Introdução A Cooler Master é uma marca de sólida e de forte presença no mercado português, operando com bastante sucesso nas áreas de componentes e periféricos para PC, onde proporcionam soluções de destaque no mercado low/medium-end. Recentemente, a marca tem vindo a renovar o seu investimento no mercado de periféricos, tendo feito renascer a procura de switches mecânicos topre com o teclado Novatouch TKL, e agora, o refresh a dois ratos gaming já com bastante história, o Xornet II e Sentinel III. Hoje teremos em análise o CM Sentinel III, um modelo de fama mais recatada face aos irmãos Alcor, Xornet e Spawn, mas que assumindo-se como um rato verdadeiramente palm grip, procura conquistar mais um importante segmento de mercado para a Cooler Master. Especificações Material: Plastic / Rubber Color: Black LED Color: RGB Sensor: Avago 3988 Optical Sensor CPI / DPI: 4 Levels / Up to 6400 DPI setting Tracking Speed: 200IPS / 50g Lift Off Distance: Adjustable (<2.1mm) Polling Rate: 1000Hz / 1ms Angle Snapping: Yes Mouse acceleration: 50g Programming Profiles: 5 On-board Memory: 512KB Programmable buttons: 8 Connector Cable: USB 2.0 Cable Length: 1.8 Meters Dimensions: 135 x 83.6 x 40 mm Weight: 177.5 g Weight (w/o weights): 155 g Weight (w/o cable): 115 g Additional Weights: 5x 4.5g Embalagem e Conteúdo Em Detalhe O CM Sentinel III é uma clara iteração da série de ratos que conserva menor estatuto dentro da marca. Facilmente conseguimos identificar paralelismos entre esta shell e a dos restantes modelos Sentinel que a Cooler Master tem lançado ao longo dos anos, tanto que as mesmas parecem não sofrer alterações de iteração para iteração. Mas afinal, o que é que temos? Temos uma shell claramente moldada para utilizadores palm grip, tão vidrada nesse objetivo quanto ratos como Logitech G400 e Mionix Naos 8200, tal é a naturalidade em pousar e movimentar o rato com a totalidade da palma da mão. Aqui não sentimos constrangimentos em agarrar bem o rato, algo que acontece com ratos como Logitech G402 e Logitech G502, tal é a quantidade de botões mal colocados e de linhas agressivas e pouco ergonómicas. Apesar da clara tendência de mercado em usar coating de borracha em áreas chave da superfície do rato, a Cooler Master optou por não o fazer. Todo o rato encontra-se nu desse tipo de ajuda, no entanto, o plástico utilizado parece justificar parcialmente essa escolha, apesar de poder continuar a causar problemas a utilizadores que têm problemas com suor nas mãos aquando alturas mais quentes do ano. Não obstante, o rato não será tão problemático nesse campo quanto os modelos da Zowie, já que o Sentinel III possui linhas bastantes ergonómicas, especialmente na zona do polegar, que permitem manter um grip bastante firme no rato a todo o momento. Sendo altura de começar a olhar o rato com um olhar mais específico e minucioso, para além do claro pormenor de este se tratar de um rato para utilizadores destros, podemos reparar que esse detalhe é-nos apontado pela lateral direita bastante vertical e linear, ideal para descansar os dedos anelar e mindinho numa posição em que somente as falangetas tocam na superfície do rato, enquanto que a lateral esquerda apresenta um perfil quase igual, mas com uma aba que vira para fora do rato, cedendo ao polegar uma concavidade perfeita para descansar e manter um sólido grip no rato, tal é a zona de apoio que o dedo também tem na parte mais anterior. Olhando a superfície superior do Sentinel, vemos que a nível de formato não há grandes detalhes a relatar, tal é a sobriedade e linearidade do seu desenho. Os botões M1 e M2 não apresentam o típico vale presente em ratos da Razer, Zowie e Mionix, mas sim uma superfície ligeiramente convexa, quase que plana; a zona das costas já dá essa sensação pelas fotos, mas é realmente muito larga, e preenche bem o interior da palma da mão, não fosse este um rato predominantemente apontado ao palm grip. Passando aos botões, especialmente aos mais acessórios, é com felicidade que constatamos que a Cooler Master optou por mantê-los organizados de modo a minimizar o número de cliques acidentais, algo que aparentemente nunca é mencionado da drawing board de outras marcas, como é o caso da Logitech. Os botões M1 e M2 têm sob eles switches Omron, o que combinado com a tensão reduzida a que estão sujeitos por não estarem ligados diretamente à restante parte da shell, resulta num clique muito leve e agradável. Os restantes botões que se encontram na parte superior da shell do Sentinel, são bastante pesados, talvez dos mais pesados de todos os ratos que tive a oportunidade de testar até à data, um pormenor muito importante ao qual temos que demonstrar muito apreço, o que combinado com o facto de todos eles estarem ao nível da shell, mata quase que por completo cliques acidentais em momentos de utilização mais intensiva. Depois, temos os botões laterais, os quais se encontram belamente posicionados, tal é a super naturalidade com que o polegar lá vai parar. O feedback é também ele dos mais agradáveis de todos os ratos que já me passaram pelas mãos, tendo um clique mais pesado que Omron, mas que passa uma sensação de maior solidez, linearidade, resistência e um som mil vezes mais agradável. Por último, resta referenciar a scroll wheel, a qual coaduna com o que tem vindo a ser feito pelas marcas já há alguns anos, nomeadamente, uma aplicação de borracha larga, com steps marcados pelos vales bem vincados, e retro-iluminação na zona interior; quanto ao feedback, o mesmo apresenta igualmente steps bem marcados, mas no geral, chega bastante mais leve do que a concorrência das restantes marcas. Relativamente à performance do rato, a mesma encontra-se garantida pela escolha de sensor, nomeadamente o Avago 3988, o mesmo utilizado em ratos de indiscutível qualidade, pelo menos a nível de tracking, nomeadamente, Razer Deathadder, Razer Abyssus, Asus Gladius, Corsair Sabre Optial, Roccat Kone XTD Optical, entre outros. Com um range de DPI que toca os 6400, também estão servidas as necessidades de qualquer utilizador, já que qualquer valor acima desse patamar acarreta uma singificativa perda de precisão do cursor. Fora estes detalhes pouco mais interessa referenciar, já que o sensor se encontra num hipotético top 5 em termos qualitativos, top 5 esse que se encontra povoado por sensores que apresentam diferenças marginais entre os mesmos, quase que impossíveis de distinguir por utilizadores dados como hardcores. No que toca à iluminação do CM Sentinel III, as zonas de destaque correspondem às mesmas que vemos no Sentinel II (scroll wheel e topo da shell), mas desta vez temos um sistema RGB, tal é a atual enchente de mercado e respetiva procura no mercado gaming. A mesma pode ser facilmente controlada pelo software da marca, algo que veremos mais à frente. Quanto a pormenores de menor importância, mas que não foram negligenciados de forma alguma por parte da Cooler Master, temos o facto de o cabo chegar sleevado e com um comprimento mais do que suficiente (1.8 metros), temos o formato de skates muito invulgar, mas que não dá sinal de falhas e temos a possibilidade de fazer variar o peso, tal é o compartimento no fundo da zona inferior do Sentinel III, com cinco pesos de 4.5g, todos eles amovíveis. Software Considerações Finais O Cooler Master Sentinel Advance III chega com o claro objetivo de marcar posição no segmento de mercado high-end de ratos gaming, apontando predominantemente aos utilizadores com preferência por palm grip. O rato é bem sucedido na sua missão, tal é o conforto que é capaz de proporcionar com um design que à partida parece demasiado simplista. Este chega como um verdadeiro rato para palm grip, nada a ver com desenhos híbridos que figuram em ratos como Steelseries Rival, Zowie EC1-A, Razer Deathadder, CM Alcor e Mizar, etc, conjugando dimensões, forma e o anteriormente referido conforto. A escolha de sensor é bem conseguida, nunca podendo ser apontada por ninguém como razão de qualquer handicap, desde que usado em superfícies adequadas. Na mesma onda estão todos os botões, todos eles com switches escolhidos com consideração pela sua funcionalidade, algo que revela real atenção a pormenores de pequena dimensão, mas que com algum tempo de uso, e depois de desembolsados 65€, crescem em termos de importância. Outros detalhes como cabo sleevado, sistema de iluminação RGB, pesos amovíveis, processador e memória integrada para efeitos de Plug&Play, etc, apesar de poderem ser pormenores prescindíveis para uns, acrescentam sempre um brilho adicional ao rato, bem como pontos de justificação para o valor desembolsado para outros. Não obstante, todos esses detalhes encontram-se bem executados pela Cooler Master, como constatado na análise. Os 65€ pedidos pelo CM Sentinel Advance III não são para o bolso de todos os portugueses, mas tendo em conta a qualidade inquestionável do rato, panóplia de funcionalidades extra, e olho ao detalhe, não temos outra opção que senão ceder o nosso selo de aprovação. A ZWAME agradece à Cooler Master a disponibilidade do equipamento para análise.
