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Phonak Audéo PFE 112

Agudos – Os agudos dos phonak, são detalhados, agressivos e rápidos com transições rápidas sem terem sibilância e carácter metálico, evitam o cansaço rápido. Existe uma preocupação de evitar sibilância nos phonak, ao mesmo tempo que têm extensão e detalhe. O sparkl não é nada que mereça destaque, não existe uma consistência nesta gama sendo difícil a sua descrição. São limpos e mas têm falta de separação e de um sparkl natural, não atingem o realismo de outros in-ear. Os q-Jays conseguem ter um carácter mais brilhante, tornam-se sibilantes mais facilmente, são mais agressivos e com transições ainda mais rápidas, com melhor separação, definição e mais ar.

Graves – Com os filtros pretos, os graves dos Phonak são extensos, profundos, com textura e têm um tempo de decaimento correto sem se destacarem em termos de quantidade. Têm menos quantidade que os Earsonics e os Sennheiser da série CX e mais do que os UE5 vi. A quantidade não é muito diferente do que está disponível nos modelos intra-auriculares dual-BA, com o driver TWFK, mas são melhores que os q-Jays em termos de extensão, em termos de profundidade, mas menos em termos de impacto.

Corpo – Sendo um in-ear que pretende proporcionar um som limpo e transparente, com os filtros pretos nas frequências baixas conseguem proporcionar um nível de corpo semelhante, mas com mais carácter que os RE0, as frequências médias e altas têm um apoio semelhante ao dos RE0. As vozes femininas funcionam bem com os Phonak, mas menos bem com vozes mais veladas e roucas.

Apresentação Espacial – Nos Phonak, o epicentro de reprodução do som está bem definido, com a característica de ser rodeado de ar, mas estando bem definido num único plano. A ideia transmitida, não é a de um palco em 3D, mas sim de um palco de 360º, em que o som é emitido em todas as direcções. As frequências não são sobrepostas em nenhuma situação e não existe ressonância.

Brilho – São um in-ear com um cariz analítico, com brilho, mas extremamente controlados e bem comportados no que diz respeito à produção de sibilância. Nota-se que houve um cuidado de afinação da Phonak, no que diz respeito à sibilância. Mais facilmente obtenho sibilância nos SM3 do que nos Phonak, com o teste do Álbum Mi Ma Bô de Sara Tavares. O Sparkl não é tão agressivo e realístico como o dos SM3, embora os Phonak de forma propositada (à custa da extensão e timbre) conseguem cortar as passagens em que é fácil haver sibilância devido à força da voz da Sara Tavares.

Respiração – Devido á sua apresentação espacial dispersa no espaço com alguma perda de foco, o som dos instrumentos de sopro e preparação da voz não é destacada, logo não há sobrevalorização do micro-detalhe, os instrumentos de sopro mantém-se com apoio mediano.

Claridade/transparência – O comportamento dos Phonak entre os 6-16 KHz destaca-se pela transparência e claridade com que a informação é transmitida. É possível ouvir todos os instrumentos sem qualquer dificuldade, esta característica só é obtida com os modelos cotados de forma semelhante ou superior aos RE0, os Xears e a série Senheiser CX não conseguem o mesmo desempenho) . Não encontrei sibilância nesta parte do espectro, apenas alguma agressividade nos sesss.

A projecção de voz é muito natural, transparente e suave sem ser demasiado fina e sem corpo. Sente-se a projecção do ar. A voz não é velada, como muitas vezes acontece nos SM2, cuja característica depende dos gostos de cada um. A posição não é frontal como nos ES, está colocada numa posição muito central, junto dos outros instrumentos, sem ser sobreposta pelos instrumentos, mesmo em passagens rápidas. Melhor desempenho com vozes femininas do que vozes masculinas.

Abertura – Som muito aberto com muito ar, detalhe fino, sem grão e sem atenuação na zona dos agudos, mas sem a extensão dos RE0. Som muito confinado em termos 3D, mas bem espalhado dos 10Hz aos 16 KHz.

Congestionamento – Os Phonak têm um som refinado e com transições rápidas que lhe permite ter uma taxa elevada de processamento de informação sem haver sobreposição da informação, mantendo a transparência. Não consegue ter o som separado por layeres como outros modelos multi-BA, mas tem um comportamento louvável para um single-BA. O tempo de decaimento é rápido, evitando o congestionamento habitual nos modelos dinâmicos da gama de entrada e da maioria dos iems single-BA.

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