No PCMark 7 temos algo interessante, porque ele simula vários tipos de usos com armazenamento e podemos ver se, na prática, há muita diferença entre um SSD NVMe de entrada de gama e um SSD NVMe topo de gama. A resposta é, quase sempre, não.
Em quase todo o tipo de trabalhos, a performance é quase igual. O único que não é igual é a iniciar aplicações, que é importante, mas onde a diferença também não é assim tão grande, como acontece com o disco mecânico Western Digital Blue.
No PCMark 8, uma versão mais recente do PCMark, simulando novamente vários cenários de trabalho a nível de IO, muda alguma coisa, na prática, entre um SSD entrada de gama e um topo de gama? Não. É praticamente a mesma coisa. Há alguma diferenças no teste de bandwidth, que pode ajudar em cópias de ficheiros grandes, por exemplo, mas nas restantes, é praticamente igual.
O que acontece, a meu ver, é que grande parte dos workloads efectuados num computador pessoal, não chegam para aproveitar as qualidade de um SSD NVMe topo de gama. A maior parte dos trabalhos não são demasiado pesados, não são muito duradouros e não há muito trabalho simultâneo para tirar parte das qualidade de um SSD melhor.
Com todos estes testes, penso que posso concluir que em testes sintéticos, o SSD que vem com este Mini PC, fica algo atrás dos comuns SSDs NVMe e, por momentos, até se pode ficar com alguma má impressão dele, mas quando se usa e quando se testa em cenários reais, não se nota diferença na grande maioria dos casos.
Conclusão
A Beelink é uma das poucas marcas que decidiu lançar um Mini PC com AMD Ryzen, que nos últimos tempos, têm conseguido ter melhores características que os processadores Intel. Além disso, não é uma aposta única. Logo a seguir a este lançamento, anunciaram no indiegogo uma versão “Pro”, que ainda tem mais IO externo. Mais uma porta HDMI, para 4 monitores ao mesmo tempo, mais uma porta USB-C e mais duas portas USB-A 2.0.
Este computador está bastante bem conseguido. Tem uma performance excelente para a categoria com o processador Ryzen a dar cartas, tem uma excelente construção usando magnésio, tem especificações nos restantes componentes, bastante boas, uma BIOS cheia de opções, um Windows sem programas externos instalados, todos os drivers na imagem de Windows, cuidados com notas na própria caixa para ajudar o utilizador e muitas opções de IO interno e externo, como ter possibilidade de 3 monitores ligados ao mesmo tempo, portas USB, um leitor de impressões digitais que é pouco comum, microfones incorporados, duas placas de rede Ethernet, uma placa Wireless topo de gama, possibilidade de ter 3 dispositivos de armazenamento internos, entre outros pequenos detalhes positivos.
Nos pontos negativos, o principal é o demasiado barulho e brusquidão das ventoinhas que arrefecem o computador. Visto que a BIOS tem tantas opções, seria recomendado ter opções diretas de gestão de energia e controlo das ventoinhas. No dia a dia torna-se muito difícil usar este computador quando se o usa de forma intensiva e de forma prolongada.
Fora este ponto negativo, há outros, mas são bem menos importantes. É pena o Ryzen não ser da geração mais recente, apesar deste Ryzen ter uma performance muito boa, a placa Wireless não deveria ser soldada, para possibilitar a sua troca no futuro, o transformador deveria ter uma especificação superior a 57 W, visto que em default, o consumo já fica perto e ainda há a possibilidade de fazer overclocking, a partição do disco rígido deveria ter em conta a pequena dimensão necessária para a partição da imagem Windows e drivers, possibilitando assim ter uma partição maior para dados e o preço final também poderia ser um pouco mais baixo, visto que se encontra, neste momento, a 729€ no Comparador, na versão com 8 GB de RAM e SSD de 256 GB.
Em conclusão, é uma proposta bastante apelativa no mercado de Mini PCs com maior performance.
A ZWAME agradece à Beelink a disponibilização da amostra para análise.
