Notícias

HP despede CEO, pela sétima vez desde 1999

Existem empresas com liderança, que com o tempo e paciência, se tornam fortes. Há outras que se tornam fortes e depois procuram a liderança.

A HP enquadra-se neste último grupo.

A HP é um gigante com uma enorme história, mas parece que, ou não tem sorte com os CEOs ou a administração não sabe o que quer.
Provavelmente é este último caso, associado a um gigante onde cada cabeça tem um rumo diferente, misturado com bastante politica e uma balança que pende para lados diferentes em alturas, também diferentes.

Quem seguir a recente história da HP e se preocupar com o seu bem, sente um pouco de pena e sabe que por esta altura que alguém poderia fazer um filme dentro do género dramático.
Na verdade poderia ser uma trilogia, de tão dramática se tornou a situação.
“Fiorina”, “Hurd” e “O CEO que ninguém sabe dizer o nome”.

E assim podemos fazer uma pequena análise ao que foram estes três reinados.
Politica comum entre os três? Nenhuma. A HP está melhor que no passado? Os CEOs são os únicos culpados da situação? Também não.

Mas o que temos nesta altura é a capitulação do reinado de Leo Apotheker, que veio da SAP.
Durante o seu reinado o WebOS foi atirado às urtigas, depois de aclamado como salvador da HP. A divisão de PCs e não só (a maior do mundo), foi colocada num estado de limbo, onde não se percebe ao certo o que a HP quer fazer realmente. Uma empresa que aposta no mercado empresarial e nos serviços e uma cotação em bolsa que desceu a passos largos, derivados de uma inépcia no que toca à parte de comunicação.

A questão é, sendo uma pessoa vinda da SAP, onde também não teve grande sucesso, será que a Administração esperava outro tipo de liderança e decisões?
Olhando para trás, não parece ser assim tão estranho o que aconteceu.

Mas agora estamos numa altura de expectativas. A CEO será Meg Whitman, que foi CEO do Ebay durante largos anos. Veremos o que irá suceder nos próximos capítulos.

Se formos pelas comunicações da HP, o anterior CEO erá “óptimo”, mas a nova CEO é ainda “mais óptimo” e passo a citar, “a liderança da HP precisa de atributos adicionais”.

“A HP está num momento critico e precisa de uma liderança renovada para implementar a nossa estratégia e aproveitar as oportunidades de mercado”
Neste ponto pode-se perguntar que estratégia? E quais oportunidades de mercado? Aquelas que a HP não tem sabido lidar?

O focus também parece ser diferente. “A nova CEO é focada no consumidor”.
A HP já deve ter passado por todos os focus. Desde ser focada no mercado como nos produtos. Veremos se o novo focus será para durar.

Durante todo este tempo, a HP perdeu oportunidades, clientes, imagem e empregados (devido aos comuns cortes).

Para finalizar e para não acabar de uma forma tão ácida como o resto do artigo, o mercado precisa de uma HP forte e a HP precisa de uma liderança forte.
Não se pode navegar um barco tão grande com navegação à vista. É preciso um rumo bem delineado e é preciso ter confiança no capitão do navio.
Se isto não acontecer, a HP vai continuar à deriva e daqui a uns tempos teremos mais um CEO, que estou certo que será ainda “mais óptimo” que o anterior.

Artigos Relacionados

Botão Voltar ao Topo