Benchmarks
De forma a obtermos resultados directamente comparáveis, usamos o mesmo sistema e corremos os mesmos testes da análise às G.Skill Ripjaws V 3000MHz.
Para colocar as memórias à velocidade e latências anunciadas bastou activar o seu perfil XMP na UEFI.
A configuração final tomou a seguinte forma:
Processador | i7 6700K 4GHz |
Cooling | SilveStone TD02 Lite |
Motherboard | ASRock Z170 Extreme4 |
Gráfica | MSI GTX960 Gaming 2G |
RAM | G.Skill Trident Z 2x8GB 3200MHz |
Armazenamento | OCZ ARC 100 240GB |
Fonte de alimentação | Corsair RM850x |
Caixa | SilverStone Kublai KW05B-W |
Sistema Operativo | Windows 10 Pro |
AIDA 64
Os resultados aqui são completamente dentro do esperado, com cada incremento de frequência a produzir um correspondente incremento de largura de banda. É interessante ver que este kit a 3200MHz tem praticamente o dobro da largura de banda de DDR3 a 1600MHz, demonstrando que o escalar da largura de banda com a frequência se mantêm linear na transição de DDR3 para DDR4.
Em relação à latência, um pequeno aparte: muito utilizadores tendem a encarar os valores indicados de CL como valores absolutos. Acreditam que memórias CL15 têm automaticamente piores latências que umas que indiquem CL10. Na verdade, aqueles números apenas indicam o número de ciclos que as memórias levam a responder, com a latência real, medida em tempo, a depender da frequência. Como exemplo, 15 ciclos a 150Hz ou 10 ciclos a 100Hz resultam exactamente na mesma latência real.
Para o demonstrar, temos as latências reais, em nano segundos, indicadas pelo AIDA para 3 casos de frequências e CL diferentes:
Trident Z @ 2133MHz @ 15-15-15-35: 58.7 ns
Ripjaws V@3000MHz @ 15-15-15-35: 47.5 ns
Trident Z @3200MHz @ 16-16-16-36: 47.2 ns
Esperamos, com este exemplo, ter ajudado a quebrar o mito das latências desastrosas da memória DDR4.
CrystalMark
Este teste confirma a tendência já observada no AIDA. A maneira como a velocidade da memória afecta o desempenho da cache do CPU é algo surpreendente, já que a sua velocidade depende apenas da frequência do CPU.
MaxxMEM²
Este benchmark produz resultados de largura de banda bastante inferiores aos dois anteriores. Estão, no entanto, em linha uns com os outros, o que indica que tal se deve à natureza do benchmark. A tendência, essa, mantém-se, com a subida incremental da largura de banda, de acordo com a frequência.
PCMark 8
Este conjunto de testes pretende simular cenários de utilização real. Teoricamente, velocidades de memória superiores produzem ganhos em todos os cenários, particularmente em trabalho criativo, com este kit de 3200MHz a ter os melhores resultados de todos os testes.
WinRAR
Nesta análise introduzimos o benchmark embutido do WinRAR por ser um aplicativo bastante comum e que se sabe ser bastante sensível ao desempenho da memória. O ganho de 2133MHz para 3200MHz é considerável. Já dos 3000MHz CL15 para 3200MHzCL16, o ganho foi bem mais modesto, com o ciclo de latência extra a negar parte da vantagem da velocidade superior.
Overclock
Com a indicação, por parte da Intel, de que voltagens de memória superiores a 1.35V não são recomendados, existindo a possibilidade de danos no controlador de memória dos CPUs “Skylake” a longo prazo, decidimos não ultrapassar esse valor nos nossos testes de memórias. Isto revelou-se um pequeno problema para este kit, que sem ir além dos 1,35V revelou alguma relutância em subir ainda mais a frequência. Conseguimos arranques estáveis a 3300MHz@20-22-22-44 e a 3333MHz@21-22-22-44, mas com latências tão elevadas os resultados foram piores em toda a linha, pelo que optamos por não os incluir nos comparativos.
Este kit parece, assim, limitado à velocidade anunciada, sem aumentar a voltagem. Considerando que, hoje em dia, o overclock dos CPUs já não depende das memórias e que 3200MHz é, por si só, uma frequência bastante respeitável, isto não nos parece um grande problema.