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UEFI

Introdução

A maior parte das pessoas que vão ler este artigo, estão a usar um computador com BIOS (Basic Input/Output System) e talvez não se apercebam, mas é quase inacreditável que a grande parte dos computadores ainda usem BIOS, porque este standard foi feito há mais de 25 anos atrás, para os primeiros PCs e está completamente desactualizado com os componentes que são usados nos computadores actuais.

Usar BIOS nos computadores actuais é como ter um supercomputador que arranque por cartões perfurados. Não faz sentido.

Apesar disso, há algo a sublinhar, apesar de ao longo dos anos terem aparecido alternativas que tecnicamente são melhores, a maior parte dos computadores continuou a usar BIOS, muitas vezes com “hacks” para ultrapassar as suas limitações, o que faz desta tecnologia um sobrevivente num mundo informático em constante mudança. Penso que isso se deve a questões de compatibilidade e de nunca ter havido um esforço único, que envolva o mercado todo, para substituir a BIOS.

Mas as coisas estão a mudar e o UEFI começa a ganhar terreno, especialmente com as novas motherboards Sandy Bridge.

Um pouco de história da BIOS

Primeiro vamos começar com a história da BIOS. A BIOS foi criado há mais de 25 anos, para fornecer um sistema de arranque e um interface aos primeiros PCs. O seu design está ligado ao IBM 5150, que usava um incrível Intel 8088.

É por esta razão que a BIOS tem grandes limitações. Está limitado ao modo 16 Bit, só tem 1MB (numa ROM) de espaço para endereçar, número limitado de dispositivos que pode inicializar, interrupts, precision timers, extensões proprietárias e quase nenhuma forma de criar módulos. Isto tudo faz com que os limites sejam muito apertados para os dias de hoje e principalmente que não seja agnóstico ao hardware que está associado.

BIOS, numa ROM.

Exemplo de um interface BIOS como o conhecemos nos dias de hoje. Desde há mais de 25 anos, que o interface tem evoluído, mas sempre nem modo texto, pouco amigável e com as limitações impostas pela BIOS.

Ao longo dos anos foram criados outros firmwares para falar com o hardware, mas que nunca tiveram implementação no mercado PC x86. Alguns exemplos são ABIOS da IBM nos PCs PS/2, para combater os clones com Bios, ARC usado em sistemas Mips e Alphas, Open Firmware usado em PowerPCs e Sparcs, especialmente conhecido por ser usado nos antigos Macintoshs e CHRP, que ia contra o ACPI.
No entanto, nenhum destes sistemas foi adoptado no mundo x86 e a BIOS reinou até agora.

Um pouco de história da UEFI

O UEFI é um firmware relativamente novo, mas a sua base vem dos anos 90, quando a Intel teve que desenvolver um sistema de boot para o que seria o futuro Itanium.
A Intel iniciou uma iniciativa chamada de “Intel Boot Initiative“, que depois foi renomeado para EFI.
Em Julho de 2005, a Intel parou de desenvolver o EFI, na versão 1.1 e foi formado uma organização que evoluísse o EFI com o suporte geral de grande parte do mercado. A organização é a Unified UEFI Forum.

O EFI continua a ser propriedade da Intel, mas o UEFI, que foi desenvolvido desde 2005, é propriedade deste forum. A última especificação do UEFI é a 2.3, mas já teve versões anteriores.

Exemplo de uma implementação UEFI.

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