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Análise ao Microsoft Surface RT

Hardware

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Começando pela caixa onde vem o Microsoft Surface RT, é algo que se vê que foi muito bem pensado. Por fora é uma caixa preta que não tapa por completo a segunda caixa branca onde está o produto.
A primeira sensação que se tem é que temos pela frente um produto de qualidade pelo cuidado que se teve em desenhar a caixa exterior.
As primeiras impressões são muito importantes e a Microsoft não descurou este ponto.

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Na parte de trás temos algumas das especificações que iremos aprofundar mais á frente.

  • Ecrã: 1366×768 10.6″ (147 ppi), tátil 5-pontos capacitivo
  • Sistema Operativo: Windows RT
  • CPU: 1.3GHz NVIDIA Tegra 3 T30
  • RAM: 2GB DDR3L (sem possibilidade de upgrade)
  • GPU: NVIDIA Tegra 3
  • HDD: SSD 32GB ou 64GB (cerca de 20 ou 52 GB usáveis)
  • Rede: 802.11a/b/g/n com 2×2 antenas MIMO, Bluetooth 4.0
  • Portas: Micro HDMI, auscultadores, microSDXC, USB 2.0, porta para a capa
  • Tamanho: 274×172×9.3 mm
  • Peso: 676g
  • Bateria: 31.5Wh
  • Preço: 499€
  • Sensores: sensor de luminosidade, acelerómetro, giroscópio, magnetómetro.

 

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A caixa interior branca tem no seu interior o tablet e o carregador.

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A parte frontal do tablet é toda constituída por vidro. No topo ao centro podemos ver a câmera frontal e na parte inferior o botão com o novo logo do Windows que permite ir sempre para o Start menu do Windows RT.

O ecrã é de 10.6” com uma resolução relativamente baixa, 1366×768 em particular quando comparado com o Nexus 10 e o iPad. O painel é mais barato mas uma das razões parece ter sido o menor consumo energético porque renderizar as imagens para esta resolução é bem diferente de renderizar para resoluções superiores. E isto é importante, porque nós não vamos estar a medir a mesma coisa quando olhamos para a autonomia dos equipamentos.

Podemos ainda ver na imagem que há uma inclinação na parte lateral do equipamento. Essa inclinação é de 22º. A parte posterior é mais pequena consequentemente.

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Nesta imagem podemos ver melhor a lateral e como ela se encontra inclinada. Também podemos verificar que há uma câmara posterior ao centro no topo superior e na parte inferior o sistema de fixação magnético à cover com o teclado que veremos mais á frente. Um pormenor que não existe na concorrência é a possibilidade da tampa traseira retrátil que permite ter o iPad em pé no modo horizontal. O mecanismo funciona muito bem mas tem apenas uma posição.

O material utilizado é uma liga de magnésio com um acabamento preto fosco. Não é imune às dedadas mas a sua remoção é fácil. A parte superior onde está a câmara é aparentemente em plástico. É ali que ficam as antenas WiFi que em caso estarem cobertas por metal não iriam ter um alcance suficiente. Todas as marcas resolvem esta questão desta forma.

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Pormenor da lateral com a tampa fechada. Da esquerda para a direita podemos ver uma reentrância que facilita a abertura da tampa. O botão de volume, jack para auscultadores e uma coluna. O som não é elevado pelo que o uso de auscultadores faz sentido em particular em ambientes mais barulhentos. Não visível devido a termos a tampa fechada está a slot microSD que permite aumentar o armazenamento. Não testamos essa funcionalidade.

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Na lateral oposta temos a outra coluna, saída vídeo micro HDMI, porta USB e power. Quando em carregamento, o power fica exactamente onde normalmente ficaria a nossa mão direita quando seguramos no Surface RT. Não é a melhor das posições.

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Pormenor da parte inferior onde a capa fica fixa através de ímanes.

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No topo temos os dois microfones e o botão de ligar, desligar.

 

Covers

A Microsoft desenvolveu duas capas/teclados. Ambas as capas apenas protegem o tablet na parte frontal quando estão colocadas. Por outro lado, como integram o teclado acabam por ser um dois em um interessante atendendo que tornam mais simples estar a escrever texto. Mas vejamos cada uma delas.

Touch Cover

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Diferente do habitual. Capta o interesse das pessoas a quem mostramos o equipamento. O toque é agradável, é um teclado tipo membrana. Podem ver que as teclas estão ligeiramente elevadas, há um espaçamento entre as teclas e tem um touchpad também. As teclas F e J têm uma reentrância que permite ter um feedback tátil da posição dos dedos.

O teclado não tem qualquer feedback quando se escreve. Isso torna a habituação um pouco difícil mas a resposta é excelente. O touchpad acaba por ser um pouco estranho. Em primeiro lugar é pequeno, mas quando refiro estranho é porque o ecrã é touch. E dei por mim muitas vezes a demorar mais tempo ao usar o touchpad quando podia mais rapidamente tocar no ecrã.  No entanto quando pretendemos precisão o touchpad é melhor do que usar o dedo como é fácil perceber. Isso é notório a usar o Office em particular.

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Em pormenor o mecanismo de fixação e na primeira fila de teclas podem ver alguns atalhos úteis.

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Mais um pormenor com destaque para as letras F e J.

Depois do impacto inicial em utilização, como não há qualquer feedback, parece estranho. Ao usar anos a fios teclados físicos este teclado proporciona uma sensação estranha que se ultrapassa depois de alguns dias.

Type Cover

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Este teclado não tem qualquer problema desde o início. Tem um espaço reduzido entre as teclas e é plano de modo a ficar bem adaptado ao tablet quando fechado, mas a dimensão das mesmas é mais do que suficiente. Não aconteceu carregar na tecla ao lado da pretendida.

Uma experiência que fizemos foi ter pedido a várias pessoas para usarem os dois teclados e darem o seu feedback. Atendendo que foi sempre por um curto espaço de tempo a escolha foi sempre pelo Type Cover. Acredito que se tivessem experimentado vários dias que se habituariam à Touch Cover sem problema.

De referir que nenhum dos teclados mostrado na imagem não tem o layout em português devido a um atraso no transporte. Para efeitos de teste não consideramos relevante e como tal não pedimos uma unidade com o layout em português. No entanto, se comprarem em Portugal podem ficar descansados que tem o layout esperado.

 

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O acabamento exterior é em feltro. Em ambos os casos adapta-se bem ao tablet protegendo o ecrã.

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Como já tínhamos visto o Surface RT tem uma parte móvel que permite colocar o tablet na posição mostrada. Vantagens e desvantagens? A vantagem é ter incluida a funcionalidade que é um ponto a favor para a Microsoft e é útil para o utilizador. A desvantagem quanto a mim é que existe apenas a possibilidade de ter uma inclinação que se é adequada para um caso não o será para todos os casos. Esta imagem aparenta uma maior inclinação do que a real. Pessoalmente dei por mim a querer que ele pudesse estar mais inclinado. Podem ver que o ângulo da lateral aumenta a área de contacto por ter a inclinação.

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Aspecto do equipamento com o teclado adaptado. Vejo limitações quando se utiliza quando viajamos comboio ou queremos escrever algo rápido ao colo. O ponto de apoio acaba por ser muito menor do que num portátil o que limita a sua utilização. Onde quero chegar é que apesar das inovações há limitações que podem ser mais ou menos importantes e são esses pontos que queremos explorar. A opinião que se forma por utilizar um equipamento com algumas diferenças do que temos disponível, com um sistema operativo diferente é sempre bastante subjectivo e não é fácil formar uma opinião definitiva. Tivemos este equipamento mais algum tempo do que é habitual e acabamos por escrever a análise bastante mais tarde para amadurecer as ideias e olhar com algum distanciamento. Nem sempre as vendas correspondem à qualidade dos produtos, nem sempre aquilo que parece ser adequado se revela como tal, como também não é certo que se acerte à primeira mas que eventualmente se esteja no caminho correto.

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Nas imagens é impossível mostrar a qualidade do ecrã. As cores e a definição não merece qualquer reparo. As cores são vibrantes e o Windows RT em termos de grafismo está muito bem conseguido.

O tamanho conta

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Um dos aspectos a ter em consideração é efectivamente o tamanho e a portabilidade. Este é mais um assunto complicado de discutir, as preferências pessoais e o que para cada um é importante ou não é difícil. A opção por processadores ARM faz com que se tenha que olhar para o Surface RT do ponto de vista de tablet que concorre com equipamentos com esse tipo de processadores. Afinal a Microsoft não tem outra opção no mercado português. O ecrã tem 10,6” contra 9,7” do iPad. Em termos de peso é de 680 gramas contra 652 gramas para o último disponível e 601 gramas para o caso do iPad 2. Em termos de dimensões a diferença fica á vista na imagem superior. O Surface RT é o mais pesado e o maior. Não o tornando o mais prático. O formato do ecrã também acaba por não ser o melhor. Mas eu devo aqui dizer que claramente prefiro o formato 4:3 em monitores. Parece-me um formato muito melhor do que 16:9 para tudo excepto ver vídeo. Dito isto, a minha opinião deve ser vista com essa nuance. De qualquer forma o Surface RT é o mais pesado e maior de todos tornando-o menos prático e quando o seguramos nas mãos mais rapidamente sentimos algum desconforto.

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Na imagem acima pode ver-se também o iPad mini. à falta de um equipamento Android apenas pudemos comparar com estes equipamentos.

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O carregador é composto por duas peças e é difícil não comparar com a Apple. Segue o mesmo princípio com uma ligação magnética e a ficha que se pode remover. Neste caso a ficha não é a versão que é usada em Portugal atendendo ao que já referimos com a questão do teclado. Não chegaram a tempo  e como tal usamos um conversor. Mas tal como no teclado o carregador será o indicado para Portugal.

O local onde fica ligado ao equipamento coincide com a posição da mão direita quando seguramos nele. Isso podia ser resolvido se estivesse posicionado mais acima.

Software

Captura de Ecra (12) (Copy)

Como não podia deixar de ser o Surface RT usa o Windows RT. Atendendo à incompatibilidade com as aplicações x86 o destaque vai todo para o “Modern UI”.

Captura de Ecra (13) (Copy)

O desktop tradicional que acaba por ser importante devido ao Office que vem incluido. É uma óptima notícia para quem compra este equipamento já que não tem que gastar dinheiro no Office.

Captura de Ecra (14) (Copy)

Uma janela familiar de todos.

Captura de Ecra (15) (Copy)

O Microsoft Word. A questão que se coloca aqui é simples. O Office actual não é totalmente pensado para touch e isso torna a experiência mista. Por um lado é bom ter o Office no Surface RT por outro lado há tarefas que acabam por ser mais rápidas de serem executadas num portátil ou computador de secretária. O ecrã com esta resolução é sempre limitado. E não serve de desculpa a resolução de muitos portáteis que ainda estão no mercado. Esse é um dos problemas de equipamentos de baixa gama que tronam a experiência pior do que podia efectivamente ser.

Captura de Ecra (16) (Copy)

Teclado virtual. Tem uma excelente resposta e com o tamanho do ecrã não tem qualquer limitação ou ponto negativo quando comparado com outros equipamentos.

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Aplicação da RTP. Uma das excelentes aplicações disponíveis na Store.

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O fórum visto no “Modern UI” e no desktop respetivamente. Muda a posição da barra de endereço e como não há a barra no Modern UI há um pequeno incremento da área vertical disponível.

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Captura de Ecra (22) (Copy)

 

Duas imagens da Store. O aspecto gráfico está muito bem conseguido. Design flat cada vez mais na moda.

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O conteúdo em vídeo é um quebra cabeças. Há formatos que não são suportados. É aqui que os utilizadores se lembram do VLC que é incompatível com o Surface RT. E este é apenas um caso mas que tem que nos deixar a pensar. A experiência esperada não é a melhor e isso é algo que a Microsoft tem que rever.

Captura de Ecra (26) (Copy)

Captura de Ecra(27) (Copy)

 

Um dos jogos disponíveis e aqui tenho que contrariar a minha preferência por outros tipos de ecrã. Para este jogo este ecrã é perfeito.

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