Análise ao headset Plantronics GameCom 388

Introdução A Plantronics, para muitos desconhecida, é uma marca com forte história no mercado áudio, tendo já feito história própria no mercado gaming português com os headsets de segmento de entrada, GameCom 367/377 e, mais tarde, GameCom 380/780. Hoje em dia os seus produtos encontram-se presentes tanto em montras de pequenas como de grandes superfícies, sobretudo tendo em conta os êxito que a marca tem vindo a ter os headsets GameCom 388 e GameCom 788. Hoje estaremos aqui para analisar os Plantronics 388, o headset que por muitos é apontado como a melhor escolha de entre as possíveis no mercado de entrada. Especificações Drivers: 40mm Frequência de Resposta Auscultadores: 20Hz – 20kHz Frequência de Resposta Microfone: 100Hz – 8kHz Conexão: 2 x Jacks 3.5 mm Comprimento do Cabo: 2 metros Compatibilidade: Windows®/PC Embalagem e Conteúdo A caixa dos Plantronics GameCom 388 não traz nada de inovador ou surpreendente. O seu desenho é banal e utilitarista, o que converge com o que conhecemos dos restantes produtos da marca. O headset chega bem acondicionado nos contra-moldes plásticos, juntamente com o pequeno folheto para dummies e uma pequeníssima folha com instruções do processo de garantia. Em Detalhe Sendo esta uma versão ligeiramente alterada dos Plantronics 380, é natural continuarmos a comparação deste headset com os já bastante antigos Plantronics 367. O modelo em mãos apresenta uma significativa melhoria no que toca aos âmbitos gerais de qualidade de construção, no entanto, mantém a qualidade sonora previsível para um headset que se encontra no segmento de entrada. A headband é plástica em quase toda a sua totalidade, apresentando o nome da linha de periféricos em que este headset se inclui na parte superior, em decalque. Na zona inferior podemos destacar algumas falhas, nomeadamente o cabo exposto tanto à direita como à esquerda, assim como as pontas terminais do padding da headband, as quais tendem a ser repuxadas com a utilização quotidiana, levando à existência de problemas com o passar do tempo. O tecido exterior do padding é de veludo, tal e qual o das almofadas das cups, no entanto, o seu enchimento deixa algo a desejar, tal é a falta de volume. Passando às hastes, pouco haverá a dizer. O plástico da headband curva de modo a passar à direção horizontal, onde se liga à zona cilíndrica, uma área que pelo aspeto parece um algo sensível à aplicação de pressão excessiva. O cilindro, que na verdade se dividem em dois, permitem a rotação das cups até um ângulo de 90º em torno de um eixo vertical e somente num sentido, da posição original até ficaram completamente viradas para trás. As hastes propriamente ditas são de metal. extendem em cerca de 3 cm adicionais, e por sinal são bastante sólidas; na zona onde estas ligam às cups, podemos notar que as perfurações se encontram alongadas de modo a que as mesmas possam fazer tilt (mais ou menos 30º). As cups não fogem à escolha geral de materiais do headset, uma vez que tanto o plástico não glossy, como o material das almofadas foram já utilizadas noutras partes do headset. Não obstante, temos algumas escolhas interessantes, como o plástico glossy na parte central da cup, o qual confere um toque estético agradável ao equipamento, assim como o plástico de tom cinza claro, presente tanto na zona de conexão das hastes metálicas com a cup (e na zona homóloga inferior), como na área que separa o plástico da cup e a pleather que antecede a almofada de veludo (nota: a grossura da pleather não é linear em torno da cup). Quanto ao padding, podemos afirmar com alguma segurança que o mesmo se encontra muito bem aplicado, tal é a qualidade das costuras, como o grau de omissão das mesmas. Neste headset, a Plantronics optou por deixar para trás o conceito de controlador a meio do cabo, tendo colocado o scroll de volume, bem como o switch do mute na traseira da cup esquerda, algo bastante aprazível. O scroll apresenta um excelente feedback, muito suave e linear, bem pautado pelas estrias no plástico, no entanto, o controlador de mute é bastante dececionante, uma vez que apesar de cumprir a sua função, fá-lo mal, dado que a força requerida para fazer o switch deslizar é demasiada. Passando ao microfone, podemos facilmente notar que a Plantronics não o tentou dissimular na estrutura do headset. Além disso, o mesmo também não é nem amovível, nem maleável, corresponde somente a uma haste, um tanto ou quanto flexível para não quebrar com esticões mais agressivos ou com quedas do equipamento, que desliza (muito suavemente) cerca de 160º desde a posição original na vertical. O mesmo parece ser feito quase integralmente de uma variante de borracha capaz de manter a forma, sendo delimitado por peças plásticas, tanto na ligação à cup, como na terminação do mesmo, onde se situa a entrada de som. Relativamente ao áudio captado, o mesmo é razoável dado o segmento em que encontra o headset, no entanto, deixa uma boa margem para melhoria, algo que a marca foi capaz de fazer com os Plantronics 788. Comparando com um produto de relativa popularidade, diria que o microfone dos GameCom 388 se encontra somente um degrau abaixo dos SteelSeries Siberia V3. Tratando-se os Plantronics GameCom 388 de um headset, a qualidade de som é naturalmente uma das questões de maior relevância na análise do equipamento. Como seria de esperar, este é o aspeto do headset que mais deixa transparecer as limitações impostas pelo seu preço. O som é marcado pela falta de impacto sobretudo nos agudos, os quais se encontram bastante recebidos, e pela não muito grande abertura dos graves. Face aos Plantronics GameCom 367 foram capazes de trazer o baixo para níveis razoáveis, mas o palco continua a ser bastante diminuto, facto bem marcado tanto em reprodução multimédia como durante sessões de CS:GO. Tomando pela mão a questão do conforto, podemos começar por referir que o peso do headset é de facto muito reduzido. O mesmo faz-se sentir muito leve quando posto na cabeça, mas infelizmente, o enchimento das almofadas das cups e da headband não conseguem acompanhar esta boa notícia, uma vez que é demasiadamente sólido, fazendo-se sentir como algo em que poderíamos descrever como esferovite levemente acolchoado. Apesar disso, a clamping force é quase ideal e o espaço para as orelhas dentro da cup é q.b.. Considerações finais Os Plantronics GameCom 388 encontram-se claramente situados no mercado de entrada, tal é o seu reduzido preço de 30€. Não obstante o montante, ficamos nas mãos com um produto capaz de perdurar por uma larga quantidade de anos, tal é a sua qualidade de construção, visivelmente melhorada face às primeiras iterações da marca pelo mercado de iterações gaming. Alguns detalhes e escolhas poderão ser chamados no mínimo de interssantes, tal é o caso do botão slide para mute na traseira da cup direita, assim como o controlador de estilo scroll para o nível de volume. Outros aspetos como o padding em veludo, hastes metálicas e cabo de áudio em borracha estriada dão um certo destaque ao headset, e são, portanto, dignos de menção. O ponto que de facto faz o utilizador sentir as limitações de um equipamento de 30€ é o som. A qualidade deste parâmetro consegue destacar-se das restantes alternativas do mercado na mesma zona de preços, vingando então em qualidade relativa, mas o som flat e a falta de palco são perfeitamente notórios, o que deixa muito facilmente transparecer a qualidade absoluta do equipamento. Tendo em conta os 30€ que são precisos de ser desembolsados para adquirir os Plantronics GameCom 388, e tomando também em consideração a sua liderança isolada em termos de qualidade geral no segmento de entrada, não temos outra opção que senão recomendar este headset. A ZWAME agradece à Plantronics a disponibilização do produto para análise.

Embalagem e Conteúdo

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