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WD Day 2012

Introdução

No dia 23 de Outubro de 2012 a Western Digital realizou em Lisboa um evento para a imprensa, para mostrar os seus produtos e para responder a perguntas por parte dos jornalistas presentes. O evento realizou-se da parte da manhã, no hotel Myriad em torno da torre Vasco da Gama e teve como presentes, dois responsáveis para a zona Europeia e o responsável por Portugal e Espanha.

De referir que Portugal foi escolhido como o primeiro país para uma digressão Europeia onde vão ser apresentados estes produtos.

Apresentação

O ínicio da apresentação teve como tema o aumento da quantidade de dados existentes. Em 2012 existem 767 Exabytes em dados por todo o mundo e espera-se que aumenta para 1630 Exabytes em 2015. Um dos grandes factores para este aumento é o número de dispositivos que as pessoas usam para consumir dados. Olhando para 2015, haverá 2.1 mil milhões de PCs, 1.7 mil milhões de telemóveis, 500 milhões de tablets e mais 780 milhões de dispositivos ligados à internet.

A internet é o grande motor por trás deste crescimento, em que existem muitos serviços onde o consumo de dados é gigantesco. Serviços como o Spotify, Youtube, Facebook, entre muitos outros. Outra estatística interessantes, o conteúdo médio por lar é de 840 GB.

O ponto seguinte da apresentação está relacionado com os backups.

Um estudo feito pela Western Digital, mostra que 22% das pessoas não faz qualquer tipo de backup, 28% faz para DVD ou CD, 22% para pens USB e apenas 19% fazem backups para discos externos. Um dado interessante é que já 3% das pessoas faz backup para a Cloud.

A WD tem produtos para se efectuarem melhores e mais rápidos backups. Exemplos são disso o Passport Edge para PC e também para Mac (a diferença é o acabamento em metal na versão Mac). Os My Book agora também com interface Thunderbolt e as soluções de software disponibilizadas pela WD que têm um interface simples e que estão integrados com o hardware.

Em seguida temos a cada vez mais centralização de conteúdos, onde temos dispositivos sempre ligados e que servem também muito para entretenimento, com as suas funções de partilha.

Aqui temos produtos como o My Book Live e o My Book Live Duo que incluí o software W2go, que permite visualizar ou efectuar download de conteúdo para plataformas Android e Ios. Como novidades de hoje, temos a integração com o Skydrive e na plataforma Android, a possibilidade de fazer upload de dados.

A nível de entretenimento temos também as soluções My Net onde é possível acelerar e em alguns casos, guardar conteúdos.

A grande vantagem destes produtos é terem hardware especifico para fazer “Traffic Shaping” que faz com que se dê prioridade a dados que sejam mais importantes. O FasTrack analisa o tráfego e quando descobre conteúdos de entretenimento, dá-lhes prioridade.

O ponto seguinte está relacionado com a parceria que a WD possui com a Microsoft. Hoje será lançada a aplicação Windows 8 que integra com os produtos da Western Digital.

Com a aplicação, assim que se usem produtos da WD, é possível facilmente partilhar o conteúdo, criar espaços de armazenamento com múltiplos produtos variados da WD e fácil reprodução em produtos WDTV a partir do Windows 8.

À distancia de um toque, pode-se indexar conteúdos de múltiplos produtos WD e reproduzir e partilhar, fotos, vídeos e música.

O último ponto está relacionado com um produto empresarial com o nome de Sentinel DX4000, que é uma NAS de 4 baías, virada para as PME.
Este produto vem com os discos e são utilizados versões RE (empresarias).

Esta NAS pode-se juntar a uma Active Directory, tem a possibilidade de fazer RAID e um ponto muito enfatizado é o facto de possuir 25 licenças para backup de clientes Windows.

O acesso é feito remotamente e via web, tem duas placas de rede e pode ter fonte de alimentação redundante.

Demonstrações

A primeira demonstração foi bastante interessante. Consistiu em ligar dois My Book Velociraptor Duo em daisy chain (ligados em série) a um Macbook Pro com thunderbolt.

Como os discos Velociraptor são muito compactos, o volume de cada My Book é estranhamente compacta.

Dentro do sistema operativo, apesar de termos dois dispositivos, ele vê tudo como um volume, devido a estarem ligados em série e por isso, mais fácil de gerir.

As velocidades conseguidas e demonstradas, são impressionantes. Thunderbolt é basicamente PCI-Express externo e por isso consegue-se mais de 700 MB por segundo de leitura e 500 MB segundo de escrita.

A segunda demonstração foi relacionada com os produtos My Net.

A família é constituída por routers com storage interna, outros sem storage, extensores de rede wireless e um switch. A nível técnico eles possuem as últimas novidades. Dual Band, norma N, etc.

O que foi demonstrado foi o software, um interface em tons de negro muito apelativo e fácil de usar. Outro ponto que foi muito evidenciado foi a capacidade de análise de tráfego e priorização de certos conteúdos.

A última demonstração este relacionada com o Sentinel, o produto para PME que foi lançado pela WD.

Um dos pontos mais importantes é a qualidade de construção. É uma unidade toda em metal com um peso considerável. Sendo para o mercado que é, este é um ponto que não pode passar despercebido. Outro ponto é os discos escolhidos, RE, que são virados especialmente para a durabilidade que é necessária neste mercado.

Por último, a questão das licenças de backup de máquinas Windows, que é algo que se fosse comprado à parte teria um custo muito grande.

Perguntas e respostas

Esta talvez seja a parte mais interessante do artigo, devido à abertura mostrada para responder às perguntas.

A primeira pergunta ao responsável por Portugal e Espanha foi relacionada com o Sentinel e o possível uso dos discos Red.

Esta pergunta foi feita porque os discos Red foram criados para uso em NAS e a resposta é que eles encontram-se em período de certificação, mas que por enquanto o Sentinel é vendido com os discos incorporados e esses discos são os RE.

A pergunta seguinte foi relacionada com o mercado de SSDs.

A Western Digital tem alguns SSDs para o mercado embedded e industrial. A pergunta foi se estavam a pensar em entrar no mercado consumidor. Não foi completamente posto de parte essa hipótese, mas a WD acha que actualmente é um mercado com demasiadas empresas envolvidas e que os lucros são “de cortar à faca” para essas mesmas empresas.

Nesta altura, a WD não se quer envolver no mercado consumidor e um dos pontos ditos foi que só se está a fazer dinheiro na parte empresarial. Além disso, a WD não tem fábricas para produzir flash e os custos de tais fábricas são exorbitantes. Outro ponto é que a WD vê grande parte dos SSDs com pouco espaço em disco e que a partir de 256 GB torna-se muito caro para os consumidores.

Terceira pergunta esteve relacionada com as drives híbridas.

Aqui foi um dos pontos mais surpreendentes a nível de abertura. Estão a pensar introduzir essas mesmas drives, como já estão em testes nos fabricantes.

Inicialmente estão a pensar em dois mercados. O de drives 3.5 polegadas e os Ultrabooks. Nos ultrabooks foi dito que a Intel quer que tenham no mínimo 24 GB de flash.

A pergunta a seguir, ainda relacionada com este tema, é se pensavam ter um Velociraptor híbrido. Foi respondida com outra pergunta, se víamos viabilidade de um produto desses no mercado.

O ponto de vista é que os entusiastas estão-se a mover para as drives SSD e se a WD quer continuar com este produto, precisa de fazer qualquer coisa. Seja como for, foi algo que a pessoa da WD ficou de perguntar dentro da empresa, se haveria possibilidade de se criar um produto desses.

Em seguida a pergunta foi relacionada às inundações que houve na Tailândia e à subida de preços que isso gerou.

Primeiro que tudo, a WD construiu uma nova fábrica na Malásia, para que acontecimentos iguais não resultem em tão escassez de produtos. Em relação aos preços, foi dito que eles já desceram um pouco e para não esperar por descidas muito substanciais. A questão é que eles vêm muitos sites que pensam que pode haver descidas de um terço e para a WD isso não é fazível.

Pedi se era possível darem uma data para mais descidas de preços, mas não quiseram adiantar nenhuma data por agora.

A última pergunta esteve a haver com o futuro. Que tecnologias viam para o futuro para aumentar a densidade e performance dos discos mecânicos.

Houve duas tecnologias faladas. A da Hitachi (a divisão de storage foi comprada pela Wester Digital), de usar hélio, dentro dos discos, que permite redução dos tamanhos entre os pratos e assim, tornando possível discos de 7 pratos. A outra tecnologia falada é a de “Heat based storage”, em que o calor faz com que aumente a densidade de cada prato.

Conclusão

Este foi um evento muito interessante. Houve uma apresentação dos novos produtos, demonstrações ao vivo desses mesmos produtos e uma sessão de perguntas e respostas em que os protagonistas foram bastante abertos em relação a quase todos os assuntos. Foi também um evento que arrancou em Portugal e tivemos o privilégio de sermos os primeiros a assistir a este dia da WD.

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