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Shuttle XPC Cube SZ170R8

Unboxing e montagem

O Shuttle chegou-nos em caixa dupla. A exterior é uma simples embalagem de expedição. 

A interior, sim, inclui uma descrição do conteúdo, os habituais destaques de marketing e, o mais interessante, uma conveniente pega que torna a caixa um dispositivo de transporte muito competente.

No interior encontramos o barebone, o manual e alguns acessórios.

O manual é de uma competência rara nos dias de hoje, com instruções passo a passo ilustradas com fotografias.
Entre os acessórios encontramos um cabo de alimentação, pasta térmica para a montagem do cooler incluído, uma miríade de parafusos extra, 4 cabos SATA (o máximo que a motherboard suporta de origem) e um CD com drivers.

O barebone propriamente dito vem muito bem protegido em plástico e espuma cortada à medida.

 

A caixa é muito simples e discreta. A parte frontal inclui o botão de power e os LEDs de power e discos. Tem na parte inferior uma tampa que se abre ao clicar para dentro. A lateral é constituída por uma única peça em formato de U com furações de ambos os lados de modo a melhorar a refrigeração com uma rede no interior que reduz a entrada de pó mas que também acaba por obstruir um pouco a entrada de ar.

A parte frontal tem um compartimento com duas portas USB 3.0 e saída para audio e microfone. Normalmente estas portas são óptimas para se partirem, mas neste caso como fica muito próxima da mesa esse risco é francamente menor.

O fundo da caixa, onde se vê os 4 pés de borracha.

Na traseira podemos ver no canto superior esquerdo a fonte de alimentação que tem um formato único, proprietário da Shuttle, e usado em todos os modelos da linha XPC cube.
O tamanho da ventoinha deixou-no um pouco apreensivos quanto ao ruído, mas na realidade, embora pareça um pequeno aspirador durante alguns segundos no arranque, acalma pouco depois e acaba por nunca se sobrepor ao ruído das restantes ventoinhas do sistema, como veremos mais à frente.
O painel traseiro inclui duas portas DislplayPort (pouco habitual e muito bem vindo), uma HDMI 1.4, 6 portas USB 3.0, uma porta de rede Gigabit Ethernet, saídas de audio analógicas e ainda uma porta eSATA. Esta última já caiu em desuso e, talvez por isso, foi substituída por uma segunda porta de rede na versão V2 deste barebone.

A tampa desta caixa é uma peça única, segura por 3 parafusos removíveis à mão.

Nesta imagem podemos ver a ventoinha frontal que arrefece os discos e promove um túnel de vento em toda a extensão da caixa.
A Shuttle não corre qualquer risco com o transporte dos seus produtos, colocando uma generosa quantidade de sílica-gel anti-humidade no seu interior.

Interior do barebone. As conexões do painel frontal e fonte de alimentação à motherboard já vêm feitas.

O painel frontal da caixa também é removível e permite o acesso à ventoinha frontal. Este painel é o único elemento plástico do chassis. Tudo o resto, incluído a tampa, é alumínio.

O suporte de discos é removível, de modo a facilitar a montagem, e tem espaço para 4 unidades de 3,5”. Discos de 2,5” não são suportados de origem, o que nos dias de hoje é uma falha algo importante, embora a Shuttle disponibilize adaptadores, vendidos separadamente. Estes adaptadores permitem montar um máximo de 8 drives de 2,5”.

A fonte também é, naturalmente, removível. Este formato proprietário da Shuttle é o único suportado pela caixa. A unidade incluída é uma versão de 500W, com certificação 80Plus Silver e inclui duas fichas PEG, um de 6 pinos e uma de 6+2 pinos.
A Shuttle disponibiliza outras versões, vendidas como acessórios mas ao longo dos anos nunca tivemos uma fonte de alimentação que tivesse avariado.

Com a remoção do suporte de discos e da fonte de alimentação, a montagem do sistema fica muito facilitada.
O formato não standard da motherboard confere à Shuttle algumas vantagens, permitindo oferecer 4 slots de memória e duas slots PCIe, uma x16 e uma x4, algo muito pouco habitual em sistemas destas dimensões.
Ainda assim, de modo a aumentar a versatilidade da caixa, esta é também plenamente compatível com motherboards do formato mini-ITX.

O dissipador tem base em cobre e usa 4 heatpipes para conduzir o calor gerado pelo CPU até ao dissipador que fica colocado junto à traseira da caixa. A ideia é eliminar o ar quente directamente no exterior, limitando a subida de temperatura no interior da caixa.

Um aviso proeminente alerta os utilizadores para não utilizarem CPUs com TDP superior a 95W, com este dissipador. Felizmente, os modelos de topo desta plataforma não vão além dos 91W.
Infelizmente a Shuttle optou por utilizar o sistema de retenção standard da Intel, no seu dissipador.  A facilidade de utilização deste sistema é inegável, mas a sua durabilidade deixa sempre alguma apreensão no ar.
Além disso, o padrão de espalhamento da pasta térmica leva-nos a crer que a pressão de contacto não é totalmente uniforme. Acreditamos que um sistema de retenção com backplate e parafusos seria, não só mais fiável e duradouro, como também aumentaria a eficácia do dissipador.

A ventoinha é de 92mm e tem controlo via PWM. Encontra-se montada numa protecção que, por sua vez é fixada à traseira da caixa por 4 parafusos enroscáveis com os dedos. Quando montada no lugar, esta protecção envolve todo o dissipador, impedindo que o calor escape para o interior da caixa.

Aspecto do interior já com o CPU, o cooler, as memórias e um SSD M.2, neste caso o Toshiba OCZ RD400.
De notar a slot mini-PCIe, ao lado da drive M.2. Esta slot monta a placa de rede do kit WiFi opcional.

Vista das memórias. Inicialmente foram instaladas as nossas Corsair Vengeance LED, mas o sistema recusou-se a fazer POST com elas. De seguida tentámos as nossas G.Skill Trident Z 3400MHz, que também não funcionaram. Em desespero de causa, e já depois de contactos com a Shuttle, tentamos as G.Skill Trident Z 3200MHz. Com este kit, e para nossa surpresa visto ser um kit muito semelhante ao anterior, o sistema arrancou sem mais sobressaltos.
Os problemas de compatibilidade demonstrados levam-nos a recomendar que potenciais utilizadores se cinjam à lista de memória compatível fornecida pela Shuttle.

O suporte de discos limita os módulos de RAM a utilizar a 49mm. Com 44mm, as Trident Z usadas ficam confortavelmente abaixo desse limite. 

Com 26,7 cm, a nossa MSI GTX 960 Gaming está exactamente no limite que a Shuttle dá para o comprimento da gráfica.  É verdade que colocá-la no lugar obrigou a um pouco mais de malabarismo do que a imagem deixa antever, mas acreditamos, ainda assim, que é possível utilizar placas com mais um par de centímetros extra, desde que os conectores de alimentação se situem, como no nosso caso, na lateral da placa.

Terminamos com uma comparação directa entre o tamanho deste Shuttle e a Silverstone Sugo  SG13B-Q, uma caixa mini-ITX cúbica típica.
É notável o acréscimo de flexibilidade que o Shuttle oferece ao nível do armazenamento, com uma diferença de volume mínima.

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