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Media Center Beelink GS-King X

Software

Android

Interface e Aplicações básicas

Quando se liga o Media Center, sem ter outro sistema operativo num MicroSD colocado no slot do Beelink, o que é iniciado é o Android 9.0 que se encontra instalado na memória eMMC de 64 GB, que se encontra no interior.

O Android que vem com este dispositivo é bastante limpo e leve. Tem poucas aplicações instaladas e como podemos ver no canto inferior esquerdo, só ocupa 12% dos 4 GB de RAM, o que dá por volta de 490 MB de RAM utilizados, no arranque.

Há algo que gostava de fazer notar, que nos aconteceu com a versão Android. De vez em quando e de forma completamente aleatória, o nosso Media Center, quando estava a usar Android, efectuava reboot, sem qualquer tipo de aviso. Não foi uma coisa muito frequente. O máximo 2 vezes num dia inteiro de uso, mas é algo que fiquei um pouco preocupado.
No entanto, falando com a Beelink, eles não têm reports de outros casos iguais e nas análises que já vi do dispositivo, não vi referido esse problema. Pode ser assim, apenas um problema do nosso equipamento.

Quando acedemos ao Menu que mostra todas as aplicações instaladas, podemos ver que na maioria, são só aplicações essenciais.

Temos uma aplicação para instalar pacotes de Android manualmente (Ficheiros .apk), temos o AppMarket, que é uma pequena Store da Beelink e temos a PlayStore da Google.

A nível de visualizadores multimédia, temos, para visualizar vídeos, duas aplicações com o nome de Media Center e Movieplayer, temos a aplicação Bee Music e Music, para ouvir ficheiros de áudio e a aplicação Gallery para ver ficheiros de imagem.
Qualquer uma destas aplicações é muito simples. São tão simples, que só servem para uma utilização muito básica e não servem para uma utilização mais comum de um Media Center.

Temos o Chrome para termos acesso a um Browser e o Voice Search, para se fazerem pesquisas com o microfone do comando.

Temos dois manuais, uma aplicação para updates, que ainda não funciona e o acesso às opções do dispositivo e de Android via aplicação Settings.

Por ultimo, temos a aplicação Miracast para ligar o Media Center a um ecrã que suporte este protocolo, via ligação Wireless e um jogo em Chinês, muito simples, que serve mais de exemplo do que se consegue jogar neste dispositivo.

Este é o acesso à Play Store. Na primeira versão do Android 9.0 para este dispositivo, a Play Store não estava funcional, mas entretanto, no primeiro update, ficou funcional e sem qualquer problema.

Este é o AppMarket, que é uma pequena Store da Beelink, que ajuda a instalar algumas aplicações multimédia mais utilizadas. Mais à frente veremos que é especialmente importante para se ter acesso à Netflix. Também não encontrei qualquer dificuldade para instalar aplicações por aqui.

Quando se acede às opções, não se acede logo ao Menu de opções do Android. primeiro temos um ecrã com opções principais, como a configuração da rede, contas, opções do dispositivo, Bluettoth.

Estranhamento, é neste menu que é possível configurar este Media Center como servidor de File Share SMB, escolhendo a opção File Server.

Quando se carrega em Droid Settings, temos outro ecrã com mais opções e não o ecrã normal de opções do Android.

Neste ecrã temos acesso a opções de ecrã, som e HDMI CEC.

Só quando se carrega em More Settings é que se acede ao ecrã comum do Android.

E este é o ecrã onde estão todas as opções normais de Android. Neste ecrã podem ser configuradas todas o tipo de opções. Além disso, como Android já é conhecido por muitos utilizadores, este talvez seja o ecrã onde as pessoas se vão sentir mais confortáveis a nível de opções.

Este é o Manual principal do Media Center e que pode ser acedido a qualquer momento, visto que é visto como uma aplicação de Android.

O manual é bastante explicito, simples e fácil de usar.

Este é o segundo manual e tal como o primeiro, pode ser acedido a qualquer momento, por ser uma aplicação e também é fácil de usar, visto ter a mesma estrutura do primeiro.

Quando, no comando remoto, se carrega no botão de microfone, é aberto a aplicação de pesquisa da Google e aqui, podemos fazer buscas por voz, teclado ou teclado virtual.

Aqui podemos ver a aplicação Bee Files Explorer, que é a aplicação de explorador de pastas e ficheiros da Beelink.

A aplicação é bastante fácil de usar. Percebe-se que aplicação foi feita para ser usada numa televisão, visto que o texto é claro e grande.

No topo podemos sempre aceder à pasta anterior, do lado direito temos um menu de acções sobre as pastas e ficheiros (selecionar, copiar, colar, etc) e do lado esquerdo acede-se aos diversos volumes que estão ligados ao dispositivo (eMMC interna, disco interno, pastas remotas SMB, pens USB externas, etc).

Dois pontos negativos, no entanto. Primeiro, ao inicio a parte dos Volumes é confuso, porque o ícone de disco, na verdade, é a eMMC interna de 64 GB e o ícone de pen USB é o disco rígido interno de 4 TB.
Eu penso que este problema é mais do Android, mas também mostra como o Android está mais pensado para telemóveis do que outros dispositivos.
O outro problema que tive, foi mais aleatório. Algumas vezes, quando ligava o Media Center no Android, com um MicroSD colocado no slot do Beelink, no Bee Link Explorer, só aparecia o MicroSD e não aparecia o disco interno de 4 TB. Não sei o que causa este bug.

O Chrome é simplesmente o mesmo Chrome que existe em Android. Não há surpresas.

Este é um dos programas que vem com o Android, para ver videos. É um programa muito simples, que não faz muito mais que Play, Stop, Pause, Andar para a frente e para trás.

Para uma utilização de Media Center, é demasiado simples.

O mesmo acontece com a aplicação para ouvir ficheiros de musica. A aplicação é bonita, é possível ver as letras das musicas, mas pouco mais.

A aplicação para visualizar imagens é mais útil. Apesar de simples, não é preciso muito mais e até divide as imagens por categorias.

A aplicação de exemplo de um jogo vêm em Mandarim ou outro dialeto Chinês, por isso, não sei bem do que se trata.

No último update da imagem de Android, a aplicação passou a dar uma mensagem que o jogo foi feito para uma versão mais antiga de Android. Apesar da mensagem, o jogo pareceu-me correr sem problemas.

O jogo é simples. É em 3D, mas como é a visualização é “Top View”, não é muito exigente graficamente.
O jogo corre bem e sem quebras, mas também não esperava problemas, num jogo tão simples, num SoC tão moderno.

Miracast

Uma das aplicações permite ligar o Beelink a um ecrã via Wireless, com uma TV ou outro dispositivo que tenha suporte para Miracast. Infelizmente não tenho nenhum ecrã com suporte para Miracast, por isso não tive possibilidade de ver se esta funcionalidade funciona sem problemas.

DLNA

Outra possibilidade é de colocar o Beelink como servidor DLNA. Eu consegui configurar sem problemas esta funcionalidade no Media Center, mas noutros dispositivos na minha rede, não me consegui ligar.

Num Windows, depois de ligar o servidor DLNA, consigo ver que o Beelink aparece como servidor DLNA.

Consigo mesmo ver, no Browser, o ficheiro XML que é servidor pelo servidor DLNA. No entanto, não me consegui ligar ao servidor em nenhum dos dispositivos que tentei. Um Windows e um telemóvel Android.

Não sei ao certo se o problema aqui está na minha rede ou dispositivos cliente ou se está no Media Center.

Também tentei colocar o Beelink como cliente DLNA, mas obtinha esta mensagem de erro.

File Share SMB

Como servidor SMB, a configuração foi simples e não tive problemas em ver as partilhas do Beelink.

Também vejo e consigo visualizar os ficheiro nas pastas partilhadas, sem qualquer problema.

O único ponto que não gostei é que na configuração de SMB no Beelink, a password da conta de acesso está sempre visível, em clear text, no ecrã da aplicação.
A funcionalidade de partilha de ficheiros por SMB só foi disponibilizada no último update da imagem de Android, por isso, tenho alguma esperança que este pormenor seja resolvido no futuro.

A nível de velocidades de transferência, consegui entre 18 a 20 MB/s. A partir de um servidor SMB Windows, na minha rede, costumo conseguir mais ou menos 60 MB/s.
O valor pode parecer um pouco baixo no Android, mas Android é Linux e deve estar a usar Samba, por isso não me parece mau. Além disso, 18 a 20 MB/s permite visualizar quase todos os ficheiros multimédia, sem qualquer problema.

Em relação ao Android, há um último ponto que deve ser salientado.

Os updates da imagem de Android não são “fáceis” para o utilizador comum. A Beelink ainda não suporta updates “Over The Air” ou através de um ficheiro local, apesar de neste caso, já existir uma aplicação no menu.

A única forma de fazer os updates, por enquanto, é ligando uma ponta de um cabo USB A Macho ao GS King-X e a outra ponta USB A a um computador com Windows.
Depois, é preciso instalar no Windows uma aplicação de flash da eMMC interna da Amlogic, que instala um driver para reconhecer o GS King-X e depois da aplicação reconhecer o Media Center, efectuar browse a uma imagem e flashar a eMMC interna.
Isto não é nada prático, incorre em erros e das duas vezes que tive que fazer, não foi fácil.

Da primeira vez, usei um cabo USB A – USB A, mas a aplicação nunca reconhecia que o GS King-X estava ligado. Depois de já ter desistido e quando já não esperava, é que reparei que ele estava a efectuar o flash. Foi algo muito estranho.

Da segunda vez, não tinha comigo um cabo USB A – USB A e por isso tentei usar um cabo USB A – USB C, em que a porta USB C estava ligada ao computador. Tentei durante 2 horas, mas sempre que ligava o GS King-X, ele aparecia no gestor de dispositivos do Windows, mas passado 1 segundo, desaparecia. Só quando tentei com um segundo cabo USB A – USB C é que consegui flashar o GS King-X.

Como podem verificar, é tudo muito complexo para simplesmente actualizar a imagem Android.
A Beelink informou-nos que no futuro, irá suportar updates “Over the Air” e espero que não esteja longe esse suporte, para tornar este dispositivo mais amigável a utilizadores com menos conhecimentos de informática.

Kodi

A aplicação que achei mais apropriada para testar este Media Center em Android foi o Kodi.

Instalei-o a partir da Play Store e não tive qualquer problema na instalação.

O Kodi é uma aplicação feita para ver todo o tipo de ficheiros de multimédia, especialmente em ecrãs grandes, como são hoje em dias quase todo o tipo de televisões nos dias de hoje.

A utilização é relativamente simples. Do lado esquerdo, temos um menu com os diversos tipos de multimédia e no resto do ecrã, é apresentado o conteúdo de cada tipo de ficheiros.
Essa apresentação e os menus são configuráveis e podem ser visto de uma forma mais ou menos visual.

Para testar o Beelink no Kodi, compilei uma biblioteca multimédia com 81 GB, que contém principalmente vídeos de diferentes resoluções, codecs, bit rates, frames por segundo, legendas e alguns só com vários formatos de som.

No Kodi, navega-se até ao local onde coloquei esta biblioteca (no disco rígido interno) e ele trata de adicionar à categoria que escolhi.

Depois basta ir a essa categoria e navegar pelos ficheiros da biblioteca. Tudo bastante simples.

Nas opções do Kodi podemos ver todo o tipo de informação do Beelink e do Android.

Podemos ver por exemplo a resolução da TV onde ele está ligado, confirmar que estamos mesmo a usar Android 9.0 e que usa um Kernel relativamente recente, o Linux 4.9.

Há ali algo estranho, que é o nível de 42% da bateria. Não faço ideia onde é que ele está a ir buscar este valor, visto que este computador não tem qualquer bateria. Também mostra, mais uma vez, que estamos num Sistema Operativo pensado mais para dispositivos móveis.

Podemos ver aqui as partições da eMMC interno e no fim, a partição do disco rígido de 4 TB.

Temos também a informação básica de rede. O ip, subnet mask, gateway, servidores de DNS e o Mac Address do interface.

Aqui podemos ver que gráfica temos, a resolução e, muito importante, a versão de OpenGL ES que está a ser usada. Neste caso, é a versão 3.2, que é a última.

Aqui podemos ver alguma informação do SoC. A mais importante é a temperatura, que sempre que verifiquei, tinha valores bastante baixos.

Também podemos ver a memória RAM total e a memória RAM livre.

Na parte de Logging, liguei a opção de debug, para ter informação de memória utilizada, os frames por segundo reais e a utilização dos 6 cores de SoC.

Quando se vê um vídeo no Kodi, além da informação de debug, é possível ver a informação de cada vídeo. Se o Kodi está a usar aceleração por hardware no decoding do video, os codecs de video e audio, os frames por segundo do video, se o deinterlace é feito por hardware e a resolução do video de origem.

O contra do decoding por hardware é que não se consegue tirar printscreens do video e por isso, tive que tirar fotos, nos testes que fiz.
Peço já desculpa pela qualidade de algumas fotos não ser a melhor.

Só colocando o decoding do video por software é que se consegue tirar printscreens. No entanto, isto falseia os resultados num uso comum de um utilizador, visto que, normalmente, ninguém vai desligar o decoding por hardware.

CoreELEC

Kodi

Este Media Center, além do Android instalado na eMMC interna, trás num MicroSD o CoreELEC, que um Sistema Operativo Linux que tem como única função correr o Kodi num computador.
Na verdade, ele não é um Sistema Operativo “tradicional” como um Windows 10 ou outros tipos de Linuxs para Windows, porque ele “esconde” o facto de ser um Linux ao utilizador. Isto é, ele é muito mais uma “appliance” para correr Kodi e por isso, o utilizador final raramente sabe o que está por baixo.
Os próprios updates são diferentes do comum. Para os updates, ele faz download da imagem total e no restart, descomprime a imagem para disco e monta a maior parte do sistema de ficheiros apenas em leitura, para não existirem modificações à base que foi criada.
Por tudo isto, o CoreELEC é um Linux, mas não são precisos conhecimentos técnicos para o correr.

Para correr o CoreELEC, basta no Android ficar a carregar no botão de Power durante uns segundos e no menu que aparece, escolher “Switch Alternative Operating System”.
O Android faz reboot e no boot o Beelink arranca do MicroSD com o CoreELEC que está inserido no slot MicroSD.

O interface é praticamente igual ao Kodi em Android. Aqui é o menu de opções do Kodi, onde temos um gestor de ficheiros, onde se podem instalar add-ons, ver informação de sistema e alterar todo o tipo de opções do interface, utilizador, serviços, media, sistema, etc.

Aqui podemos ver o mesmo tipo de informação de sistema que se pode ver no Kodi em Android. O Kernel de Linux usado, o ip, a resolução apresentada, RAM, entre outras.

Podemos ver também os dispositivos de armazenamento. De forma interessante, o CoreELEC só vê o que está no MicroSD e o disco rígido interno. Não vê a eMMC interna onde está o Android.

Podemos ver aqui a frequência do processador, memória RAM total e livre e a temperatura, que mais uma vez, tem sempre valores bastante baixos.

Uma das diferenças do Kodi no CoreELEC para o Kodi no Android, é que nas opções há mais uma entrada para opções de sistema, visto que no Android, o Kodi usa as opções do próprio Android.

Nesta secção é possível configurar como são feitos os updates, configurações de rede, bluetooth, serviços, hardware, entre outras.

Aqui podemos configurar os updates de forma automática ou manual. Por defeito está em automática, em que ele avisa que há um update por fazer, faz download da nova imagem do CoreELEC com os updates, pede para reiniciar o Media Center e no reboot, descomprime a imagem, aplica a imagem e inicia a nova versão do CoreELEC.
Não podia ser mais fácil e é muito mais prático e simples que a forma actual de actualizar o Android.

Neste Menu, podemos configurar várias propriedades de Wireless e de rede.

No Menu seguinte, pode-se ligar o dispositivo a uma rede Wired ou Wireless, sem qualquer dificuldade.

Também se pode ligar a qualquer dispositivo bluetooth. Durante os teste, liguei o Android e o CoreELEC a uma coluna externa bluetooth sem qualquer dificuldade.
No entanto, no CoreELEC, de forma aleatória, no boot, nem sempre ele efectuava a ligação automática a esta coluna bluetooth e tinha que vir a este Menu só para fazer “Connect”. Depois funcionava perfeitamente.
Só acontecia às vezes e só no CoreELEC. No Android, fazia sempre a conexão automática no boot.

Também é possível ter o CoreELEC com serviços de rede, como Servidor de ficheiros SMB com o Samba, ou servidor de SSH, ou mesmo um servidor Web, onde temos um interface Web, para comandar remotamente o que está a dar no Media Center.

A nível de hardware também tem algumas opções. Achei interessante permitir alterar o “CPU governor” do Kernel Linux, entre performance e ondemand, visto que isso é uma opção muito avançada e que não deve ser necessário para a maior parte dos usos.

No About podemos ver a versão do CoreELEC e confirmar que eles está a correr numa plataforma ARM.

No Android tinha mostrado o ecrã central apenas com nomes de ficheiros, mas também é possível colocar o Kodi com um ambiente gráfico mais apelativo, onde vemos os posters de cada filme ou música ou outro tipo de media, que ele procura automaticamente na internet, consoante o que encontra no armazenamento.

Por último mostro o serviço Web de comando remoto do Kodi, que falei atrás.
Ele inicia um servidor Web e acedendo por browser ao Media Center, tem-se acesso a um ambiente gráfico muito apelativo e fácil de usar, onde podemos comandar remotamente o Kodi.

De salientar que não se consome media no browser que está no Kodi. Este interface apenas comando o Kodi e os ecrãs onde está ligado fisicamente.

Outro teste que efectuei no Kodi, tanto no CoreELEC como no Android, foi adicionar uma biblioteca de ficheiros multimédia, num file share remoto SMB, estando o Beelink ligado à rede por Wireless.

Não tive qualquer problema a aceder a shares SMB remotos, nem tive qualquer problema a nível de velocidade, ao ver ou a copiar ficheiros desses shares.

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