Uso do Desktop
Depois do restart chegamos ao ecrã de login. Este ecrã é dado pelo LightDM, que é o Display Manager usado pelo Antergos. Aqui pode-se escolher o ambiente de trabalho, caso tenhamos mais que um instalado e o tema mostra diversas fotos de paisagens de uma forma random. Cada login feito aparece uma foto diferente.
Chegamos por fim ao desktop, que por defeito vem com um Wallpaper muito sóbrio. A barra de trabalho encontra-se na parte inferior do desktop, sendo que do lado direito temos o relógio, volume de som, atividade de rede, status da bateria e o update manager/package manager.
Do lado esquerdo temos o botão para o menu e três shortcuts para três programas. Browser com o Firefox, terminal com o Gnome Terminal e o file manager com o Nemo.
No canto inferior direito podemos aceder diretamente ao Package Manager onde é usado o Pamac, um front end GTK3 para o pacman, o package manager usado em Arch Linux.
Dentro do Pamac, podemos instalar ou desinstalar qualquer aplicação que esteja nos repositórios oficiais de Arch, ou o repositório à parte do Antergos.
E por falar no repositório à parte do Antergos, dizer que a maior parte da instalação segue os pacotes originais do Arch e que poucos são os pacotes adicionais do Antergos.
Por exemplo, nesta minha instalação, só 15 pacotes não são dos repositórios oficiais de Arch, sendo que a maior parte destes 15 não passam de temas, wallpapers e fontes.
Antergos não desvirtua Arch. Ele é mais um facilitador de instalação de Arch em Desktops do que uma distribuição à parte.
No mesmo icon do canto inferior direito, podemos aceder ao update manager.
Basta esperar um pouco para que apareçam updates. Por defeito ele seleciona todos os updates que há para fazer e o utilizador só tem que dar o ok para os instalar a todos.
O Antergos com Cinnamon não é uma distribuição extremamente leve, como Linuxs com Lxde e outros. No entanto também não exagera no consumo de recursos por default. Processador pouco usa e a nível de RAM, sem nada aberto anda pelos 400 MB de RAM gastos.
À data em que tirei estes printscreens o último kernel era o 4.2.5 e era esse que estava instalado. O Arch e por sua vez o Antergos têm sempre o kernel mais recente instalado. Quando sai uma release maior, pode demorar mais um pouco a chegar aos repositórios, mas eles tentam ter sempre o kernel mais recente instalado.
O terminal é o Gnome Terminal e além de ser bastante bonito, é agradável de se usar.
Dentro do Antergos temos um Desktop Search, que serve para procurar pastas e ficheiros de uma forma simples e rápida, dentro do computador. Muito útil e moderno para as necessidades de hoje em dia de qualquer utilizador.
Temos uma aplicação, chamada “Photos”, também ela emprestada do Gnome, que serve de browser para ver e organizar todas as fotos que o utilizador tiver, sejam elas quais forem e onde estiverem dentro do computador.
Como editor de texto simples temos o gedit, que serve perfeitamente para visualizar e editar pequenos ficheiros de texto. Como explorador de pastas e ficheiros temos o Nemo, com os icons do Numix.
Instalado vem também o Transmission, um programa que serve para P2P, mais exatamente bit torrent.
Como suite de Office, vem instalado o LibreOffice sempre atualizado na sua versão mais recente. Nesta imagem apresento o Calc e o Writer. Um para documentos de texto e outro para folhas de cálculo.
É uma suite de Office muito completa.
A nível de multimédia temos o Totem, para vídeo e o Gnome music para áudio. São dois bons programas, mas na minha opinião deveria ser incluído o VLC que é um autêntico canivete suíço para ficheiros multimédia.
Para criação de CDs e DVDs e manipulação destes conteúdos, vem instalado o Brasero. Um programa muito útil, para um meio cada vez menos usado.
Um pormenor não descurado, nesta distribuição tão apelativa é a inclusão de muitos wallpapers de alta definição e todos eles extremamente bonitos.
Na minha opinião o Wallpaper que vem por defeito é muito bonito e prima pela sua simplicidade, mas quem não gostar dele tem muitos outros por onde escolher.
O browser web que vem com o Antergos é o Firefox, mais uma vez, na sua versão mais recente e na minha opinião é a melhor escolha que se pode ter em Linux. O Chrome pode ser mais rápido, mas não é de uma entidade independente além de não ser completamente open source. Existe o Chromium, mas são lhe retiradas algumas funcionalidades, em relação ao Chrome.
O Firefox continua a ser um bom browser e uma boa escolha para fornecer aos utilizadores.
Como podem ver nas propriedades do Antergos, estava a correr Cinnamon 2.6. Mas isso foi quando eu tirei este printscreen. Agora já está a correr a versão 2.8, com as melhorias que isso trouxe.
Como podem ver também estou a correr Antergos dentro de uma máquina virtual. Não é o meu desktop do dia a dia, no entanto tenho-o mantido porque gosto mesmo muito de acompanhar este projeto.
E com esta imagem termino este artigo sobre o Antergos com Cinnamon.
Conclusão
Nesta conclusão reafirmo todas as qualidades que já referi em relação a este projeto. A base do Antergos é Arch e isso faz com que seja uma rolling distro em que temos sempre o sistema operativo atualizado com as últimas versões dos programas e do kernel. O que o Antergos faz é polir esta experiência, com uma aparência moderna e extremamente agradável.
O utilizador tem toda a liberdade e pode escolher o desktop preferido. Para este artigo escolhi o Cinnamon que na minha opinião é o que está mais bem conseguido.
Não uso Antergos como desktop principal. Apenas acompanho de perto este projeto. Como desktop principal uso Mint na sua versão 17.3. No entanto já vária vezes olhei com inveja para o meu Antergos dentro de uma máquina virtual, por motivos de beleza e por ter sempre os programas atualizados o que faz com que às vezes queira uma funcionalidade que vem na última versão de um programa que não está disponível em Mint, mas em Antergos é apenas uma questão de fazer os updates.
Esta é uma distribuição que nunca está parada. Até os printscreens que fiz para este pequeno artigo já se encontram desatualizados. Mas este é ponto que mais me atrai para este projeto. Está em constantes melhorias e sempre cada vez mais polido.
Espero que tenham gostado deste artigo e desafio-vos a experimentar Antergos, mesmo que seja numa máquina virtual, como eu tenho. Acho que vale a pena.
