Utilização
O TF-101 revelou-se um dispositivo bastante capaz, durante os dias que esteve na nossa posse.
A sua utilização é bastante agradável e o sistema operativo Android na sua versão 3.1 (Honeycomb), a versão instalada na unidade que nos foi cedida, revelou-se um sistema já maduro e que permite uma boa experiência de utilização num dispositivo deste tipo. A boa sensibilidade do ecrã, bem como o seu rápido CPU dual-core a 1.0Ghz, fazem com que o sistema responda como é esperado fazendo com que o utilizador não se sinta frustrado.
A maior frustação que tivemos na utilização deste ASUS foi o facto de não termos encontrado forma, no tempo em que o tivemos disponível, de tirar screenshots do dispositivo sem que se tenha acesso root ao mesmo. Daí a qualidade inferior das fotos do ecrã que não fazem jus à boa qualidade do mesmo.
Após termos entregue o equipamento foi nos indicado que é possível tirar screenshots com o ASUS, activando uma opção nas definições de ecrã segundo o indicado aqui.
Também é possível a quem tem o teclado tirar screenshots carregando na tecla F6.
Além das opções de personalização e aplicações nativas do Android, a ASUS instala no seu tablet uma série de software que enriquece o produto relativamente a uma instalação standard.
Tem uma série de widgets da ASUS que mostram o estado da conta de email, horas, estado do tempo, bem como uma ezine pessoal que podemos configurar com conteúdos como imagens e/ou sites.
Estes widgets permitem obter um home screen personalizado com a informação que consideramos mais útil.
O dispositivo inclui ainda uma suite de Office (Polaris Office) que permite criar e editar documentos em formato compatível com as aplicações Microsoft Word, Microsoft Excel e Microsoft Powerpoint nas versões 2003 e 2007.
Testámos a abertura de documentos e folhas de cálculo com alguma complexidade e apenas a aplicação de folha de cálculo nos desapontou pois a conversão das fórmulas existentes nas folhas não foi consistente, havendo casos em que, ao abrir uma folha no tablet, as fórmulas da folha original eram substituídas pelos valores das células. Estranho foi que num dos casos uma célula com a função IF foi correctamente importada quando outras com fórmulas simples do tipo A1+B2 não o foram.
Tirando esta situação, este tablet é um bom dispositivo de consulta/edição de documentos, desde que essa edição não seja muito exigente.
Media
Uma das funções mais desejadas neste tipo de dispositivo é a capacidade de reprodução multimédia, nomeadamente a capacidade de reproduzir conteúdo Flash e vídeo.
Alguns dispositivos concorrentes prometem a capacidade de reproduzir Flash sem a cumprir, mas neste caso estamos perante um dispositivo que não desiludirá quem faz do Flash uma característica essencial num tablet.
Foi possível visualizar vídeos em Flash fluídos, bem como foi possível navegar em sites complexos em Flash como por exemplo em http://www.jimcarrey.com, onde apesar de não ser 100% fluído, o que se compreende pela complexidade do mesmo, permite uma utilização completa do site, facto que não é comum neste tipo de dispositivo.
Relativamente à reprodução de vídeo, a reprodução de conteúdos a 720p faz-se sem problemas e é um prazer visionar um vídeo a esta resolução no ecrã deste ASUS.
Já a 1080p a reprodução não é fluída, o que acaba por ser irrelevante já que o ecrã não é Full HD.
Este tablet possui ainda duas câmaras, uma frontal e uma traseira, que não sendo câmaras de elevada qualidade servem o seu propósito com eficácia.
Foto tirada com a câmara traseira do Asus Transformer:
Autonomia
Dado o pouco tempo que passámos com o dispositivo, não nos foi possível testar com precisão a sua autonomia, mas da utilização que lhe demos parece-nos que a autonomia de 9,5 horas anunciada pela ASUS não estará muito longe da realidade.
Para os mais exigentes em termos de autonomia, a dock/teclado é essencial permitindo usufruir de cerca de 16 horas de uso sem necessitar de carga.
Esta autonomia extra traz como inconveniente o peso do conjunto.
