Visto por fora, características
Primeiro, a “casca”. É certo que dificilmente voltaremos a ver a embalagem de transporte do equipamento, mas creio que merece um pouco de atenção.
O conteúdo é bastante restrito: documentação; um carregador por Micro-USB; um cabo USB/Micro-USB; uns phones in-ear que se ligam com um jack normal de 3.5mm e que possuem um botão de controlo a meio do fio; e o equipamento móvel, como seria de esperar.
Sendo este um dispositivo em que a interacção é feita na esmagadora maioria do tempo por um ecrã táctil (estraguei alguma surpresa?) esperava neste cabaz a inclusão de um pano suave para limpeza; infelizmente isso não acontece.
Desloquemos, sem mais demoras, a atenção para a nossa estrela.
O ecrã táctil Super AMOLED de 4 polegadas com uma resolução WVGA de 480 por 800 pixels é o principal elemento na frontal; mais à frente falo com maior detalhe sobre este componente.
Temos acima do ecrã o auscultador, ao centro, com sensores que passam facilmente despercebidos à sua esquerda, e uma câmara VGA à direita — esta que passa bem menos despercebida.
Ainda na frontal, abaixo do ecrã, podemos notar três teclas: duas capacitivas e uma mecânica. As primeiras, colocadas nos extremos da linha, são teclas que não têm qualquer componente mecânica, significando isto que basta existir contacto entre o dedo e o vidro para que estas sejam activadas. A da esquerda é a tecla de menu; a da direita é a tecla de retrocesso, para navegação no sistema Android. Ambas as teclas iluminam-se se tocarmos numa qualquer delas.
Entre estas temos a tecla mecânica para nos levar à primeira página do menu principal.
O dispositivo tem ainda mais três botões ao todo. Um deles, para ligar e desligar o smartphone, está localizado na lateral curvada à direita do ecrã, localizado a cerca de 3,5 centímetros do topo. É um pequeno botão posicionado onde o dedo indicador da mão esquerda ou o polegar da mão direita caem de forma natural.
Os outros dois botões estão juntos no lado oposto, à esquerda. São botões cuja funcionalidade é controlar o volume, seja o som de sistema (que no limite mínimo é inexistente e é substituído por vibração) no altifalante ou o som do auscultador em chamada.
No topo estão duas portas de conectividade: um jack de 3.5mm para ligar auscultadores; e uma porta Micro-USB. Esta última é protegida por uma simpática tampa deslizante — um pormenor que valorizo bastante não só por uma questão estética, mas principalmente por uma razão de protecção do componente.
A ligação Micro-USB permite naturalmente transferencia de dados mas é também por esta que a alimentação da bateria é feita. Pessoalmente creio que a sua localização no topo é bem escolhida, em vista a não atrapalhar a utilização dos botões na parte inferior da frontal.
No bordo inferior — para completar esta volta — temos apenas um microfone e uma ligeira indentação para levantar a capa traseira.
Não posso deixar de notar o aviso no manual “Tenha cuidado para não danificar as suas unhas ao remover a capa traseira” (tradução livre) — eu não espero danificar as unhas ao remover uma capa plástica, tenho receio é que o contrário aconteça! Felizmente nenhum dos casos aconteceu.
Para acabar a revisão, falta-nos visitar a traseira: aqui podemos encontrar a câmara de 5MP (2592 × 1944 pixel, filme a 720p a 30fps), e os furos do altifalante.
O padrão presente em toda a capa mostra-se quando existe reflexão de luz mais forte, estando sob o logotipo da marca, e a inscrição “with Google™”. Existe um pequeno “queixo” no fundo da traseira que auxilia a segurar o Galaxy S na mão.
Uma breve nota quanto à textura em geral do telefone: Pareceu-me demasiado escorregadio. Muitas vezes dava por mim a segurar este equipamento com alguma força de forma a ter a maior certeza que não me iria escapar da mão — e nunca tinha a certeza quando isso podia acontecer.
Retirando a capa traseira temos acesso ao local onde se coloca o cartão SIM e o cartão MicroSD (que também não é incluído neste pacote). São reconhecidos cartões MicroSD SDHC (ou seja, até 32GB).
De notar que é possível retirar o cartão MicroSD sem retirar a bateria.
Aqui também temos a bateria de litio, de 1500mAh.
Características interiores
O Galaxy S tem um processador ARM Cortex A8, à velocidade de relógio de 1GHz. Possui 512MB de RAM e, no caso desta unidade, 16GB de armazenamento (existe a opção de 8GB).
É um dispositivo Quad-band, e possui ligação 3G HSDPA a 7.2Mbps e HSUPA a 5.76Mbps. A ligação Wi-Fi é 802.11g/g/n.
Ainda vem equipado com Bluetooth 3.0, que permite transferencias mais rápidas por um canal em protocolo 802.11.
Conta também com um receptor de rádio FM.
É incluído ainda um receptor GPS (com suporte para A-GPS) e bússola digital; este conjunto permite um leque variado de aplicações de “realidade-aumentada”.
Outro sensor incluído é o, já habitual, acelerómetro.
Software
O Galaxy S trás como sistema operativo base o Android 2.1, Éclair. A Samsung estará a preparar um lançamento com a versão actual (à data da escrita desta análise), Android 2.2, Froyo.
Esta versão de Android vem modificada com o software TouchWiz 3.0. É uma modificação não muito profunda no interface do sistema operativo, que se torna bastante agradável de usar.
Vem também incluído com um conjunto de software para leitura de e-book, redes sociais, produtividade, reprodução de média e realidade aumentada.
Destaco ainda a inclusão do Swype como método de introdução de texto, que falarei mais à frente.