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Um mês com o Samsung Galaxy S4

Design

O design do Samsung S4 mereceu inúmeras críticas por dois aspectos em particular quando foi apresentado: é necessário um olhar bastante atento para perceber a diferença entre o Samsung S III e o S4. A variação é muito pequena e apesar de o ecrã ser maior no S4 esse aumento foi conseguido sem praticamente mexer nas dimensões do equipamento. Por outro lado os materiais também merecem reparos por, apesar de ser um equipamento de topo, continuar a fazer uso de plástico e não, como alguns esperavam, alumínio ou outro material mais nobre. Não é possível não concordar com estas duas críticas.

O desenho é uma cópia do modelo que substitui. Sobre os materiais compreendo a decisão da Samsung atendendo a que a produção de equipamentos com plástico torna o fabrico mais rápido e mais barato. Deve ter-se em conta que os modelos que são apontados como concorrentes, como é o caso do iPhone e do HTC One, têm um ponto em comum que é uma limitação clara em relação a este equipamento—refiro-me a que não têm qualquer ranhura de expansão nem permitem substituir a bateria—e isso faz toda a diferença. Do ponto de vista prático a possibilidade de substituir a tampa traseira faz com que seja possível substituir uma tampa com riscos ou ligeiramente danificada enquanto que nos outros equipamentos isso não é possível. Não pretendo aqui defender as opções da Samsung mas confesso que pesando todos os pontos consigo ver vantagens nas opções tomadas pela Samsung.

Mas sem dúvida que do ponto de vista estético tanto o HTC One como o iPhone 5 são mais apelativos.

Um aspecto importante e que nenhuma marca tem conseguido resolver é, infelizmente, os ecrãs partidos devido às quedas acidentais. Num equipamento que é usado tantas vezes por dia acaba por ser fácil que por um descuido ele acabe no chão. Apesar de muitas vezes sair incólume nem sempre isso sucede. A utilização de capas de protecção é uma opção frequente e percebe-se porquê. No entanto, gostava de ver por parte dos fabricantes uma preocupação maior com este aspecto com utilização de outros materiais. O vidro de safira parece começar a querer ser uma opção e gostaria de ver outros materiais como o kevlar ou fibra de carbono. O preço elevado de algumas opções seguramente que descerá com a massificação da sua utilização.

Sensores para todos os gostos

A Samsung não poupou no número de sensores com que dotou este equipamento. Desconheço um equipamento que junte tantos sensores em simultâneo até à data de lançamento do S4.

Na imagem abaixo podem verificar o que refiro. Adicionaria ainda o transmissor infravermelhos que permite comandar a televisão. É mais uma funcionalidade que dá mais força ao slogan “Life companion” que a Samsung decidiu adoptar para este modelo.

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Software

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O Samsung Galaxy S4 vem com o Android 4.2.2, com o Touchwiz que facilmente se consegue colocar de forma que não se coloque no caminho. Habituado a um Nexus S e ao Android base (stock) há mais de um ano é difícil não estranhar, mas à medida que o tempo passou e com algumas mudanças foi fácil habituar-me.
Recordo que na apresentação do equipamento a Samsung abandonou praticamente a palavra Android e concentrou-se em mostrar as funcionalidades deste modelo. Não é difícil de perceber porquê: tem tantas opções e funcionalidades que se torna demasiado extenso para o comum dos mortais. Para dar um exemplo, tem vários modos de vibração diferentes que podemos escolher. São tantas as opções que acaba por haver menus bastante extensos. Gostava de ver alguma simplificação que pode ser entendida por alguns utilizadores como limitação nas escolhas. Não há uma forma de agradar a todos.

WatchON

Já referi o sensor de infravermelhos que através da aplicação WatchON permite configurar o smartphone para funcionar como comando. Dá para fazer umas brincadeiras como mudar de canal em casa dos amigos.

WatchOn

S Health

Destaque para o S Health que acaba por ser uma aplicação interessante e que utiliza muitos dos sensores presentes no equipamento. Infelizmente ao utilizarem esta aplicação vão perceber a vida sedentária que levam e as poucas calorias que gastam mas é sem dúvida uma excelente aplicação com um surpreendente baixo consumo de bateria. Podem dizer que é possível usar outras aplicações que acabam por ser semelhantes, o que é verdade, no entanto pela simplicidade e informação que disponibiliza não vão sentir necessidade de usar outra aplicação.

Num percurso de 4,2 Km usando o SHealth e o Runkeeper no Nexus S tive uma disparidade de cerca de 150 metros. Caso necessitem de informação precisa devem ter em atenção mas de qualquer forma podem usar duas ou mais aplicações em simultâneo e decidir posteriormente qual usar.

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