O que é o UEFI?
UEFI quer dizer Unified Extensible Firmware Interface e como disse atrás é gerido por um fórum, que tem grande aceitação pela indústria, como por exemplo AMD, AMI, Apple, Dell, HP, IBM, Insyde, Intel, Lenovo, Microsoft e Phoenix.
Enquanto a BIOS está limitada a um ambiente 16 bit, o UEFI pode correr no modo 32 ou 64 bit.
No geral, UEFI é um interface entre a plataforma onde está a correr e o sistema operativo. Suporta drivers, interfaces, serviços, módulos, extensões, etc. O UEFI é tão “complicado” que quase podemos chamar um mini sistema operativo.
Posição em que fica o UEFI em relação aos outros componentes.
Um ponto que tem que se dizer, é que ao contrário da BIOS o UEFI não está limitado a uma arquitectura de processadores. Isto é, pode ser implementado noutros processadores que não x86 e como disse atrás, o início do desenvolvimento do UEFI nem começou na arquitectura x86, mas sim no Itanium.
O UEFI está organizado por tabelas e fornece dois tipos de serviços. Boot e Runtime.
Os serviços de boot servem para inicializar o hardware, serviços de ficheiros e interfaces de texto (shell) e gráficos.
Algo importante é que o UEFI tem o seu próprio “boot manager”.
Os serviços runtime, incluem data, tempo e serviços que estejam na NVRAM.
Importante é que também tem drivers incluídos no EBC (EFI Byte Code) onde existe um ambiente chamado “EFI device driver environment”.
Comunicação entre os drivers e o boot manager.
Na NVRAM, podem ser colocadas extensões pelos fabricantes, para adicionar funcionalidades a cada plataforma.
Pode ser também incluído um modo de compatibilidade com a BIOS, chamada de “CSM (Compatibility Support Mode)”, o que pode ajudar na transição da BIOS para UEFI.
Diagrama do processo de boot do UEFI
Vantagens de usar UEFI:
- Enquanto discos que usam MBR estão limitados a 2.2 TB, UEFI pode usar GPT, que tem uma limitação de 9.4 Zetabytes.
- Processo de boot mais rápido.
- Arquitectura e drivers independentes do processador a ser usado.
- Ambiente pré sistema operativo completamente flexível.
- Ambiente modular, que se pode adequar a cada fabricante.
- Suporte para serviços que usem rede.
- Suporte para criptografia.
- Suporte para um ambiente gráfico.
- Suporte para uma shell em modo texto.
Plataformas que já usam UEFI:
- Servidores Itanium
- Todos os Macintosh da Apple com processadores Intel
- Alguns sistemas embedded com processadores ARM.
- Servidores recentes da IBM e DELL.
- Portáteis recentes da HP, tanto Elitebooks como notebooks normais.
- Grande parte dos fabricantes de motherboards com o chipset P67 da Intel.
Sistemas operativos que suportam UEFI:
- Todos os sistemas operativos, desde o Windows 2000 para Itanium.
- Para x64, desde o Windows 2008 e o Windows Vista SP1.
Processo de boot UEFI em Windows
- HP-UX para Itanium.
- OpenVMS para Itanium.
- Mac OS X 10.4 e 10.5 suportam a versão 1.1 32 bit do Efi. O 10.6 já suporta a versão 64 bit.
- Linux, desde o ano 2000, usando o Elilo ou mais recentemente versões Grub para UEFI.
- Vmware Fusion 3
- Virtualbox, desde a versão 3.1
Preocupações:
- A nível de segurança, como suporta serviços de rede, há o medo que o UEFI possa ser infectado.
- A necessidade de serem precisos dois drivers para cada dispositivo. Um para o UEFI e outro para o Sistema operativo.
Demonstração do UEFI numa motherboard P67 da Asus.
Conclusão
Acho que posso dizer que finalmente nos estamos a livrar aos poucos de um dos componentes mais antigos nas motherboards, que com o tempo, se estava a tornar completamente desactualizado e quase impossível de evoluir, devido às suas limitações.
Com o suporte generalizado do UEFI, penso que o mercado no presente e no futuro se vai virar finalmente para ele e acabar de uma vez com a BIOS.
Penso que em quase tudo o UEFI é uma vantagem em relação à BIOS, mas só no futuro se pode verificar se um sistema muito mais complexo, mantém um bom nível de estabilidade e de segurança.
Por fim, o futuro chegou, neste ponto e penso que não se vai voltar para trás.
Bibliografia: wikipedia, tom’s hardware.