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AMD Ryzen 7 1700 e MSI B350 Tomahawk

Overclock

Como referimos atrás, a board suporta overclock automático de um click, mas os 3,5GHz com 1,45V obtidos com essa função estão muito longe do ideal. Além da voltagem claramente exagerada, com todas as desvantagens que isso acarreta, este overclock piora a performance em tarefas que utilizam poucas threads, já que os 3,5GHz são inferiores aos 3,75GHz de boost possíveis de serem obtidos nessas situações, com a configuração stock.

Passando, então, ao overclock manual. Conseguimos obter 3,8Ghz com relativa facilidade. Numa primeira tentativa com 1.3V, o sistema arrancou, mas revelou-se instável em carga. Para garantir a estabilidade foi necessário subir a voltagem do CPU para 1,36V:

Esta voltagem é um pouco elevada, existindo diversos relatos, incluindo na nossa comunidade, de frequências semelhantes com voltagens na casa dos 1,2x V. Temos esperança que futuras revisões da BIOS nos ajudem a melhorar este aspecto.

Frequências acima de 3,8GHz revelaram-se um desafio bem maior. Subindo a voltagem acima de 1,4V conseguimos o arranque com 3,9 e 4GHz, mas sem alcançar a estabilidade.

Além disso, o calor produzido por voltagens deste nível começa a ficar além das capacidades do cooler stock, e cremos ser essa a principal razão para a instabilidade do sistema, mesmo quando levamos a voltagem ao limite de 1,425V recomendado pela AMD.
Podemos, no entanto, adiantar que já temos em mãos coolers mais capazes compatíveis com esta plataforma, que iremos testar nos próximos dias. Esperamos que a combinação destes coolers com BIOS mais recentes nos possibilitem subir a actual fasquia de frequência deste CPU.

De referir que mesmo em overclock, a frequência do CPU baixa para os 1,45GHz, nos períodos de inactividade, reduzindo o consumo e a temperatura.

Do lado da memória, a frequência máxima possivel de obter nesta plataforma tem-se revelado uma verdadeira lotaria, com diversos utilizadores a reportarem resultados muito diferentes. No nosso caso, o sistema arrancou sem problema com as memórias a 2133MHz, o valor programado no SPD.
Os 2400MHz também foram fáceis de obter, bastando configurar manualmente essa velocidade na BIOS.

Daí para cima começaram as dificuldades. Com a BIOS original, versão 1.0, os 2400MHz revelaram-se uma barreira intransponível. Após actualização para a BIOS 1.1, foi possível atingir os 2666MHz, com a ajuda da subida da voltagem do CPU NB (que inclui o controlador de memória) para 1,2V.

Infelizmente, os 2666MHz marcaram um novo limite, e vimos frustradas todas as tentativas de atingir frequências superiores.
Nos próximos dias iremos testar kits especificamente validados nesta plataforma, um deles de 3000MHz, junto com a recém publicada BIOS 1.2. Esperamos poder trazer boas notícias em breve.

Na conjugação do overclock de CPU e memória foi possível arrancar o sistema a 3,8GHz com a memória a 2400MHz. Esta foi a configuração posteriormente utilizada nos testes.
Os 2666MHz apenas foram possíveis com o CPU à frequência de origem.

Consumos

Estes valores de consumo foram medido na tomada, sendo, por isso, correspondentes à totalidade dos sistemas.
De origem, este CPU apresenta consumos muito semelhantes aos registados pelo I7 6700K. Atendendo a que possuí o dobro dos núcleos, estes parecem-nos resultados extremamente positivos.
Com overclock o consumo em carga dispara, naturalmente. Mas gostámos de ver que em períodos de inactividade, apesar de um pouco mais elevado, o consumo se mantém perfeitamente controlado.

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