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Proxmox VE: Cluster KVM/OpenVZ/DRBD sem Storage externa

Instalação dos dois servidores

A instalação do Proxmox VE é extremamente simples e fácil.

Todas as indicações que aqui coloco são para ser feitas nas duas máquinas, exceptuando um ponto.

Para efeitos de tirar printscreens, instalei o Proxmox dentro de uma máquina virtual em Virtualbox, mas a sua instalação e explicação também foi feita em duas máquinas físicas.

Nos dois computadores, arrancar com o cd de instalação e tem-se o menu de boot. A não ser que queiram passar algum parâmetro na instalação, podem carregar na tecla Enter.

O primeiro passo é aceitar a licença GPL.

A seguir é preciso escolher o disco onde vai ser instalado o Proxmox VE. Caso a máquina ainda só tenha o disco de instalação, pode-se continuar este passo. Caso tenha os dois, é escolher o disco que não vai ficar no cluster.

Temos que escolher o país onde nos encontramos, time zone e o teclado.

Temos que colocar qual é a password de root e a indicação de um email, que serve para o Proxmox enviar certos alertas.

Na primeira máquina, temos que configurar o nome e domínio onde vai estar, o ip, netmask, gateway e servidor de dns.

O nome e ip têm que ser diferentes nas duas máquinas, por isso, na primeira máquina, ficaria algo como:

proxmox1.nemesis11.com
192.168.1.100
255.255.255.0
192.168.1.254
192.168.1.254

Na segunda máquina pode ficar algo como:

proxmox2.nemesis11.com
192.168.1.101
255.255.255.0
192.168.1.254
192.168.1.254

Em seguida começa a instalação. A primeira acção que ele vai tomar é particionar o disco onde vai ser instalado.

Em seguida, vai instalar os pacotes incluídos no cd.

No fim, só temos que retirar o cd de instalação e efectuar um reboot à máquina.

No bootloader, podem verificar que o kernel é o 2.6.32, que tem incluídos o KVM e o OpenVZ.

No fim, temos a indicação que podemos gerir a máquina a partir do browser, a partir do ip configurado e um terminal, onde vamos aceder com o utilizador “root”.

Neste ponto, não se acede logo à consola de gestão, porque temos que configurar o cluster.

Depois de acedermos como root à consola, ou via ssh às duas máquinas, temos que fazer os updates, com o comando:

apt-get update && apt-get dist-upgrade

Depois dos updates, efectuem um reboot com o comando:

reboot

Caso, queiram ter um kernel mais recente, com mais funcionalidades do KVM e não precisarem ou quiserem usar OpenVZ, como é o meu caso, corram o comando:

apt-get install proxmox-ve-2.6.35

E efectuem um reboot.

Para confirmarem que têm a mesma versão do kernel e ferramentas, executem o comando:

pveversion -v

E devem ter como output o seguinte:

pve-manager: 1.8-18 (pve-manager/1.8/6070)
running kernel: 2.6.35-1-pve
proxmox-ve-2.6.35: 1.8-11
pve-kernel-2.6.32-4-pve: 2.6.32-33
pve-kernel-2.6.35-1-pve: 2.6.35-11
qemu-server: 1.1-30
pve-firmware: 1.0-11
libpve-storage-perl: 1.0-17
vncterm: 0.9-2
vzctl: 3.0.28-1pve1
vzdump: 1.2-14
vzprocps: 2.0.11-2
vzquota: 3.0.11-1
pve-qemu-kvm: 0.14.1-1
ksm-control-daemon: 1.0-6

 

Configuração do Cluster

Para configurarmos as duas máquinas em cluster, primeiro temos que colocar as duas máquinas a comunicarem uma com a outra e só depois a configuração do DRBD.

Na primeira máquina, como root, correr o comando:

pveca -c

Este comando vai criar o cluster e podemos ver o seu estado correndo o comando:

pveca -l

Com este comando podemos confirmar que o cluster está criado e que tem apenas 1 máquina. Devemos ter o seguinte output:

CID----IPADDRESS----ROLE-STATE--------UPTIME---LOAD----MEM---DISK
 1 : 192.168.1.100   M     A           00:44   0.01     5%     4%

Podemos ver que é o primeiro nó, tem a função de “Master” do cluster e está activo.

Na segunda máquina, vamos correr um comando para a adicionar ao cluster:

pveca -a -h 192.168.1.100

O ip é do computador master e podemos ver se tudo correu correctamente, com o comando:

pveca -l

Onde devemos ter o seguinte output:

CID----IPADDRESS----ROLE-STATE--------UPTIME---LOAD----MEM---DISK
 1 : 192.168.1.100   M     A           00:48   0.00     4%     4%
 2 : 192.168.1.101   N     A           00:48   0.00     5%     3%

Vemos assim que a segunda máquina, com o ip 192.168.1.101 é o segundo nó do cluster e que está activa.

Em seguida temos que configurar o DRBD nos segundos discos de cada máquina e para tal é preciso configurar a segunda placa de rede em cada uma das máquinas.

Para esta segunda placa de rede, tenho-as ligadas com um cabo cruzado, mas pode ser usado um switch e tem mesmo que ser usado, caso sejam mais que duas máquinas.

Na primeira máquina vamos editar o ficheiro de configuração da rede, com o comando:

nano /etc/network/interfaces

E vamos colocar a seguinte configuração:

auto lo
iface lo inet loopback

auto eth1
iface eth1 inet static
        address 10.0.0.100
        netmask 255.255.255.0

auto vmbr0
iface vmbr0 inet static
        address 192.168.1.100
        netmask 255.255.255.0
        gateway 192.168.1.254
        bridge_ports eth0
        bridge_stp off
        bridge_fd 0

Nós só vamos alterar a configuração do dispositivo “eth1”. O “vmbr0” é configurado na instalação.

Como podem ver, dei o ip 10.0.0.100 com a subnet 255.255.255.0 à placa “eth1”

Em seguida efectuamos um restart às configurações da placa de rede, com o comando:

/etc/init.d/networking restart

Na segunda máquina, vamos fazer algo semelhante, editando o mesmo ficheiro:

nano /etc/network/interfaces

E vamos colocar a seguinte configuração:

auto lo
iface lo inet loopback

auto eth1
iface eth1 inet static
        address 10.0.0.101
        netmask 255.255.255.0

auto vmbr0
iface vmbr0 inet static
        address 192.168.1.101
        netmask 255.255.255.0
        gateway 192.168.1.254
        bridge_ports eth0
        bridge_stp off
        bridge_fd 0

Como podem ver, dei o ip 10.0.0.101 com a subnet 255.255.255.0 à placa “eth1”

Em seguida efectuamos um restart às configurações da placa de rede, com o comando:

/etc/init.d/networking restart

O passo seguinte é confirmar que temos conectividade entre estas duas placas. No primeiro computador efectuamos um ping ao segundo computador, com o comando:

ping -c 4 10.0.0.101

Devemos ter como resposta o seguinte:

PING 10.0.0.101 (10.0.0.101) 56(84) bytes of data.
64 bytes from 10.0.0.101: icmp_seq=1 ttl=64 time=6.04 ms
64 bytes from 10.0.0.101: icmp_seq=2 ttl=64 time=0.089 ms
64 bytes from 10.0.0.101: icmp_seq=3 ttl=64 time=0.099 ms
64 bytes from 10.0.0.101: icmp_seq=4 ttl=64 time=0.094 ms

--- 10.0.0.101 ping statistics ---
4 packets transmitted, 4 received, 0% packet loss, time 2999ms
rtt min/avg/max/mdev = 0.089/1.581/6.044/2.576 ms

Na segunda máquina, temos que pingar a primeira, com o comando:

ping -c 4 10.0.0.100

E devemos ter como resposta:

PING 10.0.0.100 (10.0.0.100) 56(84) bytes of data.
64 bytes from 10.0.0.100: icmp_seq=1 ttl=64 time=0.108 ms
64 bytes from 10.0.0.100: icmp_seq=2 ttl=64 time=0.103 ms
64 bytes from 10.0.0.100: icmp_seq=3 ttl=64 time=0.087 ms
64 bytes from 10.0.0.100: icmp_seq=4 ttl=64 time=0.098 ms

--- 10.0.0.100 ping statistics ---
4 packets transmitted, 4 received, 0% packet loss, time 2998ms
rtt min/avg/max/mdev = 0.087/0.099/0.108/0.007 ms

Só se tivermos a ligação de rede bem efectuada, é que podemos passar à fase seguinte de configurar os segundos discos de cada máquina com DRBD.

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