Análises

Análise ao R.A.T. Pro X

A R.A.T. é mais do que conhecida no mundo dos periféricos de categoria gaming, devido ao seu trabalho na fase inicial deste nicho, trazendo ratos de estética futurística e de caráter modular, podendo ser configurados graças às partes amovíveis que podiam ser substituídas por outras de características diferentes.

Na atualidade, a marca perdeu algum do seu destaque, tanto pelo desvanecimento do fator novidade associado ao visual dos seus mouses, como pela utilização consecutiva de sensores aquém da concorrência, especialmente quando a mesma se posiciona constantemente no segmend high-end deste tipo de periféricos.

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Hoje teremos para análise o R.A.T. PRO X, rato que procura combater pelo menos um desses problemas.

Especificações

  • R.A.T. PRO X Chassis
    • Magnesium Alloy is 34% Lighter than Aluminum by Volume
    • Superhydrophobic Surfaces Thwart Moisture and Ease Cleaning
    • OMRON Switches Rated at 20 Million Cycles
  • 3x Scroll Wheels
    • 2x Metal, 1x Rubber
    • Adjust Tension to Suit Your Style of Play
    • Includes Tension Adjustment Tool
  • Your Choice of 1 Sensor Module
    • Philips Laser
    • PixArt Laser
    • PixArt Optical
  • 3x Pinkie Rests
    • 1x Flare-Grip Pinkie Hook for Fast, Sweeping Movements
    • 1x Standard
    • 1x Platform
  • 2x Thumb Wings
    • 1x Standard
    • 1x Angled at 7 Degrees
  • 3x Palm Rests
    • 1x that Adds 4mm to Overall Height
    • 12mm of Forward/Backward Travel
    • 15 Degrees of Left/Right Tilt
  • 2x Sets of Glide Feet
    • 1x Teflon Set
    • 1x Ceramic Set
    • Varied Resistance Conforms to Different Mouse Pads

Embalagem e Conteúdo

Apesar do elevado preço do rato, não encontro nenhum elemento premium no exterior da embalagem, tal é banalidade da utilização conjugada de cartão e plástico.

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No entanto, quando abrimos a embalagem, vemos que para além dos elementos mais importantes aqui estão contidos, chega também uma bolsa de paredes sólidas, presumivelmente para o correto transporte e acondicionamento do rato, acessório de relativa importância para aqueles que gostam de andar com o mesmo atrás de si.

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Quanto ao que verdadeiramente importa, chega o mouse, todas as peças suplentes encaixadas no contramolde de esponja bastante densa e aveludada, o manual, um outro folheto informativo, e os autocolantes da marca.

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Em Detalhe

Segurando no rato tal e qual como chega na embalagem, podemos logo à partida notar que o mesmo transmite uma sensação bastante premium, tanto a nível tátil como a nível visual, tal é a sua agradável conjugação de cores associada ao desenho geral do rato, e à seleção de materais utilizados.

Começando exatamente pelos materiais utilizados, a variedade é muita, dado que expostos ao toque temos tanto segmentos em metal, como plásticos, e ainda outros cobertos por uma camada bastante suave de borracha, como é o caso dos botões M1 e M2, da zona onde encosta a palma da mão, da metade superior da lateral direita e da totalidade da lateral esquerda. Em metal (liga de magnésio) temos o esqueleto do rato onde acopulamos os diferentes módulos, em fibra de carbono temos a aba lateral esquerda paralela à superfície, e em plástico completamente liso temos os restantes elementos que não foram atrás referidos.

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No que toca a botões e respetivo feedback, o R.A.T. PRO X dá mostras de um pouco de tudo. Os botões das laterais transmitem uma sensação bastante sólida, encorporada e suave, no entanto, encontram-se demasiadamente recedidos, tanto que quando clicamos no botão mais atrasado, estamos já a fazer pressão com a unha do polegar.

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O sniper button tem um clique parecido e, felizmente, requer bastante pressão para ser acionado, pormenor bastante útil, porque é a zona de eleição para o descanso do polegar, afastando assim qualquer hipótese de pressionamento acidental.

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Igualmente difícil de acionar temos o botão de mudaça de DPI no topo do rato, o qual apenas se move quando apenas pressionado da região inferior do mesmo, onde se encontra o letreado, dado que utiliza um mecanismo a la telegrafo. Anedoticamente, de todos os botões utilizados, os  M1 e M2 é que possuem o pior feedback, especialmente por causa do segundo, que depois de atuar, se movimenta mais do que seria aprazível, e de forma não muito linear. Como sabemos, os switches utilizados são Omron, o que em conjunto com o facto de este rato não ter botões sob a formato de extensão da shell, torna o movimento do botão ainda mais evidente.

Por último, mas não menos importante, temos a scroll wheel, a qual tem um deslize pesado, limpo e claramente pautado, o que a torna uma das mais agradáveis e com maior sensação de qualidade até à data.

Relativamente aos acessórios adicionais, vemos que no contramolde de espuma chega um set adicional de skates em teflon, dois segmentos traseiros da shell, dois aros para a parte exterior da scroll wheel, uma lateral esquerda e duas laterais direitas. Os skates em teflon, apesar de serem o standard do mercado, são menos eficazes de que o set original de cerâmica, o qual desliza incrivelmente bem. Apesar das costas da carcaça do rato aparentarem o contrário, não trazem muita variedade, apenas designs diferentes uns dos outros, todos eles com a mesma textura e dimensão, estando a uma distância entre elas do resto do rato.

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Quanto às scroll wheels, temos uma no mesmo material e cor que a original, plástico prateado, mas com menor largura e espaçamento entre “degraus”, e uma outra, em borracha, com perfil mais baixo que as duas anteriores, mas com um nível de largura que se assemelha à original.

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O sensor do rato que recebemos para análise nao é de facto o melhor, mas tendo em conta que temos a oportunidade de escolher de entre três modelos aquando o ato da compra, PMW3310, PMW3320 e Pixart ADNS 9800, não podemos apontar qualquer tipo de queixa à marca. Como sabemos, o PMW3310 é o segundo melhor sensor da atualidade, empatado com o 3988, e atrás do 3366, o qual é restrito à Logitech. Apresenta níveis irrisórios de aceleração, uma perfect control speed na ordem dos 5.4 m/s, malfunction speed a rondar os 6 m/s (ninguém atinge este valor em condições normais, nem com flicks estupidamente rápidos), steps nativos de 50 até 5000 CPI e LOD ajustável. Em termos práticos, temos um tracking preciso, sem falhas, com um range de DPI capaz de satisfazer as necessidades de qualquer utilizador, e com o aparte de precisar de superfícies não demasiado lisas para detetar movimento.

Software

O R.A.T. PRO X dá uso a um software bastante simples, o qual se centra quase que unicamente na alteração da funcionalidades dos botões, bem como na definição de macros.

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No leque de opções adicionais temos somente a possibilidade de alteração do nível do LOD, assim como a calibração do movimento lateral na scroll wheel.

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Por último, é-nos também facultada uma página de suporte com um conjunto de hiperligações úteis.

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Considerações Finais

Estando este rato claramente posicionado no segmento high-end do mercado, com um preço a rondar os 160€, é claro que a marca tenta justificar tal valor pelo seu forte investimento na configurabilidade, facto que imagino conseguir apelar a uma quantidade palpável de consumidores. No entanto, estando as lojas dispostas a deixar os clientes experimentar os ratos antes da compra e existindo comunidades dispostas a recomendar equipamento a pedido, não vejo razão que possa justificar um tão volumoso pagamento pelos extras.

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Facto que também nao abona a favor do R.A.T. PRO X, nem a nenhum dos outros ratos da marca, é a falta de conforto motivada pela agressividade de linhas, bem como pelas zonas de descontinuidade da shell, algo que abala uma das bases de marketing da série de mouses R.A.T.. Quando a partir dos 30€ encontramos ratos com ótimo sensor e que são dados como tendo uma forma universalmente confortável, situação que ganha muitos mais casos a partir dos 60€, torna-se difícil não começar a questionar os 100€ adicionais.

A respeito da qualidade de construção e solidez, nada a apontar, a marca norte-americana fez um ótimo trabalho, especialmente tendo em conta o número de peças amovíveis acopuladas ao equipamento. O toque dos materiais e feedback dos botões é agradável e cumpre todos os requisitos expectáveis para um rato do segmento high-end do mercado.

Relativamente à performance, é com agrado que podemos atribuir pontos positivos ao rato, quer pela disponibilidade do sensor Pixart 3310, quer pela utilização de skates de cerâmica. Nenhum dos botões adicionais causa qualquer tipo de incómodo durante uma utilização mais intensiva e agressiva, no entanto, desde o dia 1 que os botões M1 e M2 não inspiram muita segurança, tal é a fragilidade que aparentam.

No final acabamos com um rato cujaes principais desvantagens parcem ser os aspetos que definem a marca e esta linha de produtos em particular, o que aliado com o preço nos previne de atribuir a nossa recomendação.

A ZWAME agradece à Mad Catz a disponibilidade do equipamento para análise.

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