AnálisesArtigosDestaque

O nosso Alder Lake passou a 5: previsão de performance

i5 12600, i3 12300, Pentium, Celeron

Benchmarks

Começamos por frisar que estes resultados não são representativos dos modelos reais. A multitude de opções disponíveis na BIOS da nossa Gigabyte Z690 UD permitem configurar coisas como o número de núcleos ativos, as diversas frequências e os limites de potência de cada modelo, contudo a cache é fixa, e é algo que varia substancialmente de modelo para modelo. Além disso os modelos simulados usam, como indicados, uma die diferente do 12600K, que deverá estar sujeita a constrangimentos térmicos e de energia um pouco diferentes desta, o que também pode ter alguma influência na performance.
Dito isto, estamos confiantes que os resultados obtidos constituem uma boa aproximação do que se pode esperar destes CPUs. Apenas queremos deixar claro que não passa disso mesmo, de uma aproximação.
Escolhemos simular o i5 12600, o i5 12600T, o I3 12300, Pentium G7400 e Celeron G6900.
O 12600 difere do 12600K essencialmente pela ausência de E-cores, e deverá ser interessante ver o impacto dessa ausência. Da mesma forma, o 12600T apenas difere do 12600 pelos limites de potência substancialmente mais baixos, pelo que também deverá ser esclarecedor ver o tipo de impacto que essa restrição poderá ter. Os restantes modelos representam as suas respetivas gamas e devem permitir apreciar como e quando é que estes CPUs escalam com o número de núcleos/threads disponíveis.

A composição do sistema usado neste teste é a seguinte:

CPU: i5 12600K, ajustado caso a caso
Motherboard: Gigabyte Z690 UD
Cooler: Noctua NH-U12A chromax.black
Memória RAM: Corsair Dominator Platinum RGB DDR5 32GB (2x16GB)
Armazenamento: Kioxia Exceria Plus 2TB
PSU: Corsair CS750M
GPU: MSI GTX 960 2GB / Intel UHD 770
SO: Windows 11

CineBENCH R23

Neste teste salta imediatamente à vista a diferença do 12600 para o 12600K. Parte dela vem da maior capacidade do 12600K de atingir, e manter, maiores frequências de Turbo, mas o grosso vem dos 4 E-cores, ausentes nos restantes modelos. Fica claro que estes pequenos núcleos dão um contributo muito significativo em tarefas multi-threaded.
De notar também a proximidade entre o 12600T e o 12300, numa batalha entre 4 núcleos relativamente soltos e 6 com restrições de potência bem mais severas.

No teste single-threaded os resultados de todos os Core i são bastante próximos. Aqui o Pentium e Celeron sofrem pela ausência de turbo, mas ainda assim, até o Celeron consegue bater confortavelmente um i5 8600K ou R7 2700X, o que diz muito do potencial desta arquitectura.

Blender

Os tempos de rendering no Blender pintam essencialmente o mesmo quadro que vimos no teste multi-threaded do CineBENCH. Este será, alias, um cenário recorrente, como veremos.
Torna-se evidente que para este tipo de tarefas, o mínimo prático passa por um i3.

7-Zip

A performance em compressão e descompressão com o 7-Zip produziu uma escada de progressão quase perfeita entre os Core i. Os dual core mais uma vez sofrem uma penalização extra pela ausência de turbo.

Handbrake

Os testes de codificação de vídeo confirmam o padrão que se vem notando em todas as tarefas que tiram partido de múltiplas threads.

Y-Cruncher

Nada de realmente novo, aqui, excepto pela grande proximidade entre o 12600T e o 12300. O y-cruncher é muito intensivo em consumo de energia, e isso nota-se bastante aqui, com a limitação do T nesse aspeto a estrangular bastante a performance. Ainda assim, consegue sair marginalmente na frente e, teoricamente, gastando menos energia.

Em single-threaded produzem todos resultados semelhantes, com os dual-core a ficarem um pouco para trás pelo mesmo motivo de sempre: a frequência fixa.

PCMark 10

O PCMark 10 mostra que qualquer destes CPUs, até o Celeron, lida com tarefas básicas e, até certo ponto, de produtividade sem qualquer problema, graças à excelente performance individual destes núcleos. Mas para tarefas mais pesadas, como criação de conteúdos, quantos núcleos, melhor e aí, CPUs dual-core devem cada vez mais ser encarados como relíquias do passado.

Race Driver: GRID

Por fim, apenas uma pequena indicação do que se pode espera destes CPUs em jogos. Infelizmente ainda não temos meios (nomeadamente um GPU moderno) para podermos explorar este tema condignamente, mas ainda assim podemos tirar algumas conclusões deste teste.
Por estes resultados acreditamos que qualquer i5 bloqueado desta geração, em combinação com uma motherboard h670 ou B660 equilibrada, deverá constituir uma plataforma de excelente relação performance/preço para jogos. Mesmo um i3, em sistemas mais otimizados e com jogos que não abusem da necessidade de threads, deverá ser capaz de produzir resultados muito satisfatórios, por um preço ainda mais baixo. Deverá ser uma excelente opção para os jogos típicos de esports.
O Pentium ainda consegue dar boa conta de si em jogos mais antigos, como este Race Driver GRID, mas em algo mais moderno é certo que iria sofrer bastante mais. O Celeron está definitivamente ultrapassado para gaming, especialmente tendo em conta que o jogo raramente é a única coisa a correr num sistema num dado momento.


Resumindo, estes CPUs deverão ser capazes de desempenho de excelente nível em todos os cenários e constituem um salto evolutivo de performance como já não se via por parte da Intel há muito tempo.
Se os preços e a disponibilidade forem de encontro ao que se espera, a Intel terá nos próximos meses uma gama muito forte, particularmente entre os i5 e os i3, para recuperar parte da quota de mercado que cedeu à AMD nos próximos anos, principalmente agora que se sabe que a AMD não responderá em força até meados de Junho, pelo menos.

Se estão a pensar adquirir um novo sistema, lembrem-se que a nossa comunidade está sempre pronta a ajudar, munida de toda a mais recente e relevante informação.

Página anterior 1 2

Artigos Relacionados

Botão Voltar ao Topo