A 5D mk III lançada hoje tem uma herança muito pesada: a 5D (mk I) foi a primeira DSLR “acessível” com sensor 35 mm (“full-frame”); a 5D mk II revolucionou a indústria audiovisual ao oferecer vídeo 1080p (“Full HD”) com um sensor grande e num pacote compacto e relativamente económico. Mas ao contrário das suas antecessoras, a 5D mk III é apenas uma evolução do modelo anterior. Pelo menos assim parece no papel.
A evolução mais notável é o módulo de AF de 61 pontos, que é herdado da Canon 1DX. Desta forma, a Canon finalmente adota uma prática que a Nikon segue há anos.
De resto, os melhoramentos passam facilmente desapercebidos:
- O sensor com apenas mais 1 MP (esta diferença de resolução é quase irrisória, mas é previsível que os ganhos devidos à evolução tecnológica dos sensores tenham sido direcionados integralmente para o melhoramento do desempenho em ISOs elevados)
- Os controlos têm a configuração estreada na 7D.
- O vídeo dispõe de opções de codificação mais eficiente
- Correção automática de aberrações cromáticas
- Disparo em rajada até 6 fps
- Melhor selagem
- Novo mecanismo obturador projetado para 150.000 atuações
Em conclusão, não há dúvida que a 5D mk III é uma excelente máquina. É uma espécie de “5D mk II mais desportiva”. Mas não deixa de ficar a sensação que apresenta poucos argumentos face a concorrência. Sobretudo tendo em conta o seu preço recomendado de 3300€.