Diferença prática entre vários tipos de SSD
Resultados
Neste teste existe uma clara separação entre, primeiro, o HDD e os SSDs; depois, entre os SSDs SATA e os PCIe.
É notória a maior dificuldade da memória TLC usada pelo OCZ Trion 150 tem em escrever grandes volumes de dados de forma contínua, em relação às restantes drives.
Já em leitura, consegue superiorizar-se um pouco ao Vector 180. Entre os SSDs PCIe,o RevoDrive, apesar de muito rápido, está claramente mais à vontade com leitura do que escrita. Já o RD400 impõe a sua superioridade, lendo e escrevendo praticamente ao mesmo ritmo, e transferindo ~20GB de dados em pouco mais de 10s. Verdadeiramente impressionante e um cheirinho do que está para vir, com as novas gerações de drives NVMe.
O mesmo tipo de separação é claramente visível também na transferência de múltiplos ficheiros.
Esta é uma tarefa algo complexa e altamente paralelizável, ajustando-se perfeitamente à configuração RAID do RevoDrive 350, que acaba por dominar este teste, com o RD400 a segui-lo de perto.
Entre os SSDs SATA, o Vector 180 puxa dos pergaminhos de “gama alta” e demonstra lidar um pouco melhor com tarefas complexas, tanto em escrita como em leitura. De referir, no entanto, que com um volume de dados inferior a 4GB o Trion 150 consegue melhor desempenho em escrita do que o aqui demonstrado, fruto da cache SLC. Mas para lá dessa barreira, a velocidade de transferência cai drasticamente.
Aqui, a separação entre SSDs PCIe e SATA já começa a ser menos aparente. Surpreendentemente, o Trion 150 superioriza-se ao Vector 180, numa clara demonstração da valia da cache SLC. O enorme fosso entre SSDs e HDD mantém-se, naturalmente.
Neste cenário, exceptuando o RevoDrive 350, os SSDs têm todos resultados muito semelhantes, sendo praticamente indistinguíveis, na prática.
O valor particularmente elevado do RevoDrive 350 deve-se ao facto de este carregar drivers e inicializar a controladora RAID ainda antes do POST. Este procedimento é necessário para possibilitar o boot a partir da drive, mas atrasa todo o arranque do sistema. Descontando o tempo que esta tarefe leva, e que apenas interfere com o arranque inicial do sistema, o tempo de arranque é ligeiramente superior mas da mesma ordem de grandeza dos restantes SSDs.
Este é outro cenário onde os SSDs têm performance muito semelhante. Parece que removida a limitação inicial do HDD, o factor limitante passa a ser outro que não a velocidade da drive de instalação do jogo.
Conclusões
Se dúvidas ainda houvessem, em qualquer dos testes é fácil verificar que o verdadeiro salto de gigante é dado na passagem de um HDD para um SSD. Qualquer SSD. A partir daí, os ganhos são incrementais, chegando ao ponto de em muitos testes se tornar impossível distinguir uma drive SATA de uma PCIe a olho nú. E quando assim é, o que dizer da distinção entre as várias drives SATA?
Existem, com certeza, tarefas em que a capacidade massiva de mover dados das drives NVMe fará uma grande diferença. A maior durabilidade das drives de gama alta, só por si, também será um factor a ter em conta, sendo que, nunca podemos esperar que não haja alguma falha mesmo nessas drives.
Mas para a grande maioria dos utilizadores uma drive TLC de entrada de gama é todo o SSD de que necessitam, sendo garantido que sentirão falta de espaço muito antes de sentirem falta de performance. Tomando como exemplo os participantes neste teste, a escolha entre um VT180 de 240GB e um TR150 de 480GB parece-nos bastante fácil.
Assim, excluindo casos particulares, aos leitores que estejam no mercado em busca de um SSD recomendamos que sigam as seguintes regras gerais:
– Fazer do preço por GB o principal critério de escolha.
– Em caso de dúvida, optar pelo SSD de maior capacidade.
– Se a capacidade for a mesma, optar pelo mais barato.
Estas regras são, como referimos, gerais e dependem sempre do tipo de utilização. O papel de recomendar é sempre ingrato porque não é possível ir de encontro a todas as necessidades. Por outro lado, este é o lado racional a falar porque a performance do Toshiba OCZ RD400 não nos sai da cabeça…
O actual momento dos SSDs é também ele de transição para 3D NAND com algumas marcas a já terem dado o salto mas ainda vai demorar até se tornar normal. Um dos factores é a escassez de NAND pela democratização dos SSDs mas também pela cada vez maior capacidade de armazenamento existente nos smartphones.
Por fim, se as dúvidas persistirem, nada como consultar a sempre prestável comunidade ZWAME.