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iPlayer da BBC a caminho do mundo

Os residentes no Reino Unido têm acesso à melhor plataforma de distribuição de conteúdo fora dos Estados Unidos. O iPlayer é um caso de sucesso e uma maravilha para quem quer ver vídeo online. Compará-lo com a oferta das televisões portuguesas (não estou a falar de operadoras como o Meo) é comparar o dia com a noite.

Saiu hoje uma notícia no Daily Telegraph sobre o interesse da BBC em abrir o iPlayer a outros mercados para rentabilizar programas como Top Gear ou Doctor Who. A grande diferença em relação ao iPlayer caseiro é que os utilizadores internacionais teriam de pagar pelo acesso ao conteúdo. É relativamente justo pois quem vive no Reino Unido e quer ver televisão em directo tem de abonar quase 150 libras anualmente pelo privilégio (metade se a televisão for a preto e branco).

A notícia do Telegraph sugere que o pagamento por parte dos utilizadores andaria à volta de 10 dólares por programa e que isso seria suficiente para os dissuadir de procurar o conteúdo nos cantos escuros da internet. Quando o iTunes oferece o mesmo conteúdo por 1.99 dólares, pergunto eu, quem é que achou que cobrar 5 vezes mais seria tido pelos consumidores por bom negócio. Ainda que a qualidade de imagem seja, por vezes, francamente superior ao que se encontra no iTunes.

Outro problema aparente é como lidar com direitos de transmissão. Presumo que a BBC detenha integralmente os direitos de transmissão de conteúdo próprio como o Top Gear ou o Doctor Who, mas isso não ocorre com toda a sua programação. Pense-se no caso da Fórmula 1 ou outros eventos desportivos. Tal significará que teremos menos conteúdo no iPlayer internacional do que no britânico.

Acresce que o acesso ao iPlayer tem sido cada vez mais restringido fora da página web da própria BBC. Até há uns meses era possível legalmente usar plugins em software mediacenter como o xbmc ou o Plex. Depois da BBC ter trancado essa possibilidade com DRM, duvido que isso seja totalmente legal.

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