O iPad mini na atual geração vem equipado com o mesmo SoC, ou dito de forma mais simples mas incorreta, processador que os atuais iPhone 13 Pro e iPhone 13 Pro Max. Esta frase resume bem o poder computacional que este iPad possui, com um écrã de dimensões muito superior, de qualidade inferior, mas mais cómodo para um sem número utilizações se removermos da equação a portabilidade, que é menor.
Mas antes de nos adiantarmos vamos ver o que adquirem.
Como já nos habituou a tampa superior mostra uma imagem em tamanho real do equipamento.
Caixa minimalista que é imagem de marca e facilmente reconhecida em qualquer lado.
Na parte posterior as letras pequenas. Como podem ver a opção foi pelo equipamento mais barato. Modelo com SIM não faz sentido quando se pode fazer hotspot com o smartphone e o armazenamento, a opção é apenas 64GB e 256GB. O salto é enorme mas é também no preço, e com tantas opções de cloud, inclusive da Apple, pessoalmente foi uma escolha simples.
O iPad mini vem logo por cima apenas protegido por um papel, pelo que tenham cuidado a abrir a caixa.
Por baixo do iPad a documentação.
O iPad mini não se limita a trazer um cabo USB-C mas vem também com o carregador que é de carregamento rápido. Aqui a Apple não fez nenhum atalho. O carregador é de 20W carregando rapidamente o equipamento.
A Apple não ganha nenhuma patente com o design frontal… De qualquer forma, o ponto muito positivo é a ausência de qualquer notch. A moldura do ecrã faz todo o sentido, porque caso contrário, dificilmente não colocaríamos os dedos sobre o mesmo. A localização da câmara frontal continua a ser motivo de discussão. Pessoalmente, também me parece fazer sentido que seja colocada na lateral vez de estar no topo, mas a Apple pelo menos com a funcionalidade Center Stage (Enquadramento Central) reduziu de alguma forma o defeito mas não o resolveu completamente. As laterais são completamente direitas, em vez de arredondadas ficando o equipamento em pé se quisessem, o que não recomendo. Pessoalmente gosto do formato, mas dito isto, a capa é obrigatória para proteger o investimento.
No topo temos o botão de power que tem a dupla função de desbloquear o iPad com Sensor Touch ID. Funciona muito bem e sinceramente não sinto falta de Face ID. As colunas que também existem no lado oposto são responsáveis por um som surpreendente pela positiva em volume e qualidade. Não sendo audiófilo abstenho-me de tecer grandes considerações sobre o assunto. A localização dos botões de volume, acaba por ser estranho, em particular porque pelo menos no meu caso acabo por usar o iPad muito mais em modo “landscape”, mas atendendo a que o Apple Pencil ocupa a totalidade da largura do iPad mini não havia outra opção que não colocar os botões na lateral.
No lado superior temos o conector magnético e nos modelos com suporte para cartão SIM também fica neste lado a ranhura para inserir o cartão. O conector magnético permite que o Apple Pencil, neste caso o modelo de 2ª geração possa carregar e ficar sempre fixo ao iPad.
O lado inferior tem duas colunas de som e o conector USB-C, não é Thunderbolt. É de qualquer forma positivo e fica mais confuso que os novos iPhones continuem com Lightning. É uma pena que a transição para USB-C esteja a demorar tanto tempo.
A traseira não tem nada surpreendente. A câmara é uma grande angular de 12 MP com uma abertura de f/1,8, a objetiva tem 5 elementos e tem estabilização automática da imagem. O Flash tem True Tone e é constituído por 4 LEDs.
Tinhamos o ecrã retina agora temos o ecrã gelatina
Não há como contornar este facto e por mais que a Apple diga que não há qualquer problema, ele existe e é simples de reproduzir. Aparentemente tem a haver com o posicionamento da motherboard e com o iPad mini em modo “Portrait” se fizerem “scroll” rapidamente vão ver que a imagem se arrasta da esquerda para a direita. Na esquerda é mais rápida e à medida que as linhas andam para a direita vai ficando mais lento e é incomodativo. No modo “landscape” não incomoda e é o modo em que mais utilizo o iPad mini mas devia ter sido resolvido. É isso que se espera da Apple.
Se escrevesse isto nos primeiros dias depois de ter adquirido o equipamento a opinião seria muito mais negativa. Não sei se me habituei, se pela forma forma que utilizo não me faz grande diferença atualmente. Mas incomoda-me que algo desta dimensão tenha passado.
Um iPhone gigante
Este é o ponto que me parece mais interessante. Todos nós nos confrontamos com a necessidade de ter um dispositivo bastante móvel, com autonomia e que permita consumir media, ler, estar em videoconferência, atender chamadas etc. Em casa ou no escritório o iPad mini pode substituir quase a 100% o iPhone.
Nos casos em que a parte de fotografia não é muito importante, diria que pode adiar o upgrade do iPhone por um ou dois anos. O preço não é propriamente acessível, mas quando compramos o mesmo processador que está nos iPhones atuais e juntamos a isso a longevidade de updates que a Apple nos habituou o valor está lá. O maior elogio que posso fazer é que passei a esquecer-me do iPhone e a usar o iPad mini quase em exclusivo em casa. O cenário seria igual num escritório. A vantagem nas dimensões do ecrã são enormes para efectuar um sem número de tarefas.
Infelizmente passam os anos e a sensação mantém-se. O hardware no iPad é superior ao que o iPadOS continua a permitir. O multitasking está muito mais simples na última versão mas não depende só da Apple. Há aplicações que simplesmente não funcionam sem ser em ecrã completo o que prejudica algum potencial.
Um ponto que nada tem a haver com o equipamento mas que seria interessante ver era a opção de multi utilizador. Com o Touch ID deveria ser transparente poder mais do que uma pessoa fazer login na sua conta Apple ID e ficar a trabalhar. Mas resta-nos sonhar por esse dia.
Em breve mostrarei a capa que tenho utilizado.
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