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Xiaomi Redmi Note 3 (Pro)

Sensor de impressão digital

O sensor de impressões digitais funciona bem, mas numa fase inicial parecia falhar demasiadas vezes. A “culpa” veio a revelar-se uma combinação da localização do sensor com falta de hábito da nossa parte na sua utilização.
A localização na traseira, embora inicialmente tenha causado alguma estranheza, acabou por revelar-se uma posição bastante prática para desbloquear o telemóvel com o indicador só com uma mão. O facto de não estar à vista é que causou alguns problemas iniciais, pois nem sempre o dedo era colocado na melhor posição.
Uma combinação de hábito com a adição da mesma impressão mais do que uma vez, de modo a abranger mais área do dedo resolveu esta questão, e o sensor acabou por revelar-se muito competente, no final.

Conectividade

O Redmi Note 3 Pro suporta as bandas 4G 3 (1800MHz) e 7 (2600MHz). Estas são as bandas mais usadas nos centros urbanos e as que permitem maiores velocidades. Quem viver em meios rurais ou em zonas urbanas mais periféricas poderá, no entanto, sentir a falta do suporte à banda 20 (800MHz), também usada no nosso país e normalmente reservada às zonas descritas, devido ao seu maior alcance.
Existe, no entanto, uma variante, denominada “Special Edition”, que inclui suporte para a banda 20. Quem tiver muita necessidade desta banda pode tentar procurar por esta versão especifica. E, sim, é “Special” apenas devido a esse facto. O restante hardware é o mesmo.

Resultados obtidos via 4G no centro de Coimbra. O upload deixou um pouco a desejar em relação ao download, mas o mais provável é ter sido uma limitação pontual do lado do operador. De qualquer maneira, 11Mbps de upload devem ser bem mais do que o suficiente para a esmagadora maioria dos cenários de utilização.

Do lado do WiFi, este equipamento suporta as 802.11 a/b/g/n/ac, com a norma ac a implicar automaticamente o suporte a dual band 2,4/5GHz.

Numa ligação WiFi N, cortesia de um largamente difundido Technicolor TG784n, este telemóvel conseguiu cerca de 50Mbps simétricos. Imaginamos que ligado a um ponto de acesso AC os resultados sejam ainda melhores.

De resto, tanto o Bluetooth como o GPS funcionaram irrepreensivelmente, nos dias que tivemos com este equipamento.

O Note 3 pro incluí, ainda, um rádio FM, que será certamente bem vindo pelos utilizadores mais “oldschool”.

Bateria

O Redmi Note 3 Pro utiliza uma bateria interna, não removível, de polímero de lítio com a muito generosa capacidade de 4050mAh.

Para carregar tamanha bateria num tempo razoável, este telemóvel faz uso da 1ª geração da tecnologia de carregamento rápido Quick Charge, da Qualcomm. Quando ligado a fontes capazes de fornecer 2A, uma carga completa consegue-se em pouco mais de 2 horas.

Com uma bateria de tão grande capacidade, já era de esperar que o Xiaomi se saísse bem nestes testes. Ainda assim, o resultado no GFXBench é verdadeiramente impressionante. É provável que o Adreno 510 usado pelo Xiaomi seja consideravelmente mais eficiente que os Mali T880 usados nos outros dispositivos, pois é difícil justificar tamanha vantagem apenas com uma bateria um pouco maior.

Em repouso, este smartphone também tem muito boa autonomia, perdendo, como referência, cerca de 2 a 3% da carga durante a noite.

Software

De origem, o Redmi Note 3 Pro trazia instalado o sistema MIUI 8.0, baseado em Android 5.1 “Lolipop”.


Contudo, quando procuramos por actualizações, o telemóvel indicou não encontrar nenhuma. Estranhámos, pois sabíamos à partida que este telemóvel já tinha recebido actualização para Android 6.0 (Marshmallow).

Com a preciosa ajuda da nossa comunidade, chegámos à conclusão que o telemóvel vinha de origem com uma chamada “shop rom”. Estas ROMs são versões modificadas a partir das oficiais e instaladas pelas lojas com o intuito principal de oferecer mais opções de idiomas e, assim, venderem os equipamentos em mais países.

A ROM instalada no nosso exemplar possuía, de facto, Português de Portugal como uma das opções.
Estas ROMs modificadas tem, no entanto, o grande contra de não serem, de todo, actualizáveis.

Seguindo, mais uma vez, as indicações da nossa comunidade, procedemos à instalação da ROM oficial para este telemóvel. Para isso seguimos este guia, publicado nos fóruns oficiais da Xiaomi.

O procedimento decorreu sem problemas, e no fim ficámos com a versão global da MIUI 8.1, já baseada em Android 6.0 “Marshmallow”.

Desta forma o telemóvel ficou apto a receber actualizações oficiais OTA, automaticamente.

A única desvantagem deste procedimento prendeu-se com a perda da tradução para português de Portugal. No entanto, para quem o inglês não é uma opção, a ROM oficial disponibiliza português do Brasil. Algumas opções “soam” um pouco estranhas, mas desta forma o sistema é perfeitamente utilizável por qualquer português.


Quanto à MIUI propriamente dita, é uma interface bastante polida e agradável de utilizar.


Ironicamente, para uma interface gráfica para Android, nota-se alguma influência estética do iOS, nesta MIUI.

Um ponto que pode causar alguma estranheza a utilizadores de Android que venham de equipamentos de outras marcas é a ausência da gaveta de aplicações. No fim acaba por ser uma questão de hábito, mas quem não a dispensar pode sempre recorrer a um dos muitos launchers disponíveis na Play Store.


A Xiaomi incluí uma série de aplicações e ferramentas próprias com o seu sistema. Algumas são as habituais: calculadora, calendário, relógio, etc.. Outras são mais curiosas, como o Mi Remote, que utiliza o emissor de infravermelhos integrado no equipamento para substituir os comandos de todos os aparelhos electrónicos, incluindo, por exemplo, unidades de ar condicionado.

Outra aplicação interessante é a aplicação de mensagens integrada, que incluí funcionalidades semelhantes ao iMessage, da Apple, com o uso de uma conta Mi Account. Contudo, acreditamos que o seu sucesso seja limitado ao mercado chinês, sendo mais difícil que vingue por cá.

O maior problema das aplicações incluídas acaba por ser a impossibilidade de serem removidas, ou sequer desactivadas, obrigando o utilizador a tê-las num dos seus ecrãs, mesmo que nunca as utilize.

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