Conclusão
A análise do Surface RT não é simples. É um tablet mas também pode ser um portátil híbrido. Não é um portátil mas a integração do teclado aproxima de um portátil. Mas não pode ser usado como este ao colo por exemplo porque não tem o mesmo suporte. Há ainda que entrar na equação com a concorrência e perceber as vantagens e desvantagens.
A Microsoft tem no Microsoft Surface RT uma série de compromissos que o tornam uma escolha difícil. Não é um peso pluma, não corre aplicações x86, não é um substituto de um portátil para a grande maioria dos utilizadores, tem uma Store com menos aplicações que é possível encontrar na concorrência e também não tem um preço agressivo. Começar uma conclusão desta forma parece que o equipamento não tem qualidade. Se leram até aqui viram que há pontos positivos mas no final não tem características que tornam superior à concorrência. E a Microsoft precisa disso para inverter o rumo dos acontecimentos.
Para os utilizadores do Windows 8 que preferem o Modern UI vão sentir-se em casa e vão gostar do Surface. O tamanho e o peso deixam-me um pouco receoso que seja um pouco menos portátil do que as pessoas gostariam, tanto mais que depois de vermos tablets com cerca de 10” eles têm encolhido para os 7-8 com aceitação por parte dos utilizadores.
Se o tipo de utilização pretendida for consumir conteúdos onde incluo, ler, jogar,ver filmes, ouvir música há opções mais acessíveis, com menos peso e a mesma autonomia. Inclusivamente haverá algumas coisas que será mais fácil de ter em outras plataformas como seja ver vídeos em diversos formatos.
É uma posição estranha esta na qual a Microsoft se encontra mas não há forma de o negar. O Surface RT não é um tablet apelativo o suficiente para o consumidor geral. Poderá ser em ambiente empresarial mas isso foge ao âmbito da nossa avaliação. A recomendação é esperar que o preço desça e que o ecossistema melhore. No entanto, quando isso acontecer é possível que a alternativa x86 seja a melhor e o Surface RT deixe de fazer sentido.
