operativo, é lançado uma janela que tem um wizard com uns 7 passos. Cada passo é extremamente simples e penso que possa ser feito mesmo por utilizadores com pouca experiência.
O importante aqui é sem dúvida a simplicidade e as perguntas efectuadas são tão simples como escolher o idioma, o teclado, nome do utilizador, etc.

Este é provavelmente o quadro mais importante da instalação.
Aqui escolhemos o nosso nome, nome da máquina, nome do utilizador e password que pretendemos ter no sistema operativo.

De referir que mesmo num hardware tão antigo e estando a correr numa máquina virtual, a instalação é bastante rápida. Não demorando mais que alguns minutos.

Este é o quadro que vamos ver durante mais tempo, enquanto se procede à instalação.
Temos uma pequena barra com o progresso da instalação e em maior área, temos uma apresentação de como funciona e que programas existem no sistema operativo.
Penso que é algo bom, pois vai dando a conhecer o ambiente a utilizadores que estejam a ver o sistema operativo pela primeira vez.

Utilização do Sistema operativo

No fim da instalação, basta fazer um restart à máquina, e pouco tempo depois temos o ecrã de login.

De referir que o Lubuntu por ser um sistema operativo muito leve, faz com que o seu boot do início ao fim, não demore mais que alguns segundos, mesmo numa máquina com poucos recursos.

O ecrã de login é bastante simples. Por defeito coloca logo o utilizador que criamos durante a instalação e, normalmente, só é preciso colocar a password.

Entramos no sistema operativo e podemos apreciar logo a sua simplicidade.

Ele é constituído por um desktop vazio, só com um wallpaper abstracto mas muito simples e uma barra inferior, que tem um botão de lançamento no parte inferior esquerda, uma secção para lançamento rápido dos programas principais, a secção maior onde teremos os programas abertos, o controlo de som, rede, a hora e um botão para sairmos do Lubuntu.

Outra coisa que se pode verificar logo é as cores usadas por defeito no tema do Lubuntu. É uma mistura agradável de azul com cinzento claro.
Não distrai e é bastante agradável à vista.

Este é o LXPanel, provavelmente o programa mais importante do LXDE, pois é daqui que se lançam os programas e temos a barra inferior.

Para ser sincero, ele não tem nada de revolucionário. Quem usou o Windows XP, vai sentir-se à vontade com o LxPanel.

Temos um menu vertical com as diversas categorias e dentro destas categorias estão os programas gráficos utilizados dentro do Lubuntu.

De referir que o LXDE não tem uma alternativa para todos os programas utilizados, como outros ambientes gráficos.
Alguns programas são de facto da família do LXDE, mas outros são do mundo do XFCE, do Gnome ou mesmo outros que não estão relacionados com um ambiente gráfico próprio.
No entanto a integração entre os vários programas não é problema e o seu aspecto não sofre com isso.

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