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nVIDIA RTX 4090: O verdadeiro GPU 4K e altos FPS?

A nova rainha das placas gráficas chegou

  • Página 1
    • Introdução
    • Especificações
  • Página 2
    • Gigabyte RTX 4090 Windforce
    • Plataforma e metodologia de testes
  • Página 3
    • Benchmarks de jogos
    • Resumo de performance em jogos e consumo energético
    • Testes Sintéticos 3Dmark
  • Página 4
    • Testes de Produtividade
    • Conclusão

Testes de Produtividade

Renderização 3D

Testes retirados da página oficial da aplicação: Demo Files

Não há qualquer dúvida para quem use OptiX no seu pipeline que Ada Lovelace é a arquitetura indispensável no mercado profissional. Não só dá um grande salto de performance tal como também suporta utilizar as memórias em modo ECC (tal como a anterior RTX 3090 ti) para a tão desejada estabilidade necessária neste tipo de ramo (apesar de haver uma clara penalização de performance).

Se 24GB de VRAM forem suficientes então a RTX 4090 torna-se numa proposta extremamente atractiva para este mercado mas caso seja necessária mais VRAM então a solução poderá passar pela NVIDIA “Ada Lovelace” RTX 6000 com os seus 48GB de VRAM (no entanto esta memória será mais lenta que a usada na RTX 4090).

Mudar o limite de consumo da gráfica parece não surtir qualquer efeito na performance neste tipo de workloads.

Treino e inferência de redes neuronais com tensorflow

Para a realização deste comparativo foi utilizado o suite AI-Benchmark. É uma forma simples de fazer um comparativo rápido mas alertamos para o facto de ser bastante limitado e antigo.

É útil para verificar o aumento de performance bruta dos GPUs mas infelizmente não faz uso das novas funcionalidades e tipos de dados suportados por novas implementações que permitem um aumento gigantesco na performance nas arquiteturas de GPUs mais recentes.

Mudar o limite de consumo de GPU tem algum impacto ligeiro nos resultados mas dificilmente alguma vez deverá ser feito num ambiente de produção profissional.

Codificação e Descodificação de Vídeo

A nova arquitetura Ada Lovelace utilizada pela RTX 4090 trás várias grandes novidades relativamente à sua unidade de codificação (NVENC) de vídeo versão 8:

  • Suporte para codificar com o codec AV1.
  • Dupla unidade de codificação que permite codificar em tempo real resoluções mais elevadas dividindo o trabalho entre elas.
  • Também maior performance em codificação que não seja em tempo real devido à duplicação de unidades de codificação.
  • Melhor qualidade de vídeo relativamente a implementações anteriores.

Para mais informações do que mudou a wikipédia faz um excelente resumo.

Nos testes efetuados apenas foi testado codificar vídeos já no codec HEVC para o codec HEVC novamente. Claramente a RTX 4090 oferece uma performance superior e segundo testes feitos por entendidos da matéria como o youtuber EposVox o resultado final terá também melhor qualidade de imagem. Apesar da RTX 2080 ti ter melhor performance que a RTX 3090 a qualidade final do NVENC v7 usado pelas ampere é claramente superior ao NVENC v6 usado pelas turing.

A implementação do NVENC na RTX 4090 anda a ser muito bem falado e talvez se torne ferramenta essencial para todos os que lidam profissionalmente com codificação de vídeo tanto em tempo real para streaming como para exportação de vídeos de editores.

Conclusão

A RTX 4090 é claramente um salto gigantesco mudando completamente o paradigma do mercado de jogos onde resoluções 4K e ray-tracing deixam de ser impeditivos para se continuar a ter uma performance excelente para tirar partido de ecrãs mais topo de gama com resoluções 4k e altas taxas de refrescamento. É mesmo uma experiência única e transformativa relativamente às gerações anteriores.

No entanto foi possível notar em muitos jogos que mesmo nestas condições extremas muitas vezes o fator limitador passa a ser o CPU e não o GPU portanto daqui tiram-se duas conclusões simples:

  • Se for para jogar a 1440p então a série RTX 3000 talvez faça mais sentido uma vez que não se irá retirar benefício da performance extra uma vez que o CPU não o permitirá.
  • Se o PC tiver um CPU que não seja de topo então novamente não fará sentido utilizar este GPU uma vez que ficará quase sempre o limite do lado do CPU.

Em produtividade a RTX 4090 mostra-se novamente como sendo um verdadeiro monstro em performance e ainda por cima suporta ECC que facilmente se torna justificável como despesa para aumentar a produtividade da empresa/negócio. Os 24GB de VRAM poderão ser fator limitador mas como alternativa há a bem mais cara NVIDIA “Ada Lovelace” RTX 6000 com 48GB de VRAM.

Agora é tempo de falar de alguns pontos negativos que para muitos serão facilmente fatores eliminatórios:

  • O preço claramente escalou para patamares que são impossíveis para muitos ou simplesmente difíceis de justificar. Inflação do dólar perante o Euro, ainda alguns constrangimentos na logística de produção e distribuição de semi-condutores, aumento absurdo no custo de muitas matérias primas, guerra na Ucrânia, etc etc. Há imensos motivos que podem justificar o escalar de preços mas no final o que importa é se fica ou não ao alcance de compradores regulares para fins pessoais. Se for para fins de produtividade segue-se a velha máxima de que tempo é dinheiro e como tal não há muito em que pensar – a RTX 4090 é um monstro em produtividade.
  • O consumo quando não limitado pode ser exagerado para muitos e dado que estamos em plena crise energética e com aumentos do preço da eletricidade prometidos este tema começa a ser cada vez menos desprezível e poderá começar a ser um fator eliminatório para muitos. Para além disso há a questão que nem todos terão uma fonte de alimentação capaz de lidar com o consumo elevado deste GPU.
  • As dimensões de todas as RTX 4090 são efetivamente enormes e isso trás facilmente problemas de compatibilidades com muitas caixas.
  • A ligação com cabo 12VHPWR poderá ser extremamente inconveniente caso não se tenha uma fonte de alimentação com conector nativo. Problemas estéticos, gestão de cabos complicada e potencial problema de risco de incêndio quando se necessita dobrar um pouco mais a ponta. Nalguns casos será mesmo aconselhado adquirir um cabo nativo da marca da fonte de alimentação assim que estejam disponíveis.
  • Curiosamente a nVIDIA decidiu não incluir suporte para o novo padrão VESA Display Port 2.0 e continua a usar a já antiga versão 1.4. Tanto a Intel com as placas gráficas ARC como a AMD nas placas rdna3 a serem lançadas no próximo mês vão ter suporte para o novo standard o que lhes dá garantias de maior longevidade. Com monitores de 500Hz já anunciados não sabemos até que ponto DSC (display stream compression – método de compressão de dados sem alterações visíveis na imagem) vai conseguir acompanhar futuros monitores.

Finalmente é importante relembrar que daqui a algumas semanas iremos ter a apresentação da resposta da AMD que ainda não se sabe ao certo que competição trará. Talvez seja melhor para muitos esperarem pelas análises da nova geração da AMD antes de mergulharem na arquitetura Ada Lovelace da nVIDIA.

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