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Distribuições de Linux Portuguesas

OpenXange 2010.10

http://openxange.com/

E agora, algo completamente diferente.

Cheguei a esta distribuição um pouco por acaso. Tenho ideia que esta distribuição já teve o nome de Vixta e como o nome indicava, tentava clonar o ambiente do Windows Vista. Também tenho ideia que na altura percebi que a distribuição era feita em Portugal.

Fui à procura e verifiquei que o projecto tem actualmente o nome de OpenXange e de facto é feito em Portugal, tanto pelos contactos do site, tanto pela empresa que está por de trás do projecto, Serdigital, que está em Braga. De referir que tanto o site da distribuição, como da empresa, não me impressionam. Especialmente o da empresa, parece ser feita por amadores e com lacunas de informação. Mas o que é facto é que eles têm um portfolio e por isso tenho que respeitar o trabalho já efectuado.

Quanto à distribuição em si, pelo menos os screenshots do site parecem interessantes, apesar de mais uma vez dizer que não gosto de KDE. Mas pelo menos este KDE parece um pouco costumizado.

Duas notas que acho importantes. A distribuição não me parece estar morta, bem pelo contrário. A última versão estável é do fim deste ano e a última beta, já para 2011, tem menos de 30 dias. Isso é bom de ver. A outra nota é que a última versão estável é baseada em Fedora 13 e penso que a beta deve ser baseada no 14. Tenho sentimentos contraditórios em relação ao Fedora. Por um lado gosto muito de Red Hat/CentOS, pela sua estabilidade e uso, o que também se pode aplicar ao Fedora, por outro lado, o Fedora é a versão beta da Red Hat, com lançamentos muito rápidos e sem qualquer versão com suporte a longo termo.

Dito isto, vamos dar uma olhada por esta distribuição.

A distribuição é um livedvd com 1.4 GB, o que neste ponto já faz diferença em relação ao Fedora, que costuma ter só livecds. Isto indica logo que por default deve conter mais software instalado.

No fim do boot do livedvd, é mostrado o desktop com KDE 4, um pouco modificado e a nível visual, acho que está bem conseguido, especialmente os icons no desktop.

A barra acho que tem coisas a mais, mas não é grave.

Mais uma vez, a instalação não tem nada de novo. Quem conhecer a instalação do Fedora por livecd, vai estar nas sete quintas, pois parece-me exactamente igual.

Como é tradicional no Fedora, no final da instalação, temos um menu com várias configurações. Um ponto a menos. Não consegui activar o serviço de ntp, pelo que me parece, porque o pacote não foi instalado. É uma falha um pouco grave.

Acho o tema de login muito bonito e é por isso que coloquei aqui a imagem. Sem ser o installer, é quase difícil de dizer que estamos perante um Fedora. Sinal positivo para todas estas modificações.

No entanto a linha de comandos não engana. É como o algodão. Estamos mesmo perante uma distribuição baseada em Fedora 13.

Algo interessante na parte dos repositórios. Tem os do Fedora, mas também tem os da rpmfusion, o que me indica que parte da distribuição é baseada nestes repositórios e que o suporte multimédia também deve ser bom, ao contrário do Fedora.

Como estava à espera, há umas centenas de pacotes para actualizar. Durante esse tempo reparei também que o KDE é a versão 4.4.5, pelo menos antes dos updates. Mesmo assim, é uma versão recente.

Coloquei estes écrans só para dizer que acho extremamente mau o menu do KDE 4, em que uma pessoa tem que andar de tab em tab e de setas em setas. Horrível.

Pelo menos, não tem demasiado software instalado por default e por isso a navegação torna-se mais fácil.

A versão do OpenOffice é a 3.2 e por isso bastante recente.

Gosto do uso do Dolphin, que acho que é uma das áreas onde o KDE melhorou. O Konqueror era uma enorme confusão. O Dolphin é simples, fácil de utilizar e com informações úteis sobre os ficheiros.

Algo bastante estranho. Quando se carrega na pasta de docs, somos redirecionados para “mail.serdigital.com”, onde não se acede de forma anonima. Não percebo este redirecionamento.

O KpackageKit é usado como frontend para instalação de software, que apesar de não estar nesta imagem, pareceu-me fácil de usar.

E aqui uma grande surpresa. Não sei se é por ter o rpmfusion nos repositórios, mas depois de efectuado todos os updates, estava com o KDE 4.5.3, que tem mais algumas funcionalidades e, como os olhos também comem, acho que é mais bonito.

É bom ver que o Firefox está actualizado na sua última versão.

E depois dos updates, a distribuição, pelo que me pareceu, manteve toda a sua consistência, mesmo com upgrades importantes de alguns pacotes. Não vi qualquer erro ou falha.

Por último, dizer apenas que o OpenXange foi uma agradável surpresa. Tem algumas (poucas) arestas a limar, está bastante modificado do que é o Fedora “tradicional”. Não inclui demasiado software e pareceu-me estável. Além de tudo isto, não me parece que a distribuição esteja morta. Alias, parece-me que pelo menos publicamente, está em desenvolvimento constante, o que é muito agradável de ver, tendo em conta outros exemplos que passaram por este artigo.

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