Overclock
Esta motherboard oferece diversas possibilidades de overclock para os menos entendidos, ou pacientes.
Logo na BIOS são-nos apresentadas diversas opções de “upgrade”, bastando escolher uma delas para colocar o CPU na velocidade indicada.
Também a função de AutoTune da aplicação EasyTune permite fazer overclocking ao processador em apenas alguns cliques. Esta função sobe a frequência progressivamente, testando o CPU em carga em cada degrau. No nosso caso, o resultado final traduziu-se em 4.6GHz e um susto momentâneo, pois o CPU-Z indicava um vcore acima de 1.8V. A última versão, no entanto, já apresentou a leitura correcta de 1.4V definidos pelo AutoTune.
Mas, como é sabido, nada substitui a configuração manual para um overclock o mais eficiente possível. Assim, configurámos na BIOS o CPU para os 4.6GHz a 1.3V de que sabemos ser capaz.
O sistema manteve-se perfeitamente estável.
Por fim, as memórias. Apenas activando o perfil XMP, as G.Skill Ripjaws V 3000MHz não tiveram qualquer problema em trabalhar à velocidade definida.
Desempenho do Wireless
Esta motherboard integra Wi-Fi dual band, com suporte à norma 802.11ac e ainda Bluetooth 4.2, cortesia do módulo 11ac 2×2 mais avançado que a Intel disponibiliza, o AC 8260.
Para testar a sua capacidade, efectuamos exactamente o mesmo teste, nas mesmas condições, a que submetemos a recentemente analisada mini-ITX da ASRock.
Na transferência de um ficheiro de vídeo de grandes dimensões, a performance a 5GHz , quer na norma n, quer na norma ac, foi ainda melhor que a da solução da Broadcom implementada na ASRock. A performance a 2.4GHz, no entanto, ficou aquém, com a velocidade de transferência a apresentar grandes flutuações, pouco normais neste cenário de utilização. Este problema veio a ser posteriormente resolvido, como elaboraremos mais abaixo.
Neste cenário, o Intel presente na Gigabyte tornou a superiorizar-se nos 5GHz, ao mesmo tempo que exibiu o mesmo comportamento bizarro a 2.4GHz.
Uma nota para a performance do controlador ethernet da Killer: sabemos que as vantagens anunciadas por estes controladores se prendem mais com gestão de tráfego e não tanto com taxas de transferência absolutas. Não podemos, no entanto, de deixar de notar a performance significativamente inferior, neste cenário, do controlador da Killer face à solução da Intel implementada na ASRock.
Quanto à performance a 2.4GHz, como referimos, notamos flutuações de amplitude anormalmente elevada nas velocidades de transferência neste modo, com as velocidades médias a sofrerem significativamente devido a isso. Tendo instalado os drivers mais recentes disponibilizados na altura pela Gigabyte, e estando ao acesso à internet, via um muito comum Technicolor TG748 v3 (802.11n, 2.4GHz), aparentemente normal, assumimos que fosse “birra” pontual deste controlador com o router usado nos testes, um TP-Link Archer C7 AC1750. Com o uso continuado deste sistema apercebemo-nos que o problema ia além disso, com a ligação ao TG748 a sofrer de instabilidade crescente, com quebras de velocidade e mesmo de ligação. Após algumas experiências infrutíferas com antenas, o problema acabou resolvido com um driver obtido directamente da Intel. De lá para cá, o sistema não apresentou qualquer falha, com ligações Wi-Fi sólidas e 100% estáveis. Infelizmente, após a resolução do problema, já não tínhamos o TP-Link disponível para refazer o teste 2.4GHz, mas acreditamos que iria apresentar valores normais e compatíveis com o tipo de ligação em questão.
Latência
Deste vez efectuamos também um teste com sistema e router em divisões diferentes, separados por cerca de 6 metros e com uma parede pelo meio. As velocidades foram, surpreendentemente, semelhantes, mas os resultados realmente interessantes obtiveram-se nas latências. Para testar a latência efectuamos sucessivos pings à máquina fonte dos ficheiros transferidos. No teste a 1 m de distância todas as ligações apresentaram latências consistentemente inferiores a 1 ms. Já no teste em divisões diferentes os resultados foram os seguintes:
11n 2.4GHz: média de 4 ms com picos de 350ms
11n 5GHz: média de 1 ms com picos de 100 ms
11ac: média de 2ms com picos de 4ms
Devido ao problema de drivers anteriormente descrito, não podemos garantir a fiabilidade dos resultados a 2.4GHz, mas os resultados a 5GHz são suficientes para verificar que a norma 11ac introduz uma melhoria tremenda na estabilidade da ligação, ainda que a latência média seja um pouco superior. Para quem joga online e se vê obrigado a usar ligações wireless, o upgrade para a norma 11ac pode fazer toda a diferença.