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Intel Claremont: Near Threshold Voltage Processor

Durante a IDF 2011 que decorreu durante a passada semana a Intel mostrou um protótipo de um processador que tem algumas particularidades interessantes.

O processador em si é extremamente simples, derivado do Pentium Original (P55) e não tem qualquer pretensão a nível de performance.
Na verdade, o importante neste processador é o consumo e o que se pode tornar possível com um consumo tão baixo.

A demonstração pode ser vista neste video a partir do minuto 2:

Este é um processador importante porque é o primeiro a ser demonstrado a funcionar perto do limite de voltagem mínimo que os transístores podem funcionar.

Os processadores comuns funcionam a 1V, mas os circuitos do Claremont funcionam entre 400 a 500 milivolts e a essa voltagem consome 10 miliWatts.

Pode parecer simples. Até simples demais. Diminui-se a voltagem e assim consegue-se melhores consumos. O problema é que com uma voltagem tão pequena é extremamente complicado um circuito funcionar estavelmente porque devido à baixa voltagem e outros factores como o ruído é difícil perceber em que estado está o transístor, se num “0” ou se num “1”.

Este processador consome tão pouco, que foi mostrado a correr a partir de uma célula solar extremamente pequena, o que é impressionante.

Também impressionante é a proporção a nível de poupança de energia, comparado com processadores comuns.
Com este core, o processador é 5 vezes mais eficiente e com um core mais moderno seria 10 vezes mais eficiente.

Este processador abre duas portas para dois usos muito diferentes de processadores.

O primeiro caso, mais ligado aos consumidores finais, é ter dispositivos sempre ligados, em que o processador entrava neste estado e por isso ia consumir muito pouca energia.
Consumindo muito pouca energia, levanta a possibilidade que a fonte de energia seja algo extremamente simples, fazendo assim que fosse prático e comum ter dispositivos que estivessem constantemente ligados.

O segundo caso está relacionado com Super Computadores. A próxima meta a nível de Super Computadores é o chamado “Exascale”, que se pensa conseguir chegar em 2018. O problema é que se o aumento do poder de computação for igual ao consumo, um Super Computador destes precisaria da sua Central Nuclear só para si.
Como vimos anteriormente, este processador é mais eficiente que um processador comum e se conseguir-se escalar os circuitos para um processador mais complexo, pode fazer que se chegue ao “Exascale” com um consumo mais reduzido.

Como conclusão, podemos dizer que este não é um processador que faça “virar os olhares”, devido a não estar pensado a nível de performance, no entanto, não deixa de ser um marco importante, pois pode levar a que no futuro vejamos os dispositivos inteligentes de uma forma diferente.

Mais informações:
Blog Intel
The Register
Wired

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