Overclock
Nesta board a função “Multi core enhancement” vem desactivada por defeito. Esta função força a máxima frequência de Turbo em todos os cores. Em CPUs bloqueados, pode fazer uma diferença significativa. Com CPUs “K”, no entanto, quem procurar um overclock fácil e rápido fica melhor servido com a função de overclock automático “EZ OC”.
Esta função colocou o nosso i7 6700K a 4.4GHz, com uma voltagem de 1.33V.
Mas é sabido que overclocks automáticos ficam, por norma, muito aquém da real capacidade do hardware. Com ajuste manual apenas do multiplicador os resultados foram mais convincentes.
O CPU atingiu os 4.6GHz com uns surpreendentes 1.28V auto regulados pela board. Mais velocidade com menos voltagem.
Dada a quantidade de regulações disponíveis na UEFI, é certo que utilizadores mais entusiastas e pacientes consigam ainda melhores resultados.
No que toca à memória, o perfil XMP funcionou na perfeição, bastando um click para colocar as nossas G.Skill Ripjaws V nos 3000MHz nominais.
Desempenho do Wireless
Esta board vem equipada com uma placa WiFi+Bluetooth (se se interroga porque é que cada vez mais controladores WiFi integram também Bluetooth, tal deve-se ao facto de as ligações de 25Mbps introduzidas com o Bluetooth 3.0+HS se fazerem, na verdade, via 802.11, com o Bluetooth apenas a ser usado para negociar e estabelecer a ligação) da Broadcom com suporte à norma 802.11ac, capaz de estabelecer ligações a um máximo teórico de 867Mbps. Com esta norma a aproximar-se da massificação, não quisemos deixar passar a oportunidade de testar a sua valia em geral, e a deste controlador em particular.
Para o teste usamos um router TP-Link Archer C7 AC1750, capaz de ligações wireless até 1300Mbps, ao qual ligamos outro sistema via Gigabit Ethernet. De seguida ligamos o sistema em teste ao router nos diversos modos disponíveis e efectuamos dois testes de transferência de dados, um com um ficheiro único de grande dimensão e outro com uma multitude de ficheiros mais pequenos. Todas as transferências foram efectuadas entre SSDs, de modo a evitar condicionantes externos ao objecto do teste. Por alguma razão para a qual não encontramos explicação, ou solução, na ligação via 802.11n a 2.4GHz, a velocidade de sincronização não ultrapassou os 144Mbps, apesar de tanto o controlador da board como o router serem teoricamente capazes de, pelo menos, 300Mbps, neste modo. Pela positiva, esses resultados servirão de termo de comparação a todos os (muitos) utilizadores de redes 11n a 150Mbps.
Neste teste foi transferido um único ficheiro de vídeo de alta resolução e bitrate, com 17.7GB de tamanho. A melhoria de ac em relação a n, mesmo a 5GHz, é considerável. Esta configuração em particular, limitada a dois streams simultâneos ainda não se pode comparar a uma ligação Gigabit ethernet, mas não é difícil imaginar placas e router mais avançados, capazes de MIMO 4×4, a igualarem a largura de banda real de 1 ligação GbE, pelo menos numa transferência deste tipo.
De referir que todas as ligações, incluindo a 11n de 2.4GHz, permitiram a visualização deste vídeo em stream entre os sistemas sem qualquer falha.
Neste teste foi transferida uma pasta, com tamanho total de 2.4GB, que continha 2132 ficheiros de imagem em diversas sub-pastas. Este tipo de transferência é muito mais stressante para as ligações e isso nota-se muito bem nos resultados. Contudo, também aqui a superioridade da norma ac entre o wireless se faz sentir de forma categórica.
De notar que, por limitações logísticas (comprimento do cabo de rede), os testes foram efectuados em condições muito favoráveis para as redes wireless, com a antena do sistema e o router separados de apenas metro e meio. Nestas condições todas as ligações wireless operaram na máxima eficiência e com latências de 0 ms. Numa próxima ocasião tentaremos testar também a distâncias superiores e com obstáculos. É espectável que nessas condições as taxas de transferência e as latências se degradem consideravelmente.
