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Beelink Expand M, uma Dock USB-C com SSD interno

O PCMark 7 simula vários tipos de usos com armazenamento, mas é um benchmark já com alguma antiguidade e que não provoca a intensidade necessária para se notarem muitas diferenças.
Não há grandes diferenças entre o SSD interno da Dock, o Kioxia Exceria e o WD Black, por essa facilidade destes testes. Em alguns deles, também é possível que o fator limitador sejam os 5 Gbits do interface USB-C, visto que um SSD NVMe é capaz de uma bandwidth muito superior a essa.

Em seguida temos uma versão mais recente do PCMark, o PCMark 8, que também simula diversos usos a nível de IO, e já é algo mais intensivo que o PCMark 7.
Logo à partida notam-se enormes diferenças a nível de Bandwidth entre os 2 SSDs e o disco mecânico. Nas aplicações de produtividade, como o Office e programas Adobe e jogos, também se pode ver como um SSD, mesmo limitado pelo interface USB, pode ser mais de duas vezes mais rápido que um disco mecânico. Por último, em jogos que já são algo antigos, o disco mecânico é completamente desapropriado para a tarefa.
Entre os dois SSDs, nota-se que o Kioxia Exceria é um pouco melhor, mas as diferenças são pouco significativas e tão baixas, que não será algo que o utilizador final note.

O teste final com os PCMarks é com a versão mais recente, o PCMark 10, que será um espelho melhor do tipo de usos nos dias de hoje, relativamente a armazenamento.
Um ponto curioso é que em dois dos três testes, os testes nunca completavam no disco rígido e esses testes falhavam sempre em altura distintas. Fiquei com a ideia que o tipo de teste era demasiado pesado para um disco rígido externo.
O segundo ponto importante é que ele mostra de uma melhor forma as diferenças entre um SSD de entrada de gama e um SSD de média gama. As diferenças são muito substanciais, mas podem não ser importantes para a maior parte dos usos que se faz com armazenamento externo.

Por último, temos uma adição recente ao 3DMark, um teste onde só é testado o sistema de armazenamento em jogos.
Mais uma vez, os disco rígidos não são apropriados, nos dias de hoje, a este tipo de uso, sejam internos ou externos.
Já entre os dois SSDs testados, volta-se a verificar que há bastantes diferenças entre os dois SSDs, mas o SSD interno não deixa de ter um bom resultado. Neste ponto, a questão já irá depender muito mais da exigência de cada jogo.

Conclusão

A conclusão deste acessório para computadores não é simples, isto porque este é um daqueles produtos que não se pode recomendar de uma forma geral, para qualquer pessoa e uso.

A questão é que de facto, este produto tem várias limitações. As principais são, não ter uma porta USB-C para dados, quando ocupa uma das portas USB-C do computador, a resolução da porta HDMI está limitada a 4K 30 Hz, a velocidade total da Dock e das duas portas USB-A está limitada a 5Gbits, quando o próprio interface SATA pode chegar a 6 Gbits e, por fim, o SSD, além de ter o limite do interface SATA e do interface USB que liga ao computador, tem uma controladora de entrada de gama, sem cache de RAM, o que pode ter mais ou menos impacto na sua performance.

No entanto, todas estas limitações, podem ser pouco importantes, para o utilizador final, dependendo muito do uso que lhe dará.

Primeiro que tudo, não se pode comparador esta Dock com Docks que são muito maiores e que muitas vezes têm mais de uma dezena de portas, visto que essas Docks, normalmente, são para um uso mais fixo, num único local, enquanto esta Dock da Beelink, é bem mais pequena e aponta para um uso mais móvel, onde por exemplo, viaja num dos bolsos de uma mochila para portáteis e não é usado de forma constante.

Em relação às limitações especificas em si, elas dependem muito se o uso desta Dock não é permanente e demasiado exigente. A falta de uma porta de dados para USB-C, pode não causar problemas, porque grande parte dos dispositivos externos, ainda são USB-A, sejam eles por serem mais antigos ou por não requererem grande largura de banda. A porta HDMI não suportar mais que a resolução 4K 30 Hz, pode voltar a não ser importante, porque ainda existem muitos monitores que só suportam 1080p ou menos, especialmente em ambientes empresariais, a limitação de 5 Gbits na largura de banda, para um uso pouco intensivo e onde não se use o SSD com outros dispositivos USB que requerem grande largura de banda, não levanta problemas e como a latência do SSD é sempre baixa, o utilizador comum, não sentirá lentidão. Por último, o SSD ter a limitação do interface SATA e uma controladora de entrada de gama, sem cache de RAM, também tem a mesma questão. Num uso simples e pouco exigente, onde apenas se copiam alguns ficheiros não muito pequenos, esta questão não se levanta. Ninguém sentirá a diferença. Num uso aplicacional ou com múltiplos acessos simultâneos, aí sim, começa-se a sentir os seus pontos fracos. Dito isto, um SSD externo será sempre um enorme “upgrade” a qualquer disco rígido externo.

É um daqueles produtos que depende muito da forma como se vai usar. Para um utilizador mais móvel e sem grandes exigências a nível de performance, pode ser um acessório ideal. Para alguém que esteja normalmente num local fixo e/ou com maiores necessidades de performance e número de portas, há produtos mais indicados.

A ZWAME agradece à Beelink o equipamento para análise.

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