AnálisesDestaque

Análise ao Corsair Strafe RGB

Em Detalhe

Começando por uma perspetiva mais geral, podemos notar que o teclado chega com um visual bastante divergente face à anterior lineup de teclados mecânicos da marca norte-americana. Apesar da fonte invulgar que encontramos impressa nas keycaps, temos agora um teclado com um visual mais sóbrio e de perfil funcional e utilitarista, e que no geral, especialmente quando lhe colocamos as mãos, se faz sentir mais compacto.

IMG_9882

Olhando a shell do teclado, vemos que a mesma é composta por um plástico de qualidade banal, com uma textura finamente granulada. A mesma é sólida, não range, nem cede um único mílimetro quando comprimida, tanto que aparenta ser constituída por uma singular peça, quando não o é. Nesse tópico, podemos também atentar no facto de que a Corsair acabou por se resignar ao formato onde as teclas se encontram ligeiramente protegídas, estando a um nível ligeiramente inferior ao da shell de cor preta. Assim, assentam numa placa metálica branca, a qual omite quase totalmente o PCB, não fossem as pequenas brechas que existem nas proximidade de teclas como F5, F9, B, I, entre outras. De notar que esta cor branca pode criar um constraste engraçado, e cumpre o claro propósito de refletir mais eficientemente a iluminação das teclas, mas realça a presença de qualquer sujidade que inevitavelmente acaba por povoar esta zona, com um uso muito mais curto, especialmente agora que a área se encontra ligeiramente submersa, criando uma bacia de retenção de resíduos. Não obstante, como a área se encontra praticamente vedada e sem espaços intersticiais por onde se possa prender sujidade, facilmente poderá o utilizador puxar do gancho que chega na embalagem do teclado, afim de desprender a totalidade das teclas e dar uma limpeza geral a esta superfície.

Continuado a observação da shell do teclado, podemos reparar que a Corsair podia ter tornado o teclado mais compacto, não tivesse adicionado a zona superior da board, tal é o caráter acessório dos elementos que a compõe. O logotipo retro-iluminado, os largos indicadores luminosos de Num Lock, Caps Lock e Scroll Lock, bem como os botões para bloqueio da tecla Windows e alteração do modo de iluminação, podiam muito bem ser cortados do teclado, mas tal escolha coadunaria bem mais com um teclado de formato tenkeyless ou ainda mais compacto, e não com uma standard full board.

Face ao antecessor K70 RGB, e mesmo sabendo que o Strafe RGB se tenta associar a um perfil “silent”, não podemos deixar de sentir a falta do top metálico, algo que dava um toque mais premium ao teclado. Como tal, apesar das teclas estarem assentes num plate metálica, a acústica sofre uma significativa alteração, e para além da sonoridade mais silenciosa, temos um som mais quente e abafado.

IMG_9894

Passando às keycaps e ao lettering, salta logo à vista a fonte utilizada pela marca norte-americana, uma escolha claramente à la Razer, tentando agradar o foco do mercado deste teclado, ou seja, o mercado gaming. Tal filosofia é também comprovada com a textura usada na barra de espaços, assim como com as teclas suplentes que chegam na embalagem.

IMG_9877

Podia ser que esses fossem os únicos “erros” cometidos pela Corsair, no entanto, também há que notar que a zona transparente das keycaps não apresenta uma distribuição homogénea da cor, notando-se perfeitamente uma menor intensidade na zona inferior da letra.

Ainda dentro do contexto das keycaps, alguns poderão torcer o nariz pelo facto de as mesmas serem feitas em plástico ABS. Não creio que as mesmas sejam sequer doubleshot ABS, pelo que a qualidade deste tipo de plástico é conhecida por todos, dado que tendem a ficar brilhantes e lisas com pouco tempo de uso, e para alguns utilizadores moderadamente exigentes, têm uma pior textura. Com a curta utilização dada já ao Corsair Strafe RGB, o único defeito que tenho a apontar já à partida, é o facto que as teclas ficam muito facilmente marcadas com o óleo natural das mãos, e eu sou uma das pessoas que nunca utiliza um computador sem antes lavar as mãos com sabão.

No geral, nenhuma das teclas é “wobbly” ao ponto de puxar a atenção do utilizador, no entanto, diria que da panóplia de teclados pelos quais já passei as mãos, o nível de movimento das keycaps situa-se numa zona intermédia, algo que não abona muito a favor da Corsair.

Corsair_K70_keylayout

Em termos de compatibilidade com possíveis upgrades às keycaps, para além de ser um algo trabalhoso encontrar bons sets para teclados retro-iluminados, a Corsair dificulta bastante a tarefa ao utilizador, uma vez que se recusa a utilizar standard bottom row em todos os seus teclados, no entanto, ainda se vão encontrando alguns sets full backlit tanto em ABS como em PBT. Acima temos o diagrama do layout US, formato ANSI, do Strafe RGB, com as respetivas dimensões relativas.

IMG_9886

Relativamente ao cabo, o mesmo tem um comprimento total de 2 metros, bifurcando-se nos últimos 30cm em duas portas USB separadas. Uma das duas tem o claro propósito de tratar de toda a conetividade associada ao teclado, enquanto que a segunda cumpre apenas a sua missão de ligar a porta USB que se encontra à beira da ligação do cabo ao teclado, ao computador. Uma vez que o primeiro segmento do cabo ainda não se encontra separado, é natural que o mesmo seja bastante largo (cerca de 7/8 mm), o que se traduz numa reduzida maleabilidade. Em termos de qualidade e proteção de zonas críticas, o cabo encontra-se salvaguardado por grandes quantidades de borracha, quer na saída do teclado, quer na bifurcação, quer nas ligações às terminações USB.

IMG_9896

Tratando-se este de um teclado apontado ao setor gaming, não poderia deixar de ter as obrigatórias patilhas na zona inferior, a qual eleva as costas do teclado a uma única altura de 1cm. Fora também não poderia ficar o obrigatório descanso para palmas/pulsos, o qual é nuclearmente constituído por um tipo vulgar de plástico, estando o seu topo coberto por um denso coating de borracha, com um aspeto matte, e fortemente texturado na zona natural para o repouso dos pulsos. A sua junção ao teclado é bastante direta, prendendo-se simplesmente os seus ganchos plásticos às aberturas próprias na zona inferior do fundo do teclado, ficando ele seguramente preso, sem qualquer significância de espaço para deslocações laterais.

IMG_9878

Quanto à iluminação, face ao K70 RGB e respetivas variantes, o Strafe RGB chega com melhor hardware e, portanto, tem a possibilidade de facilmente manter macros e padrões mais complexos de iluminação sem afetar o sistema em geral, algo que poderá ser do interesse de alguns utilizadores. Fora esse pormenor, o Strafe mantêm o mesmo software da lineup anterior, nomeadamente o Corsair Utility Engine (CUE).

  • Parâmetros Opcionais

Na página do Strafe RGB conseguimos ver que a marca norte-americana disponibiliza um leque de 4 switches, nomeadamente Cherry MX Silent, Red, Brown e Blue, e vários layouts, designadamente: EU, DE, ES, UK e US.

IMG_9868

A unidade que temos em mãos para análise chegou com switches MX Brown e layout UK, no entanto, depois de uma vista de olhos por lojas portuguesas, encontramos combos limitados a apenas (layout:switches) EU:Red, EU:Silent, UK:Silent e US:Silent, o que deixa alguma variedade de fora, dado que os mais desconhecidos switches Cherry MX Silent, para grande parte da comunidade não passam de uns Cherry MX Red mais silenciosos.

Página anterior 1 2 3 4Página seguinte

Artigos Relacionados

Botão Voltar ao Topo