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Raspberry Pi: Overclocking

Benchmarks

Os benchmarks estão divididos em três secções. Programas que usam números inteiros, outros que usam vírgula flutuante e por fim acessos à memória.

Começando pelos números inteiros, temos o Blowfish que é uma cifra usada em encriptação.
Aqui podemos ver que apesar do core só ter sido aumentado 300 mhz, temos um ganho de 50% relativamente ao Raspberry Pi sem overclocking. Penso que a velocidade da memória também conta para este resultado.

Se é verdade que sem overclocking a diferença para o sistema Intel é bastante alargada, com overclocking, diminui bastante.

Este benchmark também está relacionado com encriptação. É o processo de hash de SHA1.
Com overclocking, existe um ganho de 47%, mas a base é tão fraca, que os ganhos são relativos, visto que continua a ser um valor fraco.
O sistema x86 tem aqui um forte desempenho, sendo um processador que já está ultrapassado e não tem nenhuma unidade destinada só a estes cálculos, como é o caso de processadores mais recentes.
No entanto, ele usa SSE, que não está disponível nos sistemas ARM.

Este é um benchmark com números Fibonacci.
Temos também aqui um ganho de quase 50%, mas o mais interessante é que o sistema x86 não ganhou por larga vantagem.

N-queens é um problema de Xadrez que coloca 8 rainhas num tabuleiro 8×8 de Xadrez e fazer que não se ataquem entre elas.
Temos mais uma vez ganhos perto dos 50%, o que confirma a tendência.
Como é óbvio, o sistema x86 ganha, mas a vantagem não é enorme.

Este é o famoso Super Pi, aqui numa versão escrita em Python.
O Super Pi procura os números primos no primeiros um milhão de números.
Neste benchmark temos um dos maiores ganhos, com mais de 50% de ganhos, no entanto ele é lento tanto de base, como com overclocking, como se pode ver com a comparação com o sistema Intel.

Este é o primeiro dos benchmarks com o Bytemark. O Bytemark é um benchmark já muito antigo, dos anos 90, que calcula um index relativamente a um pentium a 233 mhz nos aspectos de inteiros, memória e vírgula flutuante.
Neste gráfico temos o aspecto de inteiros e pode-se ver como o Raspberry Pi é várias vezes melhor que um Pentium 233.
Se sem overclocking ele já é várias vezes melhor, com overclocking podemos ver que há um ganho significativo.
O valor do sistema x86 neste caso não é muito real, pois não usa as mais recentes instruções deste mundo, porque é um benchmark muito antigo.

Este é o único benchmark que se dedica apenas à velocidade de acesso à memória RAM.
A memória foi aumentada 50% de velocidade, de 400 para 600 MHz e este benchmark mostra que os ganhos estão na ordem da mesma percentagem desse aumento.
É perfeitamente normal que o sistema x86, que não usa memória low voltage como o Raspberry Pi, ganhe com bastante evidencia.

Continuamos no Bytemark, mas agora passamos aos benchmarks com virgula flutuante.
Este benchmark mostra logo uma coisa que vai ser confirmada nos próximos benchmarks. O Raspberry Pi é fraco em cálculos com vírgula flutuante.
Overclocking ajuda, mas não muito.
Por outro lado, a maior parte das pessoas não vai precisar destes cálculos no uso comum.

Mais um benchmark de vírgula flutuante, neste caso, FFT.
A primeira coisa que salta à vista é que o sistema x86 é múltiplas vezes superior ao Raspberry Pi. Neste tipo de cálculos, é normal.
Entre com e sem overclocking, existe mais uma vez um ganho de 50%.

Este é um benchmark que cria uma imagem por Raytracing.
Não é propriamente um processo muito comum a ser visto num Raspeberry Pi, pois poucos o usarão para Raytracing.
Seja como for, ele é fraco, como esperado. Os ganhos com overclocking são um pouco menores que noutros benchmarks.

Este talvez seja um dos benchmarks mais engraçados de correr no Raspberry Pi, pois é o benchmark usado em super computadores, para definir o seu poder computacional.
Nunca esperei correr o Linpack num computador tão pequeno.
Ele é fraco, como seria mais uma vez de espera, mas tem ganhos de mais de 50% e isso deve-se não só ao aumento do core como também ao aumento de velocidade de acesso à memória Ram.
Os Megaflops do sistema Intel estão completamente noutro nível, mas serve apenas para se ter uma base de comparação.

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