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ECS Liva Q

O computador de bolso

Benchmarks

Este é um sistema muito particular e, com compromissos e limitações de performance óbvias. O Celeron N3350 no seu interior, sendo um “N”, é um dos sucessores espirituais dos anteriores CPUs “Atom” de consumidor, e é baseado na arquitectura “Goldmont”, que tem no baixo consumo energético a prioridade máxima, pelo que sabíamos de antemão que não ganharia nenhuma coroa de performance, pelo que não fomos muito exaustivos nos testes que corremos.
Os benchmarks que se seguem pretendem apenas pôr a performance deste sistema em perspectiva, em relação ao irmão mais velho Liva Z Plus, equipado com o consideravelmente mais potente i5 7300U, e ao Shuttle DH110SE, um barebone compacto no qual instalamos um Pentium G4560.
Incluímos também os resultados de dois CPUs de desktop de alta performance, o i7 6700K e o Ryzen 7 1700, de novo, apenas para dar alguma perspectiva.

CineBENCH R15

Com apenas dois núcleos de baixo consumo, e sem o auxilio da tecnologia Hyperthreading, não é de estranhar que o Liva Q seja atropelado por todos os restantes sistemas em teste. Com base nos resultados deste teste conseguimos aferir a performance por clock do N3350 como ligeiramente abaixo de metade da performance de CPUs como Pentium G4560 e i7 6700K. Apesar de tudo, um valor respeitável, tendo em conta a simplicidade e objectivos da arquitectura.
A performance absoluta, essa é, naturalmente, bastante inferior.
No teste gráfico ainda alimentamos a esperança de um resultado um pouco melhor, Visto o IGP não ser muito diferente do que se encontra, por exemplo, no Pentium G4560, mas tornou-se claro que os limites térmicos e de energia, bem como de performance do CPU limitam também a performance máxima do IGP.

Browser

Os testes de browser tentam aferir as capacidades dos sistemas com as tecnologias da web moderna, como Java Script ou HTML5 e são, em geral, um bom espelho da performance single-threaded dos sistemas.
O Liva Q fica, naturalmente, bastante para trás, nos resultados. Isto não quer dizer, no entanto, que seja uma má “máquina de net”. Pelo contrário, revelou-se bastante competente nesse tipo de tarefa.
Os restantes sistemas simplesmente têm uma grande quantidade de performance extra.

7-Zip

Outra tarefa onde o CPU mostra as suas limitações. A performance é, no entanto, adequada ao ocasional compactar/descompactar de ficheiros, bastando um pouco de paciência por parte do utilizador. Com 32GB de memória interna, os ficheiros tratados nunca serão muito grandes, de qualquer maneira.

PCMark 7

O PCMark 7, um simulador de cenários de utilização reais, diz-nos que a produtividade e o entretenimento são os cenários onde este Liva Q se sente mais à vontade. E nós tendemos a concordar.

PCMark 8

A versão 8 conta uma história similar, com o resultado mais forte do Liva Q a ser obtido nos testes de “Work”, ou seja, produtividade.

PCMark 10

Os resultados do mais recente PCMark 10 alinham pelas versões mais antigas, com o Liva Q a obter os melhores resultados nos testes de “Essentials” e produtividade.

Como dissemos atrás, não seria espectável que este sistema bata recordes de performance, mas em teoria demonstra performance suficiente para ser uma máquina de internet/escritório/produtividade perfeitamente competente.
Na prática, a teoria é confirmada. Sem ser particularmente impressionante, o Liva Q é suficientemente rápido em tarefas simples do dia a dia para nunca termos de esperar por ele, o que se deve também em grande parte à memória interna flash.
Concluindo, o Liva Q parece-nos perfeitamente à altura das exigências de um escritório típico, de um media center 4K básico ou simplesmente de um PC básico que se leve no bolso para todo o lado onde haja um monitor ou TV.

Consumo

No consumo, o Liva Q tem, finalmente, oportunidade de brilhar, sendo, de longe, a máquina mais frugal que já nos passou pelas mãos, batendo por larga margem até o irmão Liva Z, quando em carga.
Os ~14W pareceram ser mesmo o limite do sistema, já que nenhuma combinação de tarefas, entre carga no CPU, IGP e simultâneas alguma vez ultrapassou este valor.
Durante estes testes reparamos ainda no comportamento da velocidade de relógio do CPU. Em picos de carga, o CPU atinge os 2,4GHz com facilidade e regularidade, não chegando a aquecer o suficiente para a pequena ventoinha dar sinal de si. Quando os períodos de maior carga se prolongam por mais de 15 a 20 segundos, a ventoinha entra em acção, com a frequência do CPU a ficar numa “oscilação estável” entre os 1,7 e 1,9 GHz.

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