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Raspberry Pi: Overclocking

Conclusão

A conclusão vou dividir em duas partes. Primeiro vou falar do overclocking e depois do Raspberry Pi no geral.

É estranho termos um computador completo na palma da mão que ficamos a conhecer que pode ser usado para overclocking. E não é um overclocking simples só de um parâmetro. Se formos editar o ficheiro config.txt manualmente, existem quase uma dezena de partes onde podemos fazer overclocking.

Para jogar pelo seguro, no meu caso, usei os presets colocados à disposição, mas por exemplo o processador pode ir até 1150 MHz.

Overclocking no Raspberry Pi faz todo o sentido.
Num sistema x86 actual, com um Ivy bridge, por default já é rápido o suficiente para a maior parte das pessoas, por isso fazer overclocking não tem sido a primeira prioridade na maior parte dos casos.
É verdade que existem versões com o multiplicador desbloqueado, mas essas mesmas versões já são processadores de topo e não processadores mais fracos, onde se pode aumentar em muito a performance.
O Raspberry Pi é sem dúvida um computador relativamente lento, se o compararmos com os actuais computadores e por isso faz sentido overclocking, sabendo nós que é algo muito barato e que consome muito pouco, tanto em default, como com overclocking.
Além de tudo mais, é um overclocking “útil”. Faz lembrar um pouco os tempos em que todos os computadores eram lentos e fazer overclocking colocava um pequeno sorriso em cada uma das pessoas que o faziam.

De referir que o overclocking no Raspberry Pi está limitado a 85 graus de temperatura do core, mas lendo as temperaturas, ele não chega nem perto desse valor, mesmo em full load.

Quanto ao overclocking em si, acho que podemos chegar a duas conclusões.
Primeiro, que os ganhos normais andam por volta dos 50%, usando o turbo a 1GHz. Pelo que tenho visto, a maior parte dos Raspberry Pi chegam a esse valor sem problemas e muitas vezes nem é preciso +6 de voltagem.
O segundo ponto é que ele é muito fraco em cálculos com vírgula flutuante. No entanto, poucas pessoas vão usar este dispositivo para esse fim.

Quanto ao Raspberry Pi no geral. É algo barato, pequeno e com muitas potencialidades.
Nele, pode-se correr uma distribuição completa de Linux, sem grandes problemas. Usando aplicações leves, é perfeitamente possível usa-lo como desktop.
A memória RAM nos primeiros era mesmo muito limitada, com os seus 256 MB de RAM, mas esta última versão, com 512 MB levanta um pouco essa limitação.

O Raspberry Pi pode ser usado para muita coisa. Para se aprender Linux, para projectos pessoais, para se iniciar no mundo da programação, para uma criança se iniciar no mundo dos computadores e mesmo para overclocking.

A maior parte das distribuições Linux ainda não estão completamente optimizadas para sistemas ARM e por isso ainda há alguma performance a ser ganha de futuro.

Além de tudo isto, é algo completamente geek de se ter e para um verdadeiro geek é um must. Nele pode-se experimentar quase tudo. Por exemplo, o Raspbian, distribuição oficial, tem mais de 35 mil pacotes de software que se podem instalar e foi anunciado à pouco tempo a store, onde facilmente se podem instalar aplicações e onde elas se evidenciam.

Por último, é algo muito divertido e penso que este é o aspecto mais importante.
No dia a dia, leva-se cada vez mais os computadores para o lado sério das coisas e depois há a chatice de os ter que manter. Ou é o anti vírus, os updates, a funcionalidade que deixou de funcionar, etc.
No Raspberry Pi, somos quase completamente livres. Se estragarmos a parte de hardware, sabemos que ele não foi caro. Do lado de software, se estragarmos, coloca-se uma nova imagem numa questão de minutos e está o problema resolvido.

O mais importante é no fim de tudo, tirar algum prazer de cada Raspberry Pi.

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