SKUs e preços
A nível de modelos, os 88XX é para 8 sockets, 48XX para 4 sockets e 28XX para dois sockets.
Começando pelos 28XX que tem o menor número de modelos, podemos ver que só tem quatro modelos e três deles têm 15 cores. Há um de 15 cores que tem menos cache, apenas com 30 MB, sendo que os outros têm 37,5 MB. O mais baixo tem apenas 12 cores com 24 MB de cache.
A nível dos 48XX temos o maior número de escolhas, com 6, 8, 10, 12 e 15 cores. De 12 cores para baixo, apenas consomem 105W. A nível de cache, ela é diminuída consoante o número de cores.
A nível de 88XX, eles são iguais aos 28XX, sendo que existem SKUs “especiais” para alguns workloads (do lado direito do diagrama). O topo de gama consome 155W.
A nível dos modelos especiais, temos dois modelos com 10 e 6 cores respectivamente, mas com a totalidade dos 37,5 MB de cache. Estes modelos têm uma frequência mais elevada e consomem 155W. São para o mercado científico.
Temos também uma modelo completo com 15 cores e 37,5 MB de cache, mas low voltage, consumindo apenas 105W.
Por último temos um de 12 cores, mas com apenas 30 MB de cache com frequência elevada.
A nível de preços, começa nos 1200$ para o modelo 4809 v2 com 6 cores até ao topo de gama 8890 v2 a 6800$.
Conclusão
Para concluir, a minha opinião é que temos aqui um processador x86 muito impressionante e que vai permitir sistemas enormes, com uma capacidade que ainda não se tinha visto no mundo x86.
Distantes vão os tempos do Pentium IV adaptado a sistemas multi-socket que não escalava e que comparado com outras arquitecturas era totalmente inadequado.
A nível de limites POWER e SPARC continuam na frente, mas a maior parte das vezes um sistema deste x86 vai permitir iguala-los. Isto se não houver limitações a nível de software.
Penso que a versão dual socket não terá grande sucesso, porque com os Xeon E5 2600 consegue-se parte da performance a um preço muito mais baixo. Mesmo existindo o Xeon E5 4600 para quatro sockets, penso que este mercado será o mais proveitoso para o Xeon E7 4800 v2.
Depois existem os sistemas com oito sockets, que não precisam de um chipset third party, mas já são sistemas muito mais caros. Um deles é o que está na imagem anterior, da IBM, com 8 sockets e este mesmo processador da Intel.
Interessante vai ser verificar o que vai aparecer no segmento com mais de oito sockets. Sabe-se que a HP com o projecto Kraken tem um servidor 16 sockets usando este processador e a SGI deverá elevar esse número para valores ainda mais elevados.
Em relação à HP, vai ser interessante ver se vão utilizar tecnologia só usada até agora no Itanium e que relação existirá com estes sistemas.
Tirando isso, parte da tecnologia um dia poderá vir para o mercado consumidor, mas não sei bem que partes, visto que a Intel está mais preocupada em melhorar e aumentar o GPU que o CPU. Provavelmente teremos que todos viver com quad cores no mercado mainstream durante longos anos.
Dito isto, haverá sempre versões de processadores Xeons que irão alimentar o mercado workstation e aí poderemos ver novidades nos próximos meses.
Este CPU é absolutamente incrivél. É o Ferrari dos processadores e mesmo não tendo um sistema onde possa experimentá-lo, admiro onde a Intel conseguiu chegar.
