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Guia de compra: Fontes de alimentação

A fonte de alimentação é um componente importantíssimo em qualquer sistema. É ela que transforma, filtra e condiciona a energia a ser fornecida a todos os componentes.

Infelizmente, um erro comum passa por poupar na fonte de alimentação, investindo em modelos de qualidade duvidosa. Este é componente onde não se deve poupar. Fontes de fraca qualidade afectam negativamente a estabilidade dos sistemas e podem até por em causa a sua longevidade.

Adquirir uma fonte de qualidade é o primeiro passo para garantir a performance, estabilidade e longevidade do sistema.
Independentemente de se optar, ou não, por uma das nossas recomendações, fontes extremamente baratas que digam oferecer mais de 10W por cada € que custam são de evitar.

Um outro erro muito comum na escolha de uma fonte passa por olhar apenas para a sua potência anunciada. Watts não são garantia de qualidade. Muitas vezes nem sequer correspondem à verdade. Existem boas fontes de 350W e péssimas fontes de 850W.

Por fim, é habitual os utilizadores sobrestimarem as necessidades de alimentação dos seus sistemas, optando por fontes piores que anunciam potências superiores ou gastando dinheiro desnecessariamente. Em caso de dúvida, nada como consultar a nossa comunidade!

Os principais aspectos a ter em conta para a escolha de uma fonte são:

  • Eficiência: uma fonte mais eficiente permite poupar energia e consequentemente dinheiro. Mas é necessário saber encontrar o ponto de equilíbrio já que muitas vezes pequenos incrementos de eficiência implicam um sobre-custo na aquisição da fonte que simplesmente não compensa o ganho. As certificações 80Plus garantem níveis mínimos de eficiência e permitem distinguir as fontes mais eficientes de maneira relativamente simples. Fontes com estas certificações também costumam cumprir um mínimo de qualidade, embora isto deva ser levada apenas como indicação geral e não como uma garantia.
    Chamamos a atenção para o facto de muitos fabricantes reclamarem para si grandes eficiências, quer com palavreado de marketing, quer com símbolos e “certificações” próprias, sem que as fontes sejam efectivamente certificadas pela 80Plus. Exemplo:


Os utilizadores mais atentos podem usar o emprego destas tácticas para identificar fontes a evitar, já que fontes que não merecem a confiança dos seus fabricantes para serem submetidas a certificação independente, também não deverão merecer a confiança dos consumidores.

Modularidade dos cabos

Fontes modulares permitem ligar apenas os cabos necessários a cada sistema, facilitando a gestão e o arrumo do interior das caixas. Fontes totalmente modulares permite a remoção da totalidade dos cabos, enquanto as semi-modulares têm normalmente os cabos mais comummente utilizados soldados e permitem a remoção dos restantes.

Ventilação passiva e semi-passiva

Para quem preza o silêncio acima de tudo encontra no mercado algumas fontes sem ventoinha, vulgo, passivas. Estas fontes são, no entanto, bastante caras em comparação com modelos convencionais, e têm níveis de potência mais limitados.  Um outro tipo, cada vez mais comum, são as fontes semi-passivas. Estas fontes trabalham em modo passivo quando a carga é menor, apenas ligando a ventoinha quando o sistema exige mais energia delas, numa altura em que a maior fonte de ruído já deverá estar nos dissipadores do CPU e/ou GPU. São, quanto a nós a solução mais interessante para quem procura fontes silenciosas, já que, além do menor custo, não abdicam de potência ou longevidade.

Tamanho/Formato

A grande maioria das fontes no mercado são do formato ATX, e deverão ser, à partida, compatíveis com qualquer caixa ATX convencional. Existem, no entanto, algumas fontes mais compridas que o normal, particularmente entre os modelos de potências mais elevadas. Nestes casos convém verificar previamente a compatibilidade com a caixa pretendida antes da compra.
No que toca a caixas de pequeno formato, como as orientadas a sistemas mini-ITX, os cuidados terão de ser redobrados, já que muitas, apesar de suportarem fontes ATX, apenas suportam as mais compactas entre estas, com profundidades mais reduzidas. Outros factores, como os conectores das fontes modulares, também podem afectar a compatibilidade.
Para contornar este problema, formatos compactos de fontes foram introduzidos, sendo o mais popular o SFX. Inicialmente, fontes neste formato eram um pouco limitadas em potência, mas hoje encontram-se modelos ao nível das ATX em praticamente todos os aspectos, com potências a chegarem aos 700W. Muitas das caixas mais compactas já só aceitam fontes deste formato.

Extras

Algumas fontes possuem extras, como monitorização em tempo real de parâmetros eléctricos ou a inevitável iluminação RGB. Cabe a cada um decidir a sua relevância para si.

Passemos às nossas sugestões:

ATX:

Quando o orçamento é realmente apertado, a Corsair VS450, por 40€ e a XFX XT400, por 45€, são opções que cumprem os padrões mínimos de qualidade, capazes de entregar a potência que anunciam e com boa eficiência. A Corsair oferece um pouco mais de potência nos 12V (400W vs 360W), enquanto a XFX consegue ser um pouco mais eficiente (80Plus bronze vs 80Plus simples).
Estas são fontes que não comprometem e que se adequam perfeitamente aos sistemas mais básicos e comedidos nos consumos, mas havendo um pouco de margem, recomendamos vivamente o salto para o escalão seguinte, onde a qualidade de construção é já significativamente superior por um acréscimo de preço relativamente reduzido.

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XFX TS 550 BronzeSeasonic S12ii 520W, 65€: duas opções de excelente relação qualidade preço, que se afiguram como a solução ideal para a grande generalidade dos sistemas. Ambas as fontes oferecem 5 anos de garantia e possuem certificado de eficiência 80Plus Bronze.

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Seasonic S12ii 620W, 80€: Uma fonte de reconhecida qualidade, com 5 anos de garantia e capaz de lidar com qualquer sistema com um único GPU, por guloso que este seja. Quem não necessitar de tanta potência, encontra pelo mesmo valor a Seasonic M12ii Evo Edition 520W, uma versão modular da S12ii que permite um melhor arrumo do interior dos sistemas.

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Corsair RM650x, 115€: 650Watts, completamente modular, eficiência 80Plus Gold, uma ventoinha que só trabalha em carga elevada e 10 anos de garantia. Pode dizer-se que esta é uma fonte “para a vida” e torna difícil justificar investimentos superiores, para a grande maioria dos utilizadores.

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Corsair RM850x, 150€: Aplica-se o mesmo que à versão de 650W, com um pouco mais de potência para utilizadores de sistemas com necessidades de alimentação particularmente elevadas, com grandes overclocks e múltiplas placas gráficas. A XFX TS 850 (115€) afigura-se como uma alternativa mais em conta para sistemas que tais, sacrificando alguma eficiência e a modularidade, sem comprometer a fiabilidade e qualidade da energia fornecida.

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Corsair RM1000x, 180€: Para os sistemas com necessidades de alimentação mais extremas, como múltiplos GPUs com loops custom de watercooling, o membro mais potente da família RMx é uma excelente opção. Por 230€, a Corsair HX1000i acrescenta eficiência 80Plus Platinum e monitorização em tempo real, via Corsair Link, dos parâmetros da fonte, e por 260€ a Seasonic X-Series 1250W oferece 250W extra, embora com eficiência “apenas” 80Plus Gold.

Por fim, para sistemas com necessidades especiais de potência ou para quem simplesmente quer a melhor fonte do mundo, existe a Corsair AX1500i, uma fonte de 1500W e eficiência 80Plus Titanium, embora nos pareça complicado, mesmo com tamanha eficiência, amortizar os 430€ pedidos por esta fonte.

SFX:
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SilverStone Strider SFX 450W Bronze: Uma das maiores impulsionadoras deste formato, a SilverStone oferece, com este modelo, uma solução bastante em conta e com potência suficiente para alimentar a esmagadora maioria dos sistemas que requerem fontes de pequeno formato. Com uma maior eficiência energética e ventoinha inteligente a melhor opção é a Corsair SF450W. Para os casos em que mais potência é requerida, a recentemente introduzida Corsair SF600 é uma excelente opção, com os seus 600W e eficiência 80 Plus Gold.

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