Análises

Análise – Fiio E7

Design

Construção/materiais – muita gente é capaz de considerar este ponto como uma grande surpresa (eu, inclusive). Apesar de estar a escrever sobre um aparelho com um preço bastante baixo, tanto a construção do mesmo como os materiais utilizados são como os encontrados em aparelhos de alta fidelidade a custar pelo menos cinco a seis vezes mais. A “caixa” em si é totalmente feita em alumínio e até os botões são feitos de metal (embora não saiba dizer exatamente de que material, presumo que sejam igualmente de alumínio). A única parte no E7 que não é feita de metal encontra-se onde estão os três principais inputs: o aux in, o conector dock (já falarei mais tarde sobre o mesmo) e a entrada USB para ligar ao computador. O visor parece-me ser feito de vidro, embora não consiga ter total certeza. Na parte traseira, feita de alumínio, encontram-se quatro parafusos de forma que desconheço e que, presumo eu, devem servir para abrir o aparelho em caso de necessidade. Em termos de peso, o Fiio E7 fica-se pelas 64 gramas, o que me surpreendeu muito quando o peguei pela primeira vez, porque realmente é muito, muito leve. Quem diria, que uma empresa pequena, recente e dedicada a produzir produtos de qualidade a custos acessíveis, fosse capaz de construir algo que superasse as melhores expectativas, com melhor preço que o da concorrência, oferecendo ainda mais funcionalidades.

Portabilidade – não é só o peso (100 gramas) que torna este aparelho extremamente portátil. É também de dimensões bastante reduzidas. Aviso que as imagens na net não fazem muita justiça ao tamanho dele, já que aparenta ser um pouco maior do que aquilo que é na realidade. Digamos que é do tamanho de um iPod Classic, um pouco menos largo e claramente mais leve. Outra característica essencial num aparelho deste estilo, é a bateria. Usando o Fiio E7 apenas como amplificador, ter-se-á que usar a bateria obrigatoriamente. No entanto, tal não é um problema, simplesmente porque a autonomia do E7 é superior à de qualquer leitor MP3. Segundo a Fiio, tem uma autonomia próxima das 80 horas. No entanto, nunca alcançou as 80 horas, mas sim cerca de 40-50 horas, o que é notável. Embora a não inclusão de um ecrã no E7 tivesse provavelmente melhorado a autonomia, o facto de estarmos a falar de um OLED (semelhante ao presente também no Sandisk Sansa Clip+), faz com que este tenha um impacto muito ligeiro na mesma. É, portanto, um ponto a favor do E7.

Acessórios incluídos – com o Fiio E7 a lista de acessórios é extensa. Primeiro, temos o essencial cabo USB usado para ligar ao computador, tanto para carregar, como também para usar o E7 como DAC (digital to analogue converter). Temos também uma capa de silicone útil para protecção contra quedas/choques, que me surpreendeu nos primeiros dias, por vir com um cheiro algo desagradável e extremamente sintético. Para complementar a capa de silicone, vem também uma bolsa em imitação de veludo, bolsa esta de que gosto bastante, pelo bom aspecto e ser suficientemente grande para colocar lá dentro um iPod Classic (por exemplo) juntamente com o Fiio. Por fim temos dois acessórios importantes para usar o Fiio E7 como amplificador portátil: um cabo, que, incluindo os conectores (jack’s de 3,5mm, um angulado, outro não) tem aproximadamente 13 centímetros de comprimento e que dá muito jeito para ligar um leitor de MP3 qualquer ao Fiio de forma a não ter cabo em excesso; digo isto já que o leitor iria ficar agarrado ao Fiio na parte de trás pelo segundo acessório, que é um elástico de borracha, cuja função é essa mesma. Veio também incluída uma protecção para o ecrã que, para surpresa minha, estava já toda riscada.

O menu – ao clicarmos no terceiro botão do aparelho (a contar de cima), do lado lateral do mesmo, é-nos apresentado um menu simplificado. Este menu é representado num simples ecrã OLED, com uma resolução de 128×64 pixeis. Podemos navegar por ele utilizando os botões de volume (primeiro e segundo a contar de cima). Este ponto aqui irrita um pouco o utilizador a principio, já que torna a navegabilidade algo má. Os menus respondem bem, mas a localização dos botões torna a utilização do aparelho um pouco chata, ao principio. As opções disponíveis no menu são as seguintes:

• SYSTEM – permite ver a versão do firmware (que não pode ser actualizada a não ser pela própria marca); o tempo que já utilizaram o E7; e uma opção para meterem tudo segundo as definições iniciais (as de fábrica).
• EQ – permite modificar o grave segundo quatro níveis: nível 0 (EQ desligado), nível 1, nível 2 e nível 3.
• USB CHG – esta função é extremamente útil e permite desligar o carregamento da bateria do aparelho. Isto faz com que possamos apenas carregar a bateria quando realmente é necessário, evitando o desgaste da bateria.
• SLEEP – dá a opção ao utilizador de fazer com que o E7 se desligue automaticamente passado um determinado tempo. Este tempo é determinado segundo intervalos de 10 minutos, até 90 minutos.
• KEYLOCK – esta função não é assim tão diferente da SLEEP, já que permite que, em intervalos de 1 segundo, dos 20 segundos aos 90 segundos, fazer com que o teclado do aparelho bloqueie (como nos telemóveis) e o ecrã desliga-se. Para desbloquear, prime-se durante alguns segundos o botão “Menu”.

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