Benchmarks
Nesta secção de benchmarks, começo por usar o AIDA64, que é um programa muito bom para ver ao detalhe as especificações técnicas de um computador e também alguns aspetos a nível de performance de sistema. Um desses benchmarks é a discos ou SSDs. Ele na sua medição de performance, só usa o modo de leitura. Não temos neste ponto benchmarks de escrita, mas para começar penso que seja interessante.
O primeiro item é o tempo médio de acesso ao SSD e temos aqui uma pequena surpresa, confirmada por outros benchmarks. Apesar da diferença ser muito pouca e que não é perceptível no uso comum, dos SSDs que já testamos, este é o que tem melhores tempos de acesso, com 0,02 milissegundos. A única explicação que encontro para tal, está relacionada com a controladora, que é diferente de todos os outros, incluindo SSDs da OCZ, sendo 100% Toshiba e que infelizmente pouco nos foi revelado a nível técnico.
A nível de leitura com buffer, o Trion está ao nível de todos os SSDs que utilizam interface SATA3 e que não estão em RAID 0, que usa memória de sistema. A outra diferença está para o Revo, que usa interface PCI-Express, internamente também usando RAID, não estando assim limitado ao interface SATA.
A nível de leitura linear, o AIDA ainda usa a técnica de ler no inicio, meio e fim, que é um artefacto dos discos mecânicos, em que dá valores diferentes, consoante a posição. Um SSD normal, não deve apresentar diferenças substanciais a este nível.
Como podem verificar, o Trion em nada perde nesta situação para outros SSDs SATA3 e fica perto do limite prático do SATA3.
De seguida temos o gráfico de como ele se porta em leitura aleatória, ainda usando o AIDA64. Perde um pouco para o Vector 180 e ARC 100, também soluções SSD SATA3 da OCZ, mas a margem é pequena e está acima dos 500 MB/s, o que faz com que seja um resultado perfeitamente aceitável.
Anvil
Continuando com benchmark de escrita, mas agora usando o Anvil. De referir que o Anvil é um benchmark que testa leitura e escrita, numa panóplia de situações e depois dá uma pontuação para a leitura, escrita e total. Neste artigo apresento as pontuações, começando pela escrita, que é bastante interessante porque bate o ARC 100 e Vector 180, que são soluções mais caras. Não bate o Crucial M500, mas fica perto e não bate soluções mais avançadas. No entanto este é mais um ponto onde o Trion não fica mal na fotografia.
Passamos para a escrita e é aqui que percebemos porque é que o Trion é a entrada de gama da OCZ. Em relação às outras soluções SATA3, tem uma pontuação que é menos da metade. Não está espelhado no gráfico, mas é em escrita mais pesada que o Trion fica um pouco longe das outras soluções.
Comparado com um disco mecânico, é melhor? Sem dúvida.
Não tenho grandes comentários a fazer ao nível da pontuação total. Se por um lado a leitura é um ponto forte, já a escrita prejudica em muito a sua pontuação geral, visto ficar longe de outros SSDs com o mesmo interface.
AS SSD
Mudando a agulha para outro benchmark, neste caso o AS SSD, que testa leitura e escrita em alguns pontos fundamentais. Começo por leitura e escrita a 4K aleatório e usando apenas uma thread (comum em desktops e portáteis simples). Neste ponto a leitura continua a ser um ponto forte. Já a escrita fica um pouco atrás de outras soluções SATA3, mas não substancialmente. Diria que num uso comum e leve, tenho sérias dúvidas que um utilizador note a diferença entre estas soluções.
Passando para leitura e escrita a 4KB aleatório, mas usando 64 threads (comum em workstations e servidores). Leitura, excelente. Escrita, nem por isso. É aqui que se nota que este SSD não é para ser usado em ambientes mais pesados e muito menos em servidores, mas lá está, não é esse o mercado onde a OCZ pretende atingir com este modelo e isso também é visível pelo preço.
Em uso sequencial, como podem ver, é uma excelente opção, conseguindo melhor performance que SSDs mais caros. Este uso sequencial também é muito visto em desktops e portáteis e menos em servidores. Por vários aspetos, este SSD não é uma solução para ser usada fora do seu habitat.
Voltando aos tempos de acesso, que referi no primeiro gráfico com o AIDA64, aqui confirma-se que ele é excelente neste ponto, mostrando aqui que não é só em leitura que ele tem bons tempos de acesso e que também em escrita não fica a dever nada a ninguém.
A pontuação final reflete tudo o que escrevi até agora. Excelente em leitura, menos bem em escrita, mas em situações que a maior parte dos utilizadores não vai passar por elas. O resultado total também aqui não é brilhante apenas devido a cenários mais pesados de escrita.
