AnálisesDestaque

G.Skill Trident Z 16GB DDR4 3400MHz

Benchmarks

Para esta análise modificamos um pouco a nossa habitual bateria de testes, dando um pouco menos de ênfase a testes sintéticos de largura de banda e um pouco mais a testes de cenários de utilização real.
O sistema usado foi o seguinte:

CPU i7 6700k @ stock
Motherboard MSI Z170A SLI Plus
RAM G.Skill  Trident Z 2x8GB DDR4 3400MHz
G.Skill  Trident Z 2x8GB DDR4 3200MHz
Placa gráfica Integrada Intel HD Graphics 530
Drive de sistema OCZ RevoDrive 350 480GB
Cooling Corsair H110i GTX
Fonte de alimentação Corsair RM850x
Caixa Corsair Carbide 400Q

Durante a configuração das memórias deparámo-nos , no entanto com dois pequenos problemas, nenhum directamente relacionado com as memórias em si.

O primeiro prende-se com a maneira como a MSI implementa os perfis XMP. Quando a ativado, a motherboard ajusta automaticamente uma série e parâmetros, entre os quais, algumas voltagens, de modo a garantir a máxima estabilidade.  Uma dessas voltagens, vccio (entre outros, a voltagem do controlador de memória), é ajustada para ~1.25V. Ora, acontece que o IGP presente nos CPUs da Intel se recusa a trabalhar com valores de vccio superiores a 1,15V. Isto não é um problema para quem usa gráficas dedicadas, mas torna-se um para quem, como nós, pretende utilizar o processador gráfico integrado. Felizmente, é fácil contornar, bastando definir manualmente o valor de vccio. Ainda assim, consideramos que este é um pormenor a rever pela MSI, até porque 1.25V nos parecem exagerados para uso permanente.

O segundo deve-se ao facto de 3400MHz não serem nativamente suportados pela motherboard. Esta é uma situação comum a todas as nossas Z170, não é exclusiva desta MSI.
A velocidade das memórias é definida aplicando um multiplicador a um de dois clocks de referência, 100 ou 133MHz. No nosso caso, as velocidades derivadas de 100MHz esgotam-se nos 3100MHz. Com 133MHz como referência, a motherboard vai mais longe, suportando, entre outros, 3200, 3333 e… 3466MHz.
O perfil XMP contorna isto aumentando ligeiramente o clock base (bclk), do qual os clocks de referência das memórias são derivados, de 100 para 102MHz, levando os 133MHz para 136 e, consequentemente, os 3333 para 3400MHz certos.
Esta abordagem tem, no entanto, um efeito secundário. O aumento do bclk induz um ligeiro overclock do CPU. Para o utilizador comum isto não é um problema, pelo contrário: o overclock é suficientemente pequeno para não afectar a estabilidade e ainda dá um pouco de performance extra.
Mas para o efeito do nosso teste, esse overclock deturpa um pouco os resultados.
Para tentar, de algum modo, remediar essa situação, além de testarmos as memórias nos seus 3400MHz, testamos também a 3466MHz. Isto permitiu manter o CPU 100% stock, de modo a aferir os ganhos devidos apenas ao aumento da largura de banda.
3466MHz é um valor um pouco acima dos 3400MHz certificados, mas revelaram-se totalmente estáveis. Além disso, ao ganho de frequência é contraposto um aumento das latências, de  16-18-18-38 para 17-18-18-39, pelo que consideramos a comparação razoavelmente justa. E a melhor que nos é possível oferecer, dadas as limitações impostas.

Passemos, então, aos resultados.

AIDA 64

gskill_trident_z_3400-aida64-cpu-memory

gskill_trident_z_3400-aida64-cpu-memorylatency

Como é natural, frequências superiores têm o correspondente aumento de largura de banda.
No que toca à latência, mais uma vez se verifica que nº de ciclos, só por si, não conta a história toda. A frequências superiores os ciclos passam, naturalmente, mais depressa, traduzindo-se em latência real mais baixa.

Cinebench R15

gskill_trident_z_3400-cinebench-15-cpu

gskill_trident_z_3400-cinebench-15-cpusinglecore

gskill_trident_z_3400-cinebench-15-opengl

Nos testes de rendering por CPU a largura de banda não parece ter grande influência. As Trident Z 3400MHz destacam-se um pouco essencialmente pelo overclock ao CPU.
Já no teste OpenGL, frequências maiores ajudam um pouco. Recordamos que foi usado o GPU integrado em todos os testes, que normalmente beneficia bastante de velocidades de acesso à memória superiores.

7-Zip

gskill_trident_z_3400-7zip

Compressão e descompressão de ficheiros são das tarefas comuns mais sensíveis à largura de banda. Isso é visível neste teste, onde uma mera diferença de 200Mhz se reflecte nos resultados, particularmente em descompressão.

Tomb Raider

gskill_trident_z_3400-jogos-tombraider

Este teste pretendia ver o efeito da largura de banda extra na performance do IGP em jogos. Em números crus a diferença pode parecer pouca, mas em alguns casos chega a 10%, apenas devido às memórias. 15%, se contarmos com o resultado com overclock. São melhorias significativas.
As memórias a 3400MHz têm particularmente bons resultados porque o aumento do bclk também induz um ligeiro overclock do IGP.

Unigine Valley

gskill_trident_z_3400-unigine-valley

Outro teste gráfico, onde a tendência anterior se mantêm.

PCMark 7

gskill_trident_z_3400-pcmark7-productivity

gskill_trident_z_3400-pcmark7-entertainment

gskill_trident_z_3400-pcmark7-creativity

gskill_trident_z_3400-pcmark7-computation

A suite de testes PCMark 7 não parece ser particularmente afectada pela velocidade da memória, com apenas os testes de computação a verem alguma melhoria com o aumento da largura de banda. De resto, os testes são essencialmente afectados pela velocidade do CPU.

PCMark 8

gskill_trident_z_3400-pcmark8-work

gskill_trident_z_3400-pcmark8-home

gskill_trident_z_3400-pcmark8-creative

Aqui todos os testes parecem melhorar um pouco com velocidades de memória superiores, havendo até melhorias de 3200MHz para 3466MHz, ainda que muito ligeiras.

Overclock

3400MHz é já uma velocidade de memória bastante elevada. Face aos 2133MHz oficialmente suportados nesta plataforma é um aumento de 60%, o que por si só já é muito respeitável. Ainda assim, tentamos sempre ver se as memórias têm algo mais para nos dar.

3500

Além dos 3466Hz usados em testes, 3500MHz não foram problema para este kit.
Infelizmente, o passo seguinte, os 3600MHz, não foram possíveis sem aumentar a voltagem além dos 1.35V. Como é sabido, a Intel desaconselha vivamente que este limite seja ultrapassado, sob pena de se danificar o controlador de memória, pelo que ficámos por aqui.

Descoberto o limite seguro de frequência, passamos às latências.

2600-11

11-12-12-32 a 2600Mhz com 1.35V foi a melhor combinação que obtivemos. Este é um resultado bastante bom, com latências ao nível da DDR3.
Entre outros, conseguimos também CL10 a 2133MHz e CL13 a 2800MHz. Uma das grandes vantagens de kits deste género é a sua flexibilidade no que toca a combinações de frequência/latências, permitido aos utilizadores afinar os sistemas à sua medida.

Página anterior 1 2 3 4Página seguinte

Artigos Relacionados

Botão Voltar ao Topo