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Análise Samsung Galaxy S

Swype

Com o desaparecimento dos teclados em equipamentos apenas com um ecrã táctil a solução arranjada foi simular um teclado no ecrã. Esta estratégia tem as suas vantagens e desvantagens: deixa de haver limitação no esquema de teclado, bem como é possível ter qualquer tipo de teclado; mas perde-se geralmente uma resposta mecânica do dispositivo ao escrever, resposta essa que temos com um telefone com teclado real e com computadores, entre outros; ainda se perde alguma velocidade e precisão, pois deixa de haver um guia não-visual da localização das teclas.

Uma das funcionalidades incluídas com o Samsung Galaxy S é o método de introdução de texto Swype.
Este teclado permite ao utilizador usar gestos para escrever palavras: começa-se por colocar o dedo na tecla correspondente à primeira letra, e arrasta-se o dedo no ecrã de forma a passar, por ordem, pelas outras letras que formam a palavra; ao chegar à última levanta-se o dedo.

Eu já tinha lido sobre este sistema de introdução de texto antes, o Swype não é o único, apesar de ser possivelmente o mais conhecido.
Nunca confiei muito na precisão de um sistema em que a escrita é feita por passar o dedo por cima de diversas teclas, e que “magicamente” descobre o que queremos escrever. Parecia-me bastante improvável que funcionasse bem.
Estava enganado. O Swype é, acima de tudo, preciso. Melhor ainda, não requer que eu tenha precisão para acertar nas teclas que formam a palavra — e eu aproveitei-me muito desta capacidade — conseguindo na maior parte das vezes descobrir com certeza qual a palavra que quero escrever.

Quando o sistema não tem uma alta certeza da palavra que queremos inserir é mostrada uma lista de palavras, com a palavra mais provável no topo — e no caso de estar certa é possível ignorar a lista e essa palavra é adicionada de imediato.
O dicionário é vasto em Português e em Inglês e aprende facilmente: Se não reconhecer uma palavra que estamos a tentar escrever, basta ao utilizador escreve-la manualmente e é adicionada ao dicionário. A vantagem é clara, pois requer um mínimo esforço; mas a desvantagem aparece quando escrevemos palavras que não queremos realmente que sejam adicionadas (tal como um erro propositado), mas que por não haver qualquer pergunta pelo Swype são adicionadas.

Exemplo de escrita no teclado Swype, a acabar a escrita da palavra "ZWAME".
O ecrã ao acabar de escrever "ZWAME": a linha forma o caminho por onde o gesto passou recentemente.

Não referi antes, mas a vantagem do Swype para o teclado virtual convencional é mesmo a velocidade de escrita. É possível ser bastante eficiente a escrever texto com este novo método de introdução, e é nestas inovações que um teclado virtual consegue mostrar a sua vantagem perante um teclado físico.
Pessoalmente consegui escrever muito — muito mesmo — mais rapidamente no Swype quando comparado com o teclado convencional.

Este método de introdução não é activado por omissão, apesar de isto ser fácil de fazer. Ao activar na primeira vez é apresentado um guia cuja leitura é recomendada de forma a perceber como se faz a introdução de palavras com maiúsculas inesperadas, formas pronominais reflexas (-se, -lhe, -me, etc…), entre outras.

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