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Análise ao Intel Core i7 6700K e ASRock Z170 Extreme4

UEFI

A UEFI, disponível em 8 línguas, mas não em Português, carrega por defeito em modo simplificado (EZ Mode).

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Este modo, fornece informação e monitorização básica do sistema e algumas possibilidades de configuração mais correntes de forma simples.
Por cima do relógio, da esquerda para a direita encontram-se o botão  de ajuda, que abre uma janela com uma lista de comandos para a navegação da UEFI, o botão de reposição das configurações de origem, o botão de guardar e sair e o botão de descartar alterações feitas.
Em DRAM Information podemos configurar com dois clicks do rato módulos de memória de velocidade superior a 2133MHz que suportem perfis XMP, escolhendo o perfil respectivo.
Em FAN Status podemos definir o modo de operação da fan ligada em CPU_FAN1 (e apenas desta) entre as opções “Silent”,”Standard”,”Performance”,”Max Speed”.
Em Boot Priority define-se a prioridade de arranque, aparecendo automaticamente listados todos os dispositivos com essa capacidade, incluído dispositivos USB.
Em Storage Configuration aparecem listados os dispositivos de armazenamento internos, sendo possível activar o modo RAID, quando suportado.
Em CPU EZ OC encontra-se a funcionalidade de overclock num click. Quando ligado, sobe automaticamente a velocidade das ventoinhas para o máximo e, neste caso,  colocou o CPU a 4.4GHz, com 1.36V de VCore. Um overclock modesto, mas fácil e rápido, para quem não sabe, ou não quer, configurar o CPU manualmente.
Neste modo é ainda possível aceder ao System Browser, de que falamos mais à frente, e actualizar a UEFI via drive USB ou directamente da internet, via cabo de rede.

O modo avançado, a que se acede com um click em Advanced Mode ou pela tecla de atalho F6, dá acesso a todas as possibilidades de configuração desta motherboard, num interface muito semelhante às antigas BIOS.

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O código QR, no canto inferior direito, é o mesmo em todos os separadores, e remete para o manual da motherboard, na secção de downloads da página da ASRock.

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Porventura, o separador mais importante para muitos utilizadores, aqui encontram-se todas as opções de ajuste de frequências, latências e voltagens para o CPU e memória.

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Aqui é possível configurar os diferentes componentes do sistema, as suas tecnologias e modos de operação.

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As diferentes ferramentas disponibilizadas pela UEFI. O Online Management Guard permite estabelecer períodos de restrição ao acesso à Internet. A função de desumidificação permite que o sistema ligue automaticamente e active as ventoinhas durante um periodo de tempo pré-estabelecido.

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O separador com a informação de todos os sensores de monitorização do sistema.  É também aqui que encontramos as opções de configuração das ventoinhas.

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Numa função a que a ASRock deu o nome de FAN-Tastic Tuning, é possível definir os modos de operação de cada ventoinha individualmente, e até estabelecer curvas de velocidade de rotação-temperatura (da motherboard ou do CPU) personalizadas, num interface gráfico simples e intuitivo.

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Os 3 últimos separadores contêm as habituais configurações de segurança, arranque do sistema e saída da UEFI.

Durante os nossos testes encontramos um “bug” em que, ocasionalmente, a interface bloqueava completamente, impossibilitando a navegação pelos menus e obrigando a um “hard reset” para desbloquear a situação. A frequência de recorrência deste problema não foi suficiente para por em causa a usabilidade da UEFI, mas é uma situação que pode tornar-se um tanto ao quanto irritante. Esperamos que este problema seja apenas fruto da juventude da plataforma e que não se estenda a futuras versões desta UEFI:

Software

ASRock A-Tuning: software multifunções, que permite, entre outros, overclock a partir do Windows ou contactar o suporte técnico. 

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O primeiro separador permite definir o modo de operação. O modo Performance força o CPU a trabalhar à máxima frequência de forma constante; o modo Standard deixa a tecnologia SpeedStep trabalhar livremente, permitindo as rápidas flutuações de frequência, consoante a carga no processador; o modo Power Saving atrasa a subida de frequência alguns segundos, de forma a evitar a subida de frequência do CPU em picos de carga transitórios.
Considerando que os actuais CPUs da Intel são extremamente eficientes a gerir a sua energia, e que transitam entre estados com enorme rapidez, vemos alguma redundância e pouca utilidade nestes modos.

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Aqui é possível efectuar overclock ao CPU dentro do Windows, com a possibilidade de guardar até 3 perfis de definições diferentes.

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Neste separador é possível monitorizar temperaturas, voltagens e velocidades de rotação das várias ventoinhas. Permite ainda aceder ao System Browser.

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SystemBrowser2
O System Browser indica, apenas com o apontar do rato, que portas, conectores e slots estão em uso, e quais os dispositivos que as estão a usar. Uma curiosidade potenciada pelas UEFI.

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O FAN-Tastic Tuning permite estabelecer curvas de velocidade-temperatura personalizadas para as ventoinhas. A interface, no entanto, fica um pouco a dever à sua versão da UEFI.

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O separador Tech Service permite submeter directamente da aplicação pedidos de Suporte Técnico, em caso de problema.

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O último separador, muito básico, tem apenas a opção de adicionar, ou não, o A-Tuning aos itens de arranque.

Em geral, este software tem bastante utilidade, em particular a possibilidade de afinar overclocks directamente no Windows, a monitorização do sistema e o controlo directo sobre as ventoinhas. Sentimos, apesar disso, que há espaço para melhorar, refinando a interface e acrescentando funcionalidade.

ASRock APP Shop: aplicação que permite a instalação e actualização de drivers, utilitários e até da BIOS.

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Aqui, a aplicação sugere uma grande quantidade de aplicações free/shareware e versões de avaliação, a esmagadora maioria de utilidade duvidosa. A intenção até poderá ser boa, mas na prática poderá levar os mais incautos a encher os seus sistemas de “lixo”.

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Este é o separador útil da aplicação, onde é possível obter e actualizar drivers e utilitários.

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Por último, as opções de configuração da aplicação.

Em geral, achamos esta APP shop algo supérflua, com as Apps a constituírem um extra absolutamente desnecessário.  Seria preferível a inclusão de um separador “Live Update” no A-Tuning e abolir esta aplicação na totalidade.

ASRock Restart to UEFI: pequeno aplicativo que permite reiniciar o sistema directamente para a UEFI.

ASRock 3TB+ Unlocker: utilitário que permite a sistemas operativos de 32bits acederem à totalidade do espaço de dispositivos de armazenamento com capacidade superior a 2TB.

ASRock APP Charger: aplicação que permite aumentar a corrente das portas USB, quando detecta um iDevice.

ASRock Windows 7 USB Patcher: talvez o mais útil destes pequenos aplicativos, permite criar uma ISO do Windows 7 com drivers xHCI, de forma a permitir a sua instalação em  sistemas baseado em chipsets da série 100.

Overclock

Tal como sai da caixa, esta motherboard já faz o que se pode chamar de um overclock parcial, pois inclui uma função, activada por defeito na UEFI, que estende a frequência de máximo Turbo a todos os núcleos em simultâneo. Na prática ficamos com um processador de 4.2GHz, em qualquer situação. Esta opção tem a desvantagem de subir a voltagem do CPU dos 1.25V originais para 1.36V. Assim, recomenda-se a quem gosta de manter o hardware dentro dos parâmetros de fábrica que desactive esta opção.

A opção mais simples passa por utilizar a função de overclock automático, que com um único click levou o nosso i7 6700K aos 4.4GHz, novamente com uma voltagem de 1.36V.

De seguida, experimentamos subir o multiplicador gradualmente, deixando todas as restantes opções em modo automático.

cpu-z oc

Conseguimos uns razoáveis e perfeitamente estáveis 4.6GHz. 1.36V parece ser o valor padrão e máximo que a motherboard usa para a voltagem do processador, quando esta se deixa em modo automático. De notar que este clock foi conseguido sem desligar nenhuma das funções de gestão e poupança de energia e sem ajuste manual de nenhuma opção, além do multiplicador. Deste modo, o processador continua a reverter para frequências e voltagens muito mais baixos, em carga reduzida.
Acreditamos que ficámos aquém do limite, quer do CPU, quer da motherboard, e que, com tempo e paciência, frequências superiores utilizáveis estejam perfeitamente ao alcance deste conjunto.

Do lado da memória, qualquer velocidade acima de 2133MHz é, oficialmente, overclock, mesmo que os módulos sejam certificados para velocidades superiores. No entanto, graças aos perfis XMP, este é muito fácil de fazer, bastando carregar o perfil pretendido.

cpu-z mem
A memória usada no teste, constituída por um par de módulos DDR4 G.Skill Ripjaws V  3000MHz de 8GB cada, não teve qualquer problema em atingir a velocidade e latências especificadas, nesta motherboard.

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