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Análise ao Cooler Master Xornet II

A Cooler Master é uma marca de sólida e de forte presença no mercado português, operando com bastante sucesso nas áreas de componentes e periféricos para PC, onde proporcionam soluções de destaque no mercado low/medium-end.

Recentemente, a marca tem vindo a renovar o seu investimento no mercado de periféricos, tendo feito renascer a procura de switches mecânicos topre com o teclado Novatouch TKL, e agora, o refresh a dois ratos gaming já com bastante história, o Xornet II e Sentinel III.

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Hoje teremos em análise o CM Xornet II, modelo que sucede a um dos ratos mais bem sucedidos da marca, um que dominou o mercado na área sub-20€ de design compacto e relativamente sóbrio.

Especificações

  • Model Number: SGM-2002-KLON1
  • Grip Type: Claw
  • Material: Plastic / Rubber
  • Color: Black
  • LED Color: RGB
  • Sensor: Avago 3320 Optical Sensor
  • CPI / DPI: 3 Levels and up to 3500 DPI setting
  • Tracking Speed: 80 IPS/20g
  • Lift Off Distance: < 3mm
  • Polling Rate: 1000 Hz / 1 ms
  • Angle Snapping: NO
  • Mouse acceleration: 20 g
  • Programming Profiles: Not Available
  • On-board Memory: 8KB
  • Programmable buttons: 7
  • Connector Cable: USB 2.0
  • Cable Length: 1.8 Meters
  • Dimensions (L x W x H): 105.4 x 76.6 x 37.2 mm
  • Weight: 132 g 
  • Weight (without USB Cable): 80 g

Embalagem e Conteúdo

Nada há a apontar à caixa do CM Xornet II, a mesma é bastante banal e de perfil utilitário.

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Trazendo a tradicional imagem do rato na frente, vemos também o branding da marca, linha e produto em prateado refletor, bem como o selo a indicar que o modelo chega com iluminação RGB. Esta frente é também uma janela, que quando aberta (presa por 2 aplicações de velcro), permite ver o rato, que se encontra protegido pelo normal plástico transparente.

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As laterais da caixa trazem informação para o contacto com a marca, bem como a hiperligação da página de produtos gaming da Cooler Master.

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Atrás encontram-se listadas algumas das especificações e funcionalidades mais importantes do produto, em 7 línguas diferentes (sem português), e agrupadas com algumas imagens do mouse.

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No interior da caixa chega somente o rato e um manual, o qual inclui todas as informações que já se encontravam impressas na caixa, com o alguns extras acerca do processo de garantia.

Em Detalhe

O CM Xornet II apresenta um design muito peculiar, herdado da geração anterior (Xornet e Spawn), e que se pauta por ser indiscutivelmente compacto e propício a claw/fingertip grip.

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shell, apesar de manter o mesmo formato e dimensões, vem agora num diferente tipo de plástico e com um branding muitíssimo sóbrio por parte da marca, tentando nunca fugir aos tons de negro, nem com o logo que se encontra na parte de trás. O plástico é finamente texturado e, por isso, bastante agradável e adequado a um grip seguro. Ambas as laterais possuem aplicações de borracha, com estrias diagonais, sem vestígios de cola e são por isso tanto agradáveis ao toque como à vista.

O formato destro continua a ser incrivelmente agradável para utilizadores do modo claw/fingertip, adapta-se muitíssimo bem à mão, mas para tal costuma ser necessário um período de habituação, mesmo para utilizadores de mãos pequenas. Note-se que a distância do início da palma da minha mão até à ponta do dedo do meio, ronda os 18~18.5 cm.

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No que toca a feedback, começando pelos botões M1 e M2, temos o tradicional clique de switches Omron, bastante leve, audível e até certo ponto débil, tal é o inevitável problema de clique duplo ao fim de cerca de ano e meio de uso intensivo. Em cima, temos os dois botões de alteração do nível de DPI com um clique bem mais leve do que deveriam apresentar dado o seu posicionamento. O problema vem já da primeira geração do Xornet, onde durante situações mais intensivas, especialmente em jogos FPS, é relativamente fácil clicar num desses botões, alterando a sensibilidade do rato em momentos inadequados. Em contracorrente, temos a scroll wheel, a qual sofreu uma alteração muito positiva, apresentando agora um formato que tem vindo a conquistar o mercado, formato esse que sempre foi característico dos ratos da Razer. O feedback é agradável, sólido e levemente marcado.

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Por último, temos os dois botões laterais, os quais apresentam um clique relativamente pesado para a sua função, dado que o posicionamento dos mesmos já garante que não sejam pressionados acidentalmente, uma vez que o polegar tende a repousar na zona de borracha abaixo.

Quanto ao sensor, para esta edição foi escolhido o PMW3320 um sensor francamente superior ao anterior A3050, mas muito dependente do firmware desenvolvido pela marca. O seu principal problema é a malfunction speed relativamente baixa, a rondar os 3 m/s, mas tal valor costuma ser muito difícil de alcançar, especialmente em jogos que não FPS. Além disso, o sensor do Xornet II encontra-se melhor posicionado, exatamente no centro da largura do rato.

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O desenho dos skates não é fantástico, especialmente quando falamos em compatilibidade e facilidade de substituição, no entanto cumprem bem a sua função, garantindo um deslize suave. O cabo USB mede 1.8 metros, comprimento mais do que suficiente, no entanto não é sleevado, fator que poderá apresentar problemas a longo prazo. Não obstante, tendo em conta que se trata de um rato de apenas 30€, não seria de esperar outra coisa.

Software

Apesar da Cooler Master ter disponibilizado suporte contínuo à primeira edição do Xornet através de sucessivos updates do firmware do mesmo, o rato nunca chegou a ter software próprio, ao contrário do mais caro Spawn.

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Para além das funcões básicas predefinidas, o software não disponibiliza a opção de criação de macros, funcionalidade de grande utilidade quando o equipamento que contra se trata de um rato ou de um teclado.

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Mais opções básicas que constam de qualquer software deste tipo.

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Configuração do modo de iluminação e cor da mesma para os três steps predefinidos de DPI.

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Opções básicas relativas ao sensor.

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E por último, as páginas de suporte e de alteração de idioma, sendo que a primeira é de duvidosa utilidade, enquanto que a segunda já não o fosse, caso efetivamente fosse capaz de alterar a linguagem do software. De todas as vezes em que tentamos alterar a linguagem para “Portuguese”, nada aconteceu depois de pressionado o botão “Apply”, muito menos quando reiniciamos o programa.

Considerações Finais

O CM Xornet de primeira edição conquistou o mercado pelas suas relativas boas especificações, para um preço que rondava os 18€ em lojas portuguesas. A nova iteração da marca a este mouse posiciona-o num segmento de mercado diferente, próximo do antigo Spawn, com qualidade de construção melhorada, assim como uma mais inteligente escolha de materiais e estética, mas sem dúvida alguma, com o mesmo formato compacto que veio a preencher uma lacuna no mercado.

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Com este sensor e formato, temos aqui um ótimo rato para utilizadores que procuram uma solução para uso normal de escritório e jogos do género RTS e MOBA, mas distante do que seria ideal para FPS. O comprimento em falta é capaz de ser demasiado para a maioria de jogadores de FPS. Tendo jogado mais de 20 partidas de League of Legends com o mesmo, posso avançar que fiquei super satisfeito com a performance do rato, sem ter notado qualquer problema a nível de precisão. O rato é pequeno, o que ajuda bastante à sua mobilidade em jogos onde praticamente temos que levar o ponteiro a todos os pontos do ecrã, ao contrário de FPS, onde os movimentos são muito mais tendenciosos.

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Ao nível do conforto, o CM Xornet sempre foi um dos meus ratos favoritos para claw/fingertip grip, desde logo o achei muito afável à mão, especialmente com a lateral direita para repouso simples dos dedos anelar e mindinho. A sessão mais longa de utilização que tive durante os testes foi de cerca de 7 horas, com cerca de 5 horas de jogo, onde nunca senti cãibras ou qualquer tipo de fadiga/desconforto.

No final, temos um rato que puxa algum do legado do primeiro Xornet, mas que na minha opinião se acerca mais do CM Spawn, quer seja pela performance do seu sensor, quer seja pelo seu preço. O visual sóbrio, o upgrade às borrachas, scroll wheel e sensor, e o  formato que colmata uma lacuna do mercado, levam a que não tenhamos outra opção que senão recomendar o Cooler Master Xornet II, especialmente quando ocupa a posição dos ~30€, orçamento para o qual as lojas ainda se encontram bastante despovoadas.

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A ZWAME agradece à Cooler Master a disponibilidade do equipamento para análise.

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