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FreeNAS 8.3: Uma NAS simples de usar

Introdução

Este artigo é sobre uma solução open source de NAS (Network Attached Storage) que é ao mesmo tempo, fácil de utilizar e poderosa a nível de funcionalidades.
Este projecto é o famoso FreeNAS, na sua versão 8.3, que ainda se encontra em Beta.

Com o aumento de dispositivos que se encontram ligados a uma rede local ou à Internet, é cada vez mais importante ter um local centralizado, que disponibilize vários serviços relacionados com ficheiros.
Existem várias soluções para o mesmo problema, que até pode passar por uma empresa cloud externa, mas haverá sempre pessoas que preferem ter uma solução própria.

É aqui que entra o Freenas, um sistema operativo baseado em FreeBSD que ajuda a criar e manter uma NAS pessoal.

FreeNAS, na sua versão 8, é desenvolvida por uma empresa que trabalha muito com FreeBSD e que se chama iX Systems.
Esta empresa aproveita a base do FreeNAS para criar uma solução empresarial com o nome de TrueNAS.

O FreeNAS aproveita muito do software open source existente para criar uma solução de NAS. Alguns exemplos é o uso do nginx como servidor do portal de gestão, o django como framework web, entre muitos outros projectos.

Uma das principais vantagens do uso do FreeNAS, é a utilização do sistema de ficheiros ZFS. Um sistema de ficheiros muito poderoso e que podem ler sobre ele, neste artigo do Portal.

Para este artigo, usei uma versão que ainda se encontra em beta, mas que não tem muitos bugs visíveis e dá uma visão do que será a versão 8.3 quando for final.

Instalação

Para se instalar o FreeNAS, é preciso um computador com uma placa de rede, uma pen ou disco para instalação do sistema operativo (pen recomendada, com pelo menos 2 GB de espaço), disco ou discos para criar volumes usados pela NAS e um cd-rom.
A nível de memória Ram, se for para utilizar ZFS, recomendo pelo menos 2 GB, sendo que ele funciona com menos, mas a performance sofrerá.
É preciso também disponibilizar um ip para a máquina, que pode ser fixo ou por dhcp.

São disponibilizadas imagens com versões 32 e 64 bit, sendo que para uso de ZFS é recomendado a versão 64 bit.

Freenas 12

Para a criação deste artigo, criei uma máquina virtual, com um cd-rom a apontar para o ficheiro iso de instalação, 2 GB de Ram, um disco de 2 GB para a instalação do FreeNAS, cinco discos de 200 GB, dois de 50 GB e um de 30 GB de disco para usar dentro do FreeNAS.

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A instalação do FreeNAS é muito simples.

Arranca-se com o cd de instalação e aparece um menu com a opção “Install/Upgrade”. Escolhe-se essa opção.

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São listados todos os discos reconhecidos pelo sistema e escolhe-se aquele em que pretendemos instalar o FreeNAS. Neste caso é o disco que tem 2 GB de espaço.

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É perguntado se queremos efectuar uma instalação nova ou se queremos efectuar um upgrade de uma versão mais antiga. Neste caso é uma instalação nova.

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Aparece um quadro que nos informa que todas as partições no disco de instalação serão apagadas, que o disco de instalação não pode ser usado para dados dentro do FreeNAS e que de preferência devemos usar uma pen para o disco de instalação.
Neste quadro confirmamos que queremos avançar.

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Durante pouco tempo é colocada a imagem do FreeNAS no disco de instalação e é-nos dada um status com a progressão da instalação.

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Somos informados que a instalação decorreu com sucesso.
Devemos retirar o cd-rom e efectuar um restart à máquina.

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Somos dirigidos novamente para o ecrã inicial, onde temos a opção de “Reboot System”.

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Durante o processo de boot, conseguimos ver todas as mensagens do sistema operativo.
De referir que para quem usa VMware, são incluídas as suas tools por defeito.

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No final temos uma menu em texto e o url com o endereço da consola Web para gerir o FreeNAS.

Neste menu inicial temos várias opções para configurar a rede, rotas, dns, efectuar reset à password da consola Web de gestão, reset para as configurações iniciais, aceder à shell do computador e por fim efectuar um restart ou shutdown.

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Aqui fica a imagem de quando se escolhe uma das opções, neste caso aceder à shell do computador, para utilizadores mais avançados.
De referir que dentro da consola de gestão Web, é possível aceder também à shell.

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No boot e por curiosidade, podemos ver que ele consome pouca memória Ram. Neste caso, 66 MB em memória activa.

Account Settings

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Para acedermos à consola de gestão web, devemos aceder a http://ip da máquina.

Quando se acede a primeira vez, não é pedido nenhum login e password.
Acede-se à página e é-nos apresentado um resumo do sistema.

No canto superior direito é apresentado uma luz vermelha a piscar, com um aviso, que serve para avisar o utilizador que precisa de mudar a password do utilizador “admin”.

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Quando se carrega na luz vermelha, é dada a informação que é um aviso critico e que devemos mudar o quanto antes a password de gestão.

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Dentro das opções de “Account” temos um quadro de “change password”, onde podemos também mudar a password do utilizador “root”.

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Num quadro ao lado temos um menu onde podemos adicionar utilizadores ao sistema.

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Outro quadro serve para criamos grupos e adicionarmos utilizadores a esses grupos.

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