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Análise aos headsets HyperX Cloud e Cloud II

Introdução

A Hyper-X, divisão gaming da Kingston, tem sido muito bem sucedida já desde algum tempo com os seus headsets da gama Cloud, um rebrand de uns headphones já conhecidos do mercado áudio.

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Hoje teremos a oportunidade de analisar tanto a primeira com a segunda geração destes headsets.

Especificações

Cloud:

Drivers Hi-Fi de 53mm para qualidade de áudio suprema
Microfone destacável
Construção sólida em alumínio para maior durabilidade e estabilidade
Design fechado para melhor reprodução de graves e cancelamento de ruído passivo
Compatível com desktop, notebooks, smartphones, PlayStation 4, e adaptadores de avião

Auscultadores:

Frequência de Resposta: 15 – 25.000 Hz
Tipo de transdutor: Dinâmico, fechado Ø Drivers de 53mm
Nível de pressão sonora SPL: 98 ± 3 dB
Conexão: Plug jack mini stereo (3.5 mm)

Microfone:

Tipo de transdutor: Condensador
Padrão Polar: Cardióide
Frequência de Resposta: 100 – 12.000 Hz
Conexão: Plug jack mini stereo (3.5 mm)

Cloud II:

Dispositivo de controlo avançado de áudio USB com placa de som DSP
Drivers com capacidade Hi-Fi com drivers de 53mm fornecendo qualidade suprema de áudio
Experiência de áudio — Som surround controlado por hardware
Muito Confortável — Arco 100% em espuma de memória e almofadas de couro sintético
Otimizado para jogadores profissionais — com design fechado sobre a orelha para cancelamento passivo de ruído
Compatível — Conectividade USB para PC e Mac. Compatível com estéreo com PS4, Xbox One (adaptador não incluído necessário) e dispositivos móveis

Auscultadores:
Tipo de transdutor: Dinâmico Ø 53mm com ímãs Neodímio
Resposta de frequência: 15Hz–25,000 Hz
Impedância nominal: 60 Ω por equipamento
SPL nominal: 98±3dB
T.H.D.: < 2%
Capacidade de desempenho de energia: 150mW
Som no ouvido: circumaural
Atenuação do ruído ambiente: apróx. 20 dBa
Peso incluindo microfone e cabo: 320g
Comprimento e tipo de cabo: 1m + extensão 2m
Conexão: mini plug estéreo (3,5mm)

Microfone:
Padrão polar: cardióide
Impedância nominal: ≤2.2 kΩ
Resposta de frequência: 50–18,000 Hz
THD: 2% a f = 1 kHz
Máx. SPL: 105dB SPL (THD≤1.0% a 1 KHz)
Saída do microfone: -39±3dB
Comprimento do microfone: 150mm (inclui haste flexível)
Diâmetro da cápsula: Ø6*5 mm
Conexão: mini plug estéreo (3,5mm)

Embalagem e Conteúdo

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Em Detalhe

Ambos os headsets possuem a mesma exata estrutura, pelo que avaliando um, estamos a avaliar o segundo.

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Assim sendo, podemos começar pela headband, a qual apresenta o tradicional design de pleather com costuras bem demarcadas. Tal formato é enganador, uma vez que este se afasta das normais iterações deste desenho, ao trazer enchimento na parte inferior de uma espécie de foam que rapidamente retorna à sua forma/posição inicial depois de deixarmos de aplicar pressão. Na parte superior, a pleather apresenta uma textura não tão lisa, bem mais rugosa, com o branding “HyperX” muito bem aplicado sob a forma de costura de linha preta, e, a unir tudo, a costura de linha vermelha, sem qualquer defeito, ponta solta ou irregular, não deixando qualquer extremidade de qualquer um dos tecidos exposto. Na junção com a parte plástica que liga a headband às hastes metálicas, novamente, todas as terminações do tecido encontram-se bem omissas ao toque e à vista, mais um belo pormenor que joga a favor da durabilidade dos headset.

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A peça plástica de junção, apesar de não assumir grande destaque no equipamento, também revela pormenores positivos, como é o coating de borracha em toda a sua superfície. Os parafusos de cor preta que asseguram a integridade desta zona encontram-se escondidos na face interior, assim como o logótipo da Kingston e HyperX, números de série, certificados, local de manufactura, letra indicativa de lado (L e R), tudo em tons cinza. Relativamente a pormenores menos estéticos, apenas podemos apontar a ligeira linha onde se encontram as duas metades que formam este peça.

De seguida, temos as hastes em metal escovado, com cerca de 2mm de espessura, valor suficiente para impedir que as mesmas apresentem qualquer tipo de flexibilidade. Devemos esclarecer que estas partes do headset visam assegurar ainda mais integridade estrutural, uma vez que ajustes de largura do mesmo são feitos graças à flexibilidade da guia (plástica ou metálica) no interior da headband. Na parte superior de cada haste, do lado interior, temos cerca de 7 concavidades que ditam os também cerca de 7 degraus de comprimento do headset.

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Passando para as cups, podemos notar que o coating está em sintonia com o da peça de junção da headband e haste. A placa no centro com o branding “HyperX” é também ela de metal escovado. No fundo da cup esquerda, temos a cavidade onde podemos conectar o micro amovível através de uma ligação de jack de 3.5 mm, sendo que se o comprador preferir usar o headset apenas como headphones, poderá manter a estética, preenchendo essa ligação com a peça de borracha que vem juntamente com os headphones na embalagem.

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Bem perto, temos também a ligação do cabo, o qual não é amovível, o que não parece ser de grande importância dado que os cabos da marca são sleevados já de origem, não havendo grande pretexto para a troca dos mesmos, especialmente num equipamento de preço inferior a 100€. Quanto à mobilidade das cups, as mesmas apenas se movimentam num só sentido e numa amplitude de apenas 45º.

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Quanto às pads, podemos estar francamente satisfeitos, já que a HyperX envia na embalagem um set adicional de veludo, em adição às de pleather que vêm já montadas no headset.

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Nenhuma delas acarreta particular sinal de qualidade ou de falta dela, sendo que ambas são confortáveis e se acopulam particularmente bem nas cups.

Uso e Desempenho

No que toca a conforto, os HyperX apresentam tantos pontos positivos como negativos. Uma queixa comum é o seu peso, especialmente após algumas horas de uso, quando a headband do headset se parece fincar no topo da cabeça, o que obriga o utilizador a reposicionar o mesmo para evitar que o desconforto se perpetue. Fora esse aspeto, apenas tenho bem a apontar, nomeadamente a clamping force quase ideal, a possibilidade de escolha entre diferentes pads (pessoalmente abomino veludo, faz-me profunda impressão, e para o público em geral, passa a ser desconfortável com o calor do Verão) e a possibilidade de configuração do comprimento das hastes.

Relativamente ao tamanho das cups, algumas pessoas com orelhas de tamanho um pouco acima da média serão capazes de as achar um bocado pequenas ,de acordo com o que é mencionado pela comunidade, contudo, essa não foi de todo a minha avaliação, uma vez que com orelhas de tamanho médio, nunca senti qualquer desconforto neste campo. Ainda neste tópico, podemos falar do conforto para utilizadores que necessitam de usar o headset em simultâneo. Pedi a um familiar que usasse ambos os headsets durante um período alargado de tempo e, enquanto resposta, obtive um claro feedback negativo.

Sendo este um headset circum-aural fechado, é legítimo aspirar a grandes níveis de isolamento, no entanto, tal facto não se verifica. O isolamento é impermeável face a ruído ambiente ou a uma televisão que esteja a uma distância palpável, mas infelizmente, conseguimos sempre ouvir alguém que esteja a falar à nossa beira (não percebemos, mas ouvimos), assim como uma televisão com som baixo a uns 3 metros de distância. Naturalmente, o leak sonoro também é notório e, caso gostem de puxar pelo volume ao mesmo tempo que dividem uma divisão com uma ou mais pessoas, poderão ter problemas.

Quanto à qualidade de som, este headset é um líder mais do que destacado do seu segmento de mercado para orçamentos inferiores a 100€. Relembramos que este headset corresponde a um rebranding de um par de headphones também levado a palcos de fama por marcas como Takstar, Gemini, Technical Pro, QPad, entre outras. Tal equipamento é sobretudo recomendado pelo equilíbrio de frequências muitas vezes difícil de encontrar em material neste range de preços, não trazendo assim uma assinatura sonora muito marcada como é o habitual noutros equipamentos. O baixo tem corpo e intensidade (bastante agradável e controlado, nada excessivo), os agudos são bastante brilhantes, mas não perfurantes e os médios são bem vivos e coloridos. Quanto a detalhe, muito sinceramente, não senti falta de qualquer pormenor nas habituais músicas, mas temos que ter em conta que a resolução e palco fica aquém de muitos headphones que pairam pelos 150€+.

O micro não é nada de especial, coaduna com o resto do mercado ao assumir-se como uma solução apenas aceitável. Capta moderadamente bem, é sólido e é maleável, e ainda consegue bater headsets como SteelSeries Siberia V3, Plantronics GameCom 388, Plantronics GameCom 788, etc, mas ficará sempre atrás de uma solução dedicada.

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A respeito dos acessórios e respetiva utilidade, podemos fizer que a estes headsets não parece faltar nada. Temos o micro amovível, a aplicação de borracha para tapar o jack, prolongadores de cabo com controlador a meio, prolongador de cabo simples, conversor para jack único de 3.5mm (para telemóvel), um par adicional de pads de veludo.

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A diferir entre os dois modelos, temos os Cloud II com um melhor controlador e placa de som USB, a qual permite a opção de som 7.1 virtual, funcionalidade que na prática não traz praticamente nenhum mais valia ao headset.

Considerações Finais

Tanto o HyperX Cloud como o Cloud II estão mais do que consolidados no mercado português, tanta é a sua diferença de qualidade para a maioria dos headsets no seu range de preços. A qualidade de som é somente rivalizada por headsets mais puxados em termos de preço, nomeadamente a gama de headsets de 100€+ da Sennheiser, pelo que, gradualmente, a marca tem vindo a conquistar uma palpável quota do mercado por KO.

Pela primeira vez temos um headset que se encontra muitíssimo bem posicionado simultaneamente na sua área e no parque dos headphones, tanto que o “mesmo produto” vendido por marcas como Takstar, Gemini, entre outras, muitas vezes é recomendado como a melhor alternativa para um par de headphones equilibrados para orçamentos sub-100€.

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A qualidade de construção e de som são muitíssimo satisfatórias, ficando apenas a faltar alguns toques relativamente ao conforto, uma vez que o seu peso faz tornar a presença da headband muitíssimo notória ao fim de algumas horas de utilização.

E entre os duas gerações, qual escolher? É da minha franca opinião que não há absolutamente nenhuma razão para enveredar pelos Cloud II em detrimento dos Cloud I. O intervalo de preços é injustificado, tal é a inutilidade da placa de som USB com virtualização de som para 7.1 Sem tal placa, o headset é praticamente o mesmo e, como tal, só deverá pagar mais pela segunda geração quem realmente quiser testar o 7.1, quem gostar mais do design do controlador, quem gostar das alternativas mais exóticas em termos de cor ou quem quiser fazer um donativo de 5-10€ à marca.

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A ZWAME agradece à HyperX a disponibilidade do equipamento para análise.

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