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nVidia Tegra 3: O quinto elemento

Quando se pensava que já se sabia tudo sobre a próxima geração do processador ARM da nVidia, ontem a própria nVidia decidiu revelar um “pequeno” segredo.

Uma das questões que o Tegra 3 enfrenta é convencer os fabricantes que há necessidade de um processador ARM bastante poderoso e grande, comparado com os seus antecessores.

A questão é que se olha para o esquema do Tegra 3 e ficava-se sempre com a dúvida se não seria um processador demasiado potente para telemóveis e tablets.
Ao ter quatro cores e várias unidades para a gráfica, podia-se pensar que seria um processador que iria consumir muito e isso seria perder uma das vantagens deste tipo de processadores.

O Apple A5, usado no Ipad 2, é um processador enorme e complexo comparado com todos os outros processadores ARM neste segmento de mercado e isso ajuda a nVidia a convencer eventuais parceiros da necessidade de um processador mais complexo.

No entanto a nVidia teve que trabalhar na gestão de energia e agora vem mostrar uma carta que estava escondida, relacionada com baixo consumo.
É aqui que entra o quinto core do Tegra 3.

Fisicamente o Tegra 3 é constituído por cinco cores, apesar de o sistema e o utilizador só verem no máximo quatro.

O que a nVidia fez é bastante inteligente.

O processador vai ser feito a 40 nm, um processo de fabrico que já não é de ponta, mas as fábricas, normalmente disponibilizam, dentro do mesmo processo de fabrico, duas ou mais variantes, consoante para que mercado é dirigido o dispositivo.

Sendo assim, o Tegra 3 não é composto por cores no mesmo processo de fabrico, mas sim dois processos de fabrico.

Os quatro cores “normais” serão feitos num processo de fabrico pensado para alta performance, onde se consegue mais clocks, mas onde o consumo é maior.

O quinto core agora revelado, será fabricado num processo de fabrico onde há um menor consumo, mas onde não se conseguem atingir os mesmos clocks. Devido a isto, este quinto core não passa dos 500 mhz.

Por trás dos cinco cores estará um sistema que vai gerir as necessidades do dispositivo.
Em pouca utilização, em que os programas estão abertos em background para manterem o seu status e não há interacção humana, o dispositivo correrá apenas no quinto core com menor consumo.

A partir do momento em que há necessidade de mais processamento, em 2 milissegundos, o trabalho passa para um dos quatro cores com mais performance e o quinto core é desligado.
Consoante o workload, o sistema vai ligando e desligando os quatro cores com maior performance.

Todo este sistema complexo tem como objectivo reduzir o consumo total do processador e apesar de ainda não existirem testes independentes, a nVidia afirma que conseguiu esse objectivo.

O que a nVidia fez foi dar mais inteligência, a nível de recursos e consumo, ao seu próximo processador ARM e toda esta complexidade é abstraída do sistema operativo e do utilizador.

É de esperar que este tipo de inteligência seja cada vez mais utilizada no futuro.

Fonte: Anandtech

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