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ECS Liva Q1L

Benchmarks Armazenamento

Nesta análise fiz também dois benchmarks a nível de armazenamento. Um sintético e um com maior aplicação prática.
A razão para fazer estes dois testes é para ver que diferenças existem entre eMMC, utilizado neste computador e SSDs e discos mecânicos, mais comuns no mercado PC.

eMMC também utiliza memória Flash, como os comuns SSDs, mas numa versão mais embedded, para ser utilizada em dispositivos como telemóveis. O controlador é semelhante aos utilizados em leitores de cartões microSD e SD.

O primeiro teste é sintético e é o AS SSD. A diferença para SSDs é bastante grande e pelos números, quase parece ter uma performance tão má como discos mecânicos, mas os números mais importantes em desktop são os tempos de acesso e a velocidade de leitura e escrita em trabalho aleatório e aí, ele é bastante melhor que qualquer disco mecânico.

A seguir temos os testes de armazenamento do PCMark 7 e apesar de não serem testes muito intensivos, é possível verificar que eMMC, apesar de não ter melhor performance que outros dispositivos com memória Flash, continua a ser muito melhor que qualquer dispositivo de armazenamento mecânico.

Conclusão

Esta evolução do conceito original do ECS Liva Q resolve alguns problemas da versão original. A mais evidente, é a inclusão de mais uma porta USB 3.2 na parte frontal. O primeiro modelo só tinha duas portas USB e uma delas era apenas versão 2.0. Depois de colocado um teclado e rato, mesmo quando não ocupavam as duas portas USB, fazia com que fosse quase obrigatório a utilização de um Hub USB. Com mais 1 porta e sendo USB 3.2, essa necessidade fica bastante mais reduzida.
Outra melhoria é que podemos escolher ter mais uma porta de rede ou uma porta de saída de vídeo, consoante o modelo Q1L ou Q1D.
Por último, com as maiores aberturas laterais, melhora o arrefecimento dos componentes internos sendo mais silencioso e ao mesmo tempo, obter temperaturas mais baixas, mesmo apesar do processador do Q1L que analisamos, ter um processador bastante melhor que o Liva Q inicial.

Com estas melhorias, vejo diversos cenários onde ele pode ser utilizado:

  • Como computador no dia a dia de um utilizador pouco exigente, como um estudante, ou alguém que apenas navegue pela Web, aceda a email, edite pequenos documentos e veja alguns vídeos.
    Outra vantagem neste cenário é que é um computador fácil de arrumar ou esconder, com ou sem a base VESA incluída.
  • Como um pequeno equipamento de rede doméstico, para um utilizador mais avançado, usando o PFsense ou OPNsense ou algo semelhante, visto que ele tem duas placas de rede Wired Gigabit e uma placa de rede Wireless.
  • Como um pequeno sistema para Media Center ou como Network-attached Storage.
    No caso de Media Center, ele suporta HDMI CEC e desde que o sistema não precise de fazer transcoding, é bastante aceitável para a maior parte dos cenários.
    Como uma pequena NAS, ele tem a vantagem de ter duas placas de rede Wired Gigabit e uma placa de rede Wireless e portas USB onde se pode colocar armazenamento externo.
  • Como um computador “Point of Sale”, num local público, por exemplo, onde mostra informação ou outro tipo de conteúdo. Tem a vantagem de ser muito pequeno e por isso fácil de esconder e ter suporte para um Kensington Lock, para garantir que não sai de um local físico. Uma placa de rede pode ser uma rede pública e uma segunda pode ser uma rede de gestão. Outro ponto é ter um processador x86, onde a compatibilidade de software, normalmente, não se coloca e além disso, ser suficientemente rápido para quase todos os cenários de um “Point of Sale”.
  • Por último, este pequeno computador pode também servir como alternativa a quem goste de Raspberry Pi ou outro SBCs. Ele é um pouco mais caro, mas já tem armazenamento incluído, caixa incluída, maior conectividade de rede e processador x86 que garante muito mais compatibilidade de software como no caso anterior.

Como pontos negativos, talvez o preço pudesse ser um pouco mais reduzido, mas tendo em conta a sua dimensão e totais funcionalidades, não me parece que seja algo muito grave, porque é quase único no mercado.

Em termos de performance, muitas vezes em 3D, ele consegue ser mais lento que o Intel Celeron N3350 que se encontra no Liva Q original, apesar de ter um GPU integrado pior.
A minha teoria é que os dois processadores têm os mesmo 6 W de TDP e quando algum workload usa muito o GPU integrado, o GPU integrado deste Liva Q1L tem que descer a velocidade de relógio de forma muito rápida, para não ultrapassar esse limite, o que faz que em alguns casos, tenha piores resultados que o seu irmão com uma gráfica integrada pior.
Se fosse num computador de segmentos mais altos ou com uma caixa de formato mais tradicional, seria um problema mais grave, no entanto, neste computador, não penso que seja tão grave, visto que o mercado alvo deste computador, não é o processamento gráfico, não sendo expectável que a gráfica integrada permita mais que o 3D mais básico.

Em conclusão final, este é um pequeno computador bastante interessante. Será para um público que não precise de grande performance e que que valoriza muito mais o tamanho e silêncio.
A forma como a ECS consegue um volume tão pequeno é bastante curioso, utilizando 2 pequenas motherboards, ligadas uma a outra, numa “sanduíche”, com tudo o que é preciso no seu interior. Processador, armazenamento, RAM, múltipla conectividade de rede e conectividade externa.

Não é um computador para todos, mas para quem procura um computador silencioso, com alguma conectividade e sendo o mais pequeno possível, esta é uma proposta bastante atraente.

A ZWAME agradece à ECS a disponibilização da amostra para análise.

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