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Lubuntu 12.10 e Lxde: Leveza num ambiente gráfico

Programas

Como tinha afirmado, nem todos os programas são da família do LXDE, até porque não se tem uma alternativa para todas a funcionalidades. No entanto, todos os programas foram escolhidos por serem bastante leves e também, por serem bastante simples, sem que se perca as funcionalidades principais.

O primeiro que aqui vemos é o Catfish, um programa de pesquisa de ficheiros.
Podemos pesquisar por nome, efectuar filtros, escolher uma pasta de origem, pesquisar por data.

É bastante simples, mas eficaz e rápido.

Este é o gestor de ficheiros, que tem como nome PCManFM.

Foi recentemente lançado a versão 1.0, que é incorporada nesta versão 12.10 do Lubuntu.
Tem a maioria das funcionalidades e mais algumas de um gestor de ficheiros. Podem-se vê-los de diferentes maneiras, tem thumbnails com previews dos ficheiros, pode-se abrir com o utilizador root ou abrir uma consola a partir de uma pasta e principalmente, podem-se ter vários tabs com diferentes localizações ao mesmo tempo.
Temos também uma barra lateral esquerda, com os diferentes caminhos e atalhos das pastas.

O GPicView serve para ver os diferentes formatos de imagens.
Permite fazer slideshow, zoom, rodar e mover de pastas.

É um viewer simples, mas que faz perfeitamente o trabalho de visualizar ficheiros de imagens, mesmo quando são muitos ficheiros e de tamanho considerável.

Aqui temos o editor de texto, com o nome de Leafpad.

É bastante simples e não tem as funcionalidades de editores mais avançados. Pode-se dizer que está a par com um “Notepad” em Windows.

Esta é a aplicação de terminal, com o nome de LXterminal. É bastante bom. Suporta tabs, cores, renomear sessões, mudar a sua posição, etc. Está ao nível de muitos outros programas de terminal.

Esta é uma aplicação para tirar notas, com o nome de Xpad.

É uma aplicação simples que integra com o desktop onde podemos tirar várias notas e fixa-las ao desktop.

A aplicação para editar e criar imagens é o mtPaint.

Esta é uma das aplicações que não achei muito intuítiva, porque é algo diferente de outras aplicações de edição de imagens. Tem o básico e é leve e penso que foi por isso que levou à sua inclusão no Lubuntu.

O browser incluído é o Chromium, a versão totalmente open source do browser da Google que tem como nome de “Chrome”.

Não tem todas as funcionalidades do irmão que não é totalmente aberto, mas a maior parte das funcionalidades está incluída.
A versão usada é a 22 que é a mais recente.

A escolha do browser é talvez uma das mais complicadas. A favor podemos dizer que o Chromium é de facto muito leve e com grande performance.
No entanto tem um ritmo de desenvolvimento muito elevado e suspeito que nos repositórios, não vão conseguir manter sempre a última versão. Por exemplo na versão 12.04, continua a manter-se uma versão já antiga, a 20.

Outras escolhas poderiam ter passado pelo Firefox, mas se calhar é algo demasiado pesado para os objectivos do Lubuntu.
Penso que a melhor escolha teria passado pelo Midori, um browser muito simples e leve, visto que também usa o Webkit, usado no “Chromium”.

Este é o Abiword, um editor de texto mais complexo e virado para a criação de documentos.

Não é uma aplicação que esteja integrada numa suite office, como o LibreOffice, mas é pequeno, simples, bonito e tem a maior parte das funcionalidades que um utilizador comum precisa.

A outra aplicação de office no sistema operativo é o Gnumeric, que serve para criação de folhas de cálculo.

Também é uma aplicação simples e pequena, que não está integrada em suites de office, mas que tem a maior parte das funcionalidades que um utilizador comum precisa.

Para visualizar ficheiros de vídeo, temos no Lubuntu o Gnome Mplayer.

É uma aplicação que se foi buscar ao mundo Gnome, mas que é bastante leve e, principalmente, muito poderosa.
Com esta aplicação, não se tem os problemas de codecs, visto já se encontrarem integrados.
Apesar da boa escolha, o mais famoso Vlc, também teria sido uma boa escolha.

Para ficheiros de som, temos o Audacious.

Não é aplicação mais simples e leve que existe para este tipo de ficheiros, mas a nível de funcionalidade, cumpre perfeitamente com os requisitos.

Aplicações de sistema

Para gestão de aplicações instaladas, a aplicação principal é o Lubuntu Software Center, que é uma versão mais simples, mas na mesma eficaz, do software center que existe no Ubuntu.

A aplicação é simples de usar. A vista principal é por categorias e por cada categoria podemos ver uma listagem com pequenas descrições de cada aplicação.
Caso seja preciso, pode-se ver informação mais detalhada de cada aplicação.
É possível também efectuar-se pesquisas, além de podermos ver que aplicações estão instaladas na máquina.

Ao contrário do Ubuntu, apesar do Lubuntu ter um software center, não foi retirada a aplicação Synaptic, uma aplicação mais tradicional de gerir pacotes, onde podemos ver e instalar updates.

É uma aplicação mais complexa e menos “user frendly” que um software center, mas para os mais tradicionais é algo que é bom ter-se acesso.

Esta é outra aplicação da família do LXDE, com o nome de LXtask.

Esta aplicação é um simples task manager do sistema operativo, onde podemos ver o consumo de processador, memória RAM e processos a correr na máquina.
Por cada processo, também temos várias opções, como a de matar um certo processo.

Esta imagem também demonstra outra coisa. A de serem precisos tão poucos recursos para correr o Lubuntu. Como podem ver, sem nenhuma aplicação aberta, o sistema operativo só está a consumir 130 MB de Ram e o uso de processador, mesmo numa máquina virtual, é mínimo.

Preferências

Nas preferências, a primeira aplicação a mostrar é o LXAppearance, uma das aplicações onde se pode configurar o visual do sistema operativo.

Podemos escolher o tema em geral, as cores, os icons, o ponteiro do rato, as janelas, fontes e mais algumas outras opções.

Também é uma aplicação simples, mas muito fácil de usar, pois para cada opção é mostrado o preview de como vai ficar se a escolhermos.

Aqui temos as opções de desktop, que passam principalmente pelo wallpaper, a cor e fonte usada.

Temos aqui as opções de sessão, que apesar de não mostrar, passam principalmente porque aplicações e serviços são iniciados com a nossa sessão.

Algo que se pode ver ao aceder a esta aplicação é que o Lubuntu tem muitos poucos serviços e aplicações a arrancarem de ínicio, o que é sempre bom para a performance.

Outro ponto que se pode ver, mas que não convém mexer é o Window Manager, que é Openbox.

Esta é outra aplicação do mundo LXDE que tem como nome LXKeymap.

A sua única função é permitir a definição de um mapa de teclado.

Esta é a aplicação que permite controlar os monitores e a sua resolução.

A aplicação é bastante simples, mas a meu ver, pouco intuitiva, visto que para se aplicar uma resolução, escolhe-se um botão que aplica, mas que sai da aplicação. Se quisermos gravar essa opção, temos que voltar a abrir a aplicação e escolher a opção “save”.

Esta talvez seja das aplicações menos simples de todo o sistema operativo.

Aqui ficam as opções do Openbox, o windows manager. Pode-se escolher de novo o tema, o número de desktop, opções como as margens de cada desktop, comportamento do rato, botões de cada janela, entre muitas outras.
Não é muito simples, mas também não é uma aplicação que se use todos os dias.

Como preferências, por fim temos o Xscreensaver que é bastante usado também noutras distribuições.

É simples de usar, mas em algumas partes, como quando se vê o menu de password para desbloquear o computador, mostra a sua idade.

Guardei esta imagem para último, pois mostra que um sistema operativo simples e leve, pode ser ao mesmo tempo, bonito.

Temos aqui o menu para quando se quer sair do computador. O fundo fica mais escuro e o tema de icons é muito bonito.
As cores escolhidas de azul de cinzento também tornam tudo mais agradável.

Conclusão

A meu ver, da família de sistemas operativos do mundo Ubuntu, o Lubuntu é um dos mais interessantes, porque é muito leve, rápido e não impõe opções ao utilizador.

Muitos sistemas operativos são muito bonitos, mas ao utilizar-se no dia a dia, tornam-se um pesadelo. Isto devido à falta de performance ou à demasiada complexidade de muitos dos programas.

O Lubuntu é algo que não pretende revolucionar muito. Fornece um desktop tradicional, para que muitos utilizadores se sintam em casa logo de ínicio.

Esta versão 12.10 do Lubuntu e as mais recentes aplicações LXDE encontram-se bem conseguidas. O sistema operativo é agradável de utilizar e bastante rápido, mesmo em máquinas já um pouco antigas e que dificilmente funcionariam com outros sistemas operativos.

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